Por José Carlos Castro Sanches

É um tempo que não chega
Parece distante no infinito
Como a galáxia de Andrômeda
Uma dor incontida como chaga.
É um vesgo de loucura
Ansiosa, incerta e confusa
Refrão reprimido da amargura
A espera é uma nuvem profusa.
É assim que espero chegar a hora
O momento oportuno da aurora
Instante que poderia ser agora
Não chega, me cansa e afoga.

A ESPERA
Por José Carlos Castro Sanches
Este poema foi escrito em 10 minutos das 18:12 às 18:22 do dia 14/04/2021, enquanto eu aguardava uma reunião com os diretores e professores do C.E.M Robson Martins, escola em que sou professor de Química.
Fiquei impressionado com a inspiração que surgiu do nada, estava junto ao computador preparado para o início da reunião às 18h, como ocorreu atraso, um flash poético tomou conta de mim e, de imediato peguei uma caneta e uma folha de papel e comecei e escrever “A ESPERA”, daí em diante, uma força superior colocava em cada verso, palavras que sequer entendia o porquê. Até que se encerrou a terceira estrofe, de um poema dos mais curtos e profundos que psicografei – essa é a única palavra que pode traduzir o que ocorreu comigo naquele instante.
Foi tão forte a experiência que mesmo sem entender claramente o significado das palavras colocadas em cada verso – resolvi não alterar, em nada o que havia sido inicialmente gravado no papiro. E assim, está mantida a originalidade do presente destilado pela pena sorrateira do escolhido para dizer o que não pensava dizer, tampouco imaginava o que poderia escrever.
Ao concluir percebi que estava diante de um dos mais belos poemas que já escrevi, sem que tivesse essa pretensão. Então, tive a certeza de que o poeta não tem domínio sobre o que escreve, tem algo além, sobrenatural, divino que me orienta, pega a caneta e usa a minha mão para traduzir em versos, algo que sozinho eu não seria capaz. Não tenho palavras para descrever esse momento, talvez seja a verdadeira epifania, o que experimento aqui agora. Deus seja louvado!

São Luís, 14 de abril de 2021.
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense. Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou (Tríade Sancheana); No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro! (Trilogia da Vida), e outros dez livros inéditos. Visite o site: falasanches.com e a página Fala, Sanches (Facebook) e conheça o nosso trabalho como escritor, cronista e poeta. Adquira os Livros da Tríade Sancheana e Trilogia da Vida na Livraria AMEI do São Luís Shopping ou através do acesso à loja online www.ameilivraria.com.
NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS14.04.2021. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.
