Por José Carlos Castro Sanches
Seríamos bois de uma junta
Para unidos por uma canga
Pesada imposta no pescoço
Sofrermos subjugados?
ou
Apenas homens carregando
Uma carga pesada e injusta
No pau que assenta no chinguiço
Análogo a touros castrados.
Estaríamos sob o jugo da canga
Instrumento de suplício chinês
Emparelhados pela cabeça
Súditos, puxando o arado?
ou
Padecemos dominados pela globalização
Como gado, levados ao matadouro
Reféns de ideologias e manipulação
Submetidos a vacinas de eficácia duvidosa?
Seríamos as cobaias dos laboratórios
Não mais humanos, ratos no biotério?
Privados da liberdade, submissos, maltratados
Sem escolha, escravos dos malfeitores?
A canga sobre nossos ombros
É dura, pesada e nefasta
Tal e qual, no pescoço dos bois
Que subjuga, escraviza e maltrata.
De onde veio o jugo, parelha ou canga? Da Galícia?
É de origem tupi, espanhola, chinesa, portuguesa?
Ou teria sido criada pelos bolchevistas, comunistas
como instrumento de coerção e malicia?
Pouco importa a procedência, preocupa-me
Para o que veio e até quando será usada
Para massacrar, dominar e humilhar
Os que dela fazem uso, sem opção de renegar.
O martírio, a cabeça baixa e o olhar tristonho
De quem é forçado a suportar uma canga
Refletem a incapacidade de reação
Do povo submisso de uma nação.
Parece que o jugo é desigual, os poderosos Governantes colocam a parelha no povo
Como se dividissem uma carga
Entre um touro e um jumento.
Será que vivemos no fim dos tempos
De tristeza, doença e maldição?
Só resta aos cidadãos desamparados
Vacina, cadeia e humilhação?
São Luís, 27 de janeiro de 2022.
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.
Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras, da Associação Maranhense de Escritores Independentes, da União Brasileira de Escritores e do PEN Clube do Brasil.
Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança, Pérolas da Jujuba com o Vovô e catorze livros inéditos. Visite o site falasanches.com e a página “Fala, Sanches” (Facebook) e conheça o nosso trabalho.
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