Por Reinaldo Abreu Trinta Junior*
Ao iniciar este artigo, informo de plano que não refiro a mim ou alguém especificamente. Tentarei mostrar o deslinde de um Comandante por Excelência. Também adianto que, comandar pode se dar em simular patamar com relação aos cidadãos civis. Assim como, dirigir, supervisionar ou chefiar na condição de cidadão comum, poder-se-ia equiparar a algum comando militar.
Nessa esteira, frisando o parágrafo acima, enfoca-se que os princípios são semelhantes ou equivalentes a depender do grau ou nível de comando do cargo. Portanto, a arte de comandar, como sugere o título, é nobre, complexa, nada impossível ou difícil que ninguém possa deslanchar a sua frente.
O mister de comandar vem de longas datas, e se confunde com as origens da humanidade, passando pelas fases paleolítica, com a rusticidade originária, até a moderna forma de gerir.
No meio militar, onde o nível de organização se dá ou, ao menos, deveria assim ser, é notável o azeitamento da atividade pública devidamente doutrinada no Direito Administrativo hodierno. Sempre zelando para que seus fins produzam a satisfação dos cidadãos usuários do serviço público.
Pois bem, para se aferir um bom comandante carece observar, ao menos, as qualidades ou seus princípios básicos, a exemplificar: ser uma pessoa de caráter estável e irrepreensível, de conduta ilibada, responsável por sua gestão, honesto, empático, dinâmico, disciplinado e respeitável, entre outros atributos e virtudes, capaz de liderar homens e mulheres.
Assim, não me arriscaria a dizer que seria o exemplo sem falhas – isso é humanamente impossível, mas dar bons exemplos perante os seus superiores, pares e, especialmente, os seus subordinados. Necessita ser um homem ou mulher de uma só palavra, verdadeiro e justo. Possuir a capacidade de ser resolutivo, principalmente, em relação aos problemas dos menos capazes. Compreensivo. Claro, com certos limites.
Deve ainda ser capaz de respeitar ao próximo e ser proporcionalmente respeitando por todos. Ser inteligente e, sábio em suas ações ou inações. Deve saber ouvir seus liderados e, falar somente o necessário condizentemente. Acima de tudo, o bom comandante precisa ser ou ter sido o melhor comandado, se possível, passando pelos menores cargos e funções, até chegar à esfera de comando ou gestão de Estado Maior. Deve também ser ousado, com sabedoria esplêndida, ter maturidade, experiência e conhecer suas atribuições para trilhar com galhardia o caminho do sucesso, e conquistar vitórias.
Esposado, o comandante aprovado, deve, antes de desenvolver um bom trabalho, seja no meio militar ou civil, zelar e corrigir seus liderados. Resolver primeiramente as questões interna “corporis”, para assim produzir melhores resultados. Preocupar-se com os meios, os fins e os processos. Mas, se deter na gestão moderna de resultados, metas e objetivos claros.
Por fim, não podemos deixar de mencionar a extremada necessidade do comandante e líder ser pontual na resolução dos problemas, além de ter o “know how” para saber determinar as tarefas e missões. Tanto, as favoráveis quanto as adversas. Sem esquecer o dever de trabalhar com planejamento, organização, divisão do Trabalho, coordenação e revisão do plano comum. Focado nas metas estratégicas obterá integralmente os resultados planejados.
* É Ten Cel da PMMA, bacharel em Direito. Bacharel em Segurança Pública. Especialista em Direito Penal Militar; Direito Público. MBA em Desenvolvimento Gerencial. Ativista Corporativo.