Quando digo que nasci
Duvido da minha essência
Quando vejo que cresci
Percebo que perdi a inocência
Quando penso que vivi
Acredito na paciência
Quando lembro dos meus pais
Vem à mente a sapiência
Onde estou que só me vejo
Distante do meu sossego
Para onde vou depressa?
Com essa vida perversa
Será que os anos passam
Para enfraquecer o forte elo
Ou a idade traz a esperança
De tornar-me cada vez mais belo?
Quem me dera pudesse um dia
Voltar a ser criança
Naquela terra querida
Rosário da minha infância
De lá para cá passaram-se dias
E estou eu cá
No ninho de Gonçalves Dias
De 26 de março de 1962 até aqui
Nasci, cresci, amei e vivi
Casei com minha amada Socorro
Nasceram meus três grandes tesouros
Num outro, meu “pimpolho”
Todos, bênçãos do meu Deus
Quatro filhos mais três netos, somam sete
E hoje completo cinquenta e…
Mamãe e papai podem tocar trompete
Abrir o tapete vermelho no palacete
Porque a abelha é o mel que a vida promete
A vida é a luz que o céu reflete
E o seu pequeno primogênito
É tão grande quanto o Monte Everest.
José Carlos Castro Sanches
São Luís, 25 de março de 2019.