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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

1º DE ABRIL!

Por José Carlos Castro Sanches

“A mentira é muitas vezes tão involuntária como a respiração. ” (Machado de Assis)

Nesta quinta-feira da Páscoa de 1º de abril de 2021, o sol amanheceu intenso, reluzente e virtuoso; os pássaros cantam alegremente nas árvores e nas gaiolas que os aprisionam como se estivessem livres, é incrível a capacidade que eles têm de mesmo limitados, exteriorizarem os lindos cantos para o mundo e deleitarem os mais distantes que os escutam atentamente, sem que saibam das suas bênçãos sobre nós. Necessitamos da natureza para percebermos e valorizarmos a paz, o amor e a simplicidade das coisas belas que nos cercam. Até as invencionices humanas por vezes nos divertem, como o 1º de abril: dia da mentira.

“Assim como uma gota de veneno compromete um balde inteiro, também a mentira, por menor que seja, estraga toda a nossa vida. ” (Mahatma Gandhi)

“O Dia da Mentira, também conhecido como Dia das Mentiras, dia das petas, dia dos tolos (de abril), dia da gafe, ou dia dos bobos, é uma celebração anual em alguns países europeus e ocidentais, comemorada em 1 de abril, pregando partidas e espalhando boatos como formas de assinalar a data. Uma delas diz que a brincadeira surgiu na França. No Brasil, o primeiro de abril começou a ser difundido em Minas Gerais, onde circulou A Mentira, um periódico de vida efêmera, lançado no 1º de abril de 1828, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. A Mentira saiu pela última vez a 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente. ”

O problema é quando as mentiras passam a fazer parte do nosso cotidiano, levando-nos a acreditar no que dizemos, influenciados pelos formadores de opinião e manipuladores de plantão, por vezes somos os próprios criadores e propagadores da quimera, fantasia, utopia, ficção, dentre outras extravagâncias.

“Muitas vezes as coisas que me pareceram verdadeiras quando comecei a concebê-las tornaram-se falsas quando quis colocá-las sobre o papel. ”  (René Descartes)

A vantagem é que as pesquisas e o senso comum indicam que a pessoa que mente não consegue esconder a mentira por muito tempo, devido a excessiva descarga de adrenalina que causa mudanças na feição e trejeitos do mentiroso. Essas características nem sempre são perceptíveis pelos leigos, todavia são facilmente identificadas pelos estudiosos da psicologia, ou por aqueles mais sensíveis e experimentados detectores de loroteiros.

“Nenhum mentiroso tem uma memória suficientemente boa para ser um mentiroso de êxito. ”  (Abraham Lincoln)

Quem dera que todos os mentirosos fossem iguais a Pinóquio criado pela imaginação de Gepeto que fazia lindos bonecos de madeira. Vivia sozinho e o seu sonho era ter um filho com quem compartilhar todo o seu amor e carinho. Certo dia fez um pequeno rapaz de madeira. Quando terminou Gepeto suspirou: “Quem me dera que este rapazinho de madeira fosse real e pudesse viver aqui comigo…” De repente, aconteceu! O pequeno rapaz de madeira ganhou vida! Gepeto gritou de alegria e, entre gargalhadas e felicidade, disse: Sejas bem-vindo! Vou chamar-te de Pinóquio”.

“O mais importante e bonito do mundo é isso: que as pessoas não estão sempre iguais, mas que elas vão sempre mudando. ” (Guimarães Rosa)

Nestes dias de pandemia, histeria, medo, enclausuramento, talvez seja uma boa estratégia criamos os nossos próprios Pinóquios de madeira, pedra, papel, tinta; de sensações, sonhos, imaginações, criatividade; de amor, liberdade; saudade, paz, alegria; de estrelas, sóis, luas, florestas, mares, rios; de templos, igrejas, casas; de avenidas, ruas, becos, ruelas; de lares, famílias, amigos, gente, bichos e outras coisas que estimamos.

Ainda que seja uma mentira saudável (se é que existe) para elevar o espírito e trazer a esperança de dias melhores para a humanidade carente de boas notícias de Pinóquios: palhaços, artistas, cantores, professores, escritores, músicos, escultores, pintores, médicos, enfermeiros, psicólogos, engenheiros, garis, caseiros, empresários, políticos, governantes, advogados, ministros, … brasileiros, indianos, chineses, russos, americanos, cubanos, venezuelanos… capazes de transformar sonhos em realidade, superar desafios e adversidades, protagonistas da própria história em busca da verdade. Como disse Lord Byron: “E, afinal de contas, o que é uma mentira? É apenas a verdade mascarada”.

Que Deus nos de: fé, ânimo, disposição e coragem para colher todas as bênçãos que Ele tem preparado para nós! Que este seja um momento de união e celebração em família. Feliz Páscoa e abençoado ABRIL para todos!

“A alegria só pode brotar entre as pessoas que se sentem iguais. ” (Honoré de Balzac)

São Luís, 1º de abril de 2021.

José Carlos Castro Sanches

É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense. Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou (Tríade Sancheana); No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro! (Trilogia da Vida), e outros dez livros inéditos. Visite o site: falasanches.com e a página Fala, Sanches (Facebook) e conheça o nosso trabalho como escritor, cronista e poeta. Adquira os Livros da Tríade Sancheana e Trilogia da Vida na Livraria AMEI do São Luís Shopping ou através do acesso à loja online www.ameilivraria.com.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS01.04.2021. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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