Por José Carlos Castro Sanches
Site: www.falasanches.com

“A vida bem preenchida torna-se longa.” (Leonardo da Vinci)
No Brasil a partir de 1999, o Dia da Imprensa passou a ser celebrado no dia 1º de junho, nesta data em 1932, nascia o meu amado pai José Firmino Sanches, na cidade de Anajatuba, interior do Maranhão. Hoje completa 92 anos de vida abundante na graça de Deus.

Ainda que pareça incrível, apesar de pouco estudo, meu pai sempre foi um apreciador da leitura dos jornais e das notícias na televisão, comprava diariamente o jornal e fazia a leitura silenciosamente no comércio, nos intervalos entre um cliente e outro, sentado numa cadeira recostada ao balcão da sua mercearia; por vezes comentava sobre algo que lia e julgava relevante, bem como, era um hábito sagrado assistir ao Jornal Nacional todas as noites, enquanto eu o acompanhava, talvez isso tenha me influenciado a seguir a literatura e por vezes fazer o papel de jornalista retratando acontecimentos diários por meio da crônica, contos, poemas, trovas e textos sobre temas universais diversos, publicados nas mídias sociais, no site falasanches.com e nos livros publicados.

A liberdade de imprensa é fundamental para promover mudanças políticas e sociais e, na sociedade industrial e da informação. Motivo pelo qual preservar a liberdade de expressão e de imprensa é um dever de todo cidadão para fortalecimento da democracia. Quando menciono “imprensa” incluo, livros, jornais, revistas, rádio, televisão, internet e outras mídias, que devem pautar o seu trabalho na ética, com responsabilidade e respeito com isenção, sem favorecimento de nenhum lado. Como disse Albert Camus: “Uma imprensa livre pode, é claro, ser boa ou ruim, mas, certamente sem liberdade, a imprensa sempre será ruim.” Mas, vamos ao que interessa!

AMOR DE PAI!
Meu pai é amado por sua grandeza;
Sei que nem sempre estará risonho.
Com amor, trabalho, dignidade e pureza,
Sempre abraçou todos os meus sonhos.

Nesta breve crônica, contarei um pouco sobre a história de vida de um homem de luz intensa, sábio, feliz e inspirador. Mostrarei como a sua vida o trouxe até aqui, em meio às turbulências, adversidades, momentos difíceis de superação e resiliência, batalhas, derrotas e vitórias, orgulhando a todos aqueles que estiveram juntos durante a sua memorável jornada de sucesso pessoal e profissional.

José Firmino Sanches, é o nome de registro do meu amado pai, comerciante da cidade de Rosário do Maranhão. Em decorrência de uma deficiência auditiva passou a ser chamado de “Zé Surdo”, como é conhecido. Nasceu em Anajatuba/MA, filho de Rita Zélia Sanches e José Alípio Sanches. Em busca de melhores dias mudou-se para Rosário, mais tarde levou os seus pais para conviverem ao seu lado, essa simples ação por si só demonstra a nobreza do meu pai, como gesto de gratidão aos seus progenitores.
Um homem se conhece pela grandeza de caráter. A riqueza de um homem não está nos bens materiais que possui, a verdadeira riqueza está nas atitudes, nos valores, princípios, na bondade do seu coração e na grandeza da sua alma. Assim é o meu pai! Como afirmou Martha Medeiros: “Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande, é a sua sensibilidade sem tamanho.”

O meu querido pai viajou de Anajatuba para Rosário sobre a carga de um caminhão que transportava babaçu, numa viagem muito demorada, juntamente com o meu avô José Alípio Sanches. Naquela época as estradas eram deficientes, estreitas, esburacadas e havia poucas opções de transporte.
Eles saíram de Anajatuba às 5h da manhã e chegaram a Bacabeira (à época povoado de Rosário – depois emancipada a município) às 13h da tarde, aguardaram até às 16h, quando surgiu na estrada um caminhão dirigido pelo saudoso Gilson (Corisco) que os levou até o comércio de José Oscar Aragão, onde o meu pai se apresentaria para trabalhar.

O meu avô deixou o seu filho José Firmino Sanches aos cuidados da família Aragão (Velho Oscar, José Aragão e Neide Aragão), retornando para Anajatuba no dia seguinte.
O meu pai, chegou a Rosário em setembro de 1951, trabalhou por 10 anos no Comércio dos Aragão. Em 1961, desencantado com a vida de comerciário, pediu demissão do trabalho com o propósito de voltar para a casa dos pais e trabalhar na roça – devido ao baixo salário e nenhuma perspectiva de sucesso no futuro. José Aragão sensibilizado com a situação do meu pai, o orientou para abrir o seu próprio negócio. Surgia então a primeira possibilidade do meu pai empreender, o que ele entendeu ser de bom alvitre acolher. Ficou extremamente feliz e determinado a vencer, rapidamente encontrou um lugar para colocar a sua barraca, iniciando o seu próprio negócio.

Alugou um pequeno ponto comercial ao lado do Mercado Municipal de Rosário e adquiriu uma carroça cheia de mercadorias com o ex-patrão José Aragão. No ano de 1961 dava o pontapé inicial na carreira solo, agora como comerciante, protagonista da sua própria jornada de sucesso. Naquele ano conheceu e casou-se com Zanilde Castro Sanches (Zazá), minha preciosa mãe.

Em 26 de março de 1962, nascia este que vos escreve José Carlos Sanches, o primogênito da família, seguido de sete irmãos: Carlos Henrique, Zanilra, Carlos Alberto, Josenilde, Zenilma, Uilton Carlos e Josete. Nesse mesmo ano o meu pai levou de Anajatuba para Rosário os meus avós paternos e tios. Ele queria manter a família próxima para ajudá-los como fez por toda a vida dos seus pais. Um filho, pai e avô exemplar!

Hoje com 92 anos de idade continua a nobre missão empreendedora como comerciante em companhia da sua amada esposa; carinhosa, mãe Zazá.

Tenho orgulho dos meus pais de origem humilde, com elevado senso de responsabilidade, integridade, ética, honestidade e dedicação à família. Precursores dos valores e princípios éticos e morais que norteiam a nossa família. Minha eterna gratidão a José Firmino e Zanilde Castro Sanches. Amo profundamente vocês!

Para você meu pai, nesta data especial de aniversário: 1º de junho de 2024. Quero dizer-lhe que uma vida longa e plena é para poucos. Hoje, você alcança mais um grande marco, são 92 anos…
Deixo claro, nessas breves linhas escritas com amor e carinho que 92 anos não é apenas mais um aniversário é a marca de quem viveu coisas extraordinárias, de quem viu gerações mudarem, de quem resistiu a todas as adversidades da vida e venceu com galhardia muitas batalhas para o sustento da família e a manutenção dos negócios.

Nada ocorreu por acaso, é fruto de muito trabalho, dedicação e perseverança. Portanto, é motivo de uma celebração especial, pois você conquistou aquilo que muitos sonham: a experiência única de alcançar tantos anos de vida sendo um exemplo como filho, pai, avô… e orgulho para os seus familiares.

Feliz aniversário! Desejamos muitas felicidades, paz, saúde e vida abundante com sabedoria. Queremos celebrar com você! Parabéns por mais este ano que podemos comemorar ao seu lado e proclamar esse dom maravilhoso de viver!

AMADO PAI!
Grande Pai e fortaleza,
forte laço de união.
Digo-lhe com plena certeza,
guardo-o no meu coração.
Pai amado de rara grandeza,
eternamente nos meus sonhos.
Com amor, dignidade e pureza,
adorna os meus dias risonhos.

São Luís, 01 de junho de 2024.
José Carlos Castro Sanches.
É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.

Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala e Divagando na Fantasia em Orlando. Participa de antologias brasileiras.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS01.06.2024. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.



Maria do Socorro Sanches
2 de junho de 2024 at 15:47
Que história linda de vida! Parabéns pra vc querida sogro e avô de minhas filhas! Que o Senhor continue abençoando sempre sua vida com garra, determinação e sabedoria!! Feliz aniversário 🎉🎂👏👏👏🌻
José+Carlos+Sanches
2 de junho de 2024 at 19:47
Agradeço todo carinho e amor compartilhado querida esposa Socorro Sanches. Além do incentivo e parceria continua.