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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

UM POUCO DE MEDO!

Por José Carlos Castro Sanches

“Todos os homens têm medo. Quem não tem medo não é normal; isso nada tem a ver com a coragem. ” (Jean-Paul Sartre)

Nestes dias de fevereiro parece que o Coronavírus tomou fôlego dos infernos, como fogo ardente queima a vida como se fosse papel, pólvora ou gasolina.

Eu queria acreditar que a vacina agiria no corpo indefeso dos inocentes, crianças, adultos e idosos, mas não creio fielmente nessa hipótese.

Pelo que vejo nestes dias estamos diante da fera solta, faminta e somos presa fácil para saciar os microrganismos patogênicos cegos diante do milionário, pobre ou miserável, todos somos iguais frente ao insaciável e voraz predador.

“Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar. ” (William Shakespeare)

E assim, vejo amigos, pessoas próximas e distantes, influentes e promissoras seguindo a derrocada virulenta para sepulturas ou crematórios, sem companhia, tão sozinhos quanto tristes para o céu ou inferno como acreditem ou mereçam. Tanto faz!

O medo se apropria das pessoas em todas as circunstâncias, em todos os recantos do mundo, nos palácios e nas favelas, na rua ou em casa, nas festas privadas ou nos hospitais, no carnaval ou quarta-feira de cinzas.

Só sobrou a esperança de ser o escolhido para viver, do sussurro milagroso de que foi salvo por um milagre, pela graça divina. Deus nunca foi tão generoso com tantos e tão questionado por muitos, como agora.

“Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo, anda em derredor, rugindo como leão, e procurando a quem possa tragar. “ (1ª Pedro 5:8).

O que nos resta fazer? Qual o caminho seguro? Até quando estaremos submissos a esse terrível mal que assola o mundo? Enquanto a dúvida persiste, e o corpo parece propenso a gripe, com a cabeça a fervilhar, escrevo sobre a incerteza, com espanto e aversão a todos os sintomas.

À medida que a vida segue e os cientistas buscam a cura dessa doença miserável que a todos atormenta. Até o cronista e poeta sempre otimista hoje se curvou perante a dúvida e o pavor.

“Não é que eu tenha medo de morrer. É que eu não quero estar lá na hora que isso acontecer. “ (Woody Allen)

Parece que estamos entre a cruz e o punhal, uma cruz pesada e sangrenta e um punhal afiado e traiçoeiro como o vírus que ora resiste aos antibióticos, vacinas e demais medicamentos descobertos pelo homem. Tenho escutado com frequência por onde tenho passado: “estou com medo”, eu também. Como disse Charles Chaplin: a vida é maravilhosa se não se tem medo dela. Todavia, não é da vida que tenho medo, é da morte, meu caro Chaplin.  

Será que estamos diante da maldição ou da benção? Quem vencerá essa batalha? Deus ou o diabo?

“Vede que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: A bênção, se obedecerdes aos mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu hoje vos ordeno; porém a maldição, se não obedecerdes aos mandamentos do Senhor vosso Deus, mas vos desviardes do caminho que eu hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que nunca conhecestes ”. (Deuteronômio 11.26-28).

São Luís, 21 de fevereiro de 2021.

José Carlos Castro Sanches

É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense. Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança e outros dez livros inéditos. Visite o site: falasanches.com e a página Fala, Sanches (Facebook) e conheça o nosso trabalho como escritor, cronista e poeta. Adquira os Livros da Tríade Sancheana, composta pelos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou, na Livraria AMEI do São Luís Shopping ou através do acesso à loja online www.ameilivraria.com.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS21.02.2021. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.

Comments (2):

    • sanches

      1 de março de 2024 at 10:29

      ???

      Responder

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