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UM CLAUSTROFÓBICO EM RESSONÂNCIA

Por José Carlos Castro Sanches

“Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar. ” (William Shakespeare)

Li recentemente um texto de um paciente que dizia ter cancelado um exame de ressonância magnética pelo medo de ambiente fechado, apesar de todas as orientações e acompanhamento não se sentiu seguro para realizar o exame, abortou logo após o início, aquela experiência que para muitos é normal para os claustrofóbicos é uma tortura.

A ressonância magnética é um dos exames mais avançados de diagnóstico por imagens e pode ajudar a identificar os mais diversos tipos de enfermidade. Porém, muitas pessoas ainda têm medo de realiza-la e se preocupam com possíveis crises de ansiedade em lugares fechados ou claustrofobia.

A claustrofobia é caracterizada principalmente pelo sentimento de medo, angústia e ansiedade quando a pessoa se encontra em ambientes fechados ou desconfortáveis ou até mesmo quando se imaginam em tal situação.

O túnel barulhento da ressonância magnética assusta; quem já passou sabe que não é nada confortável. Aquelas marteladas na cabeça, associadas à necessidade de ficar imóvel naquele aparelho ruidoso causa pânico aos claustrofóbicos.

Eu queria entender o que poderia ser feito para realizar o exame de ressonância magnética, sem medo. Busquei ajuda em fontes de pesquisa e encontrei as dicas abaixo do Dr. Leonardo Kayat Bittencourt, médico radiologista:

1. Entenda o exame e tire as dúvidas: Converse com seu médico sobre como será o procedimento e pergunte tudo o que precisar saber com antecedência, para evitar a ansiedade.

2. Saiba que você estará acompanhado: Durante todo o exame o paciente é acompanhado por um médico, enfermeiros e técnicos de radiologia. Em alguns casos um acompanhante também pode permanecer na sala com o paciente.

3. Você estará em um ambiente tranquilo: Relaxar é o melhor remédio. “Entre outras medidas para gerar maior conforto, os pacientes colocam uma venda nos olhos, e escutam uma música relaxante de fundo”.

4. Fique confortável: Escolha uma posição na qual você vai se sentir mais à vontade durante todo o tempo de exame. Algumas posições ajudam quem tem claustrofobia, como as que permitem que o paciente veja a abertura do aparelho.

5. Evite o pânico: Outra forma de reduzir a claustrofobia é colocar primeiro os pés do paciente em vez da cabeça no aparelho de ressonância. Isso é possível no exame de algumas regiões do corpo, como os tornozelos, joelhos, quadris, pelve e abdome, entre outros. Poder ver o lado de fora faz toda a diferença nesses casos.

“Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite. ” (Clarice Lispector)

Quando eu realizei o exame de ressonância magnética pela última vez, mesmo desconhecendo as dicas acima, usei a seguinte tática:

Imaginei que estivesse dirigindo uma Ferrari de Fórmula 1. Fechei os olhos antes de iniciar o exame. Segurei firme no volante e fiz uma longa viagem quimérica – criei a ilusão de paisagem em volta do caminho percorrido pela estrada utópica; inventei trajetórias, subindo e descendo, trocando pneus, ultrapassando, sendo ultrapassado, abastecendo, competindo comigo mesmo e me superando a cada volta, até a última, quando passei pela bandeirada final e fui o campeão da temporada. Venci a mim mesmo. Foi a melhor corrida que fiz superei o medo e consegui concluir a ressonância – tão rápido quanto o tempo entre abrir e fechar os olhos depois de um sonho que precisava terminar. Valeu a pena o esforço! A recompensa foi poder identificar um possível problema de saúde e tratar antes que se tornasse grave ou irreversível. A saúde sempre deve ser prioridade, portanto, vencer o medo é apenas parte da estratégia para obter o sucesso nessa missão.

“ Se o cérebro determina que o fracasso é o resultado mais provável, o corpo não sai do lugar. A motivação só acontece quando a mente manda o sinal de que há pelo menos 50% de chance de uma atividade ser bem-sucedida. É a antecipação do sucesso e a sensação de uma recompensa futura que estimulam uma pessoa a se dedicar a uma tarefa, por mais desgastante que seja. ” (Suzana Herculano-Houzel)

São Luís, 13 de julho de 2021.

José Carlos Castro Sanches

É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense

Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras e PEN Clube do Brasil

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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS13.07.2021. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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