Por José Carlos Castro Sanches

Das profundezas da minh’alma rebrota a liberdade que inspira o meu ser. Não me basta ser um mero espectador devo ser o protagonista da minha vida.
Não importam as adversidades, os medos e as imperfeiçoes; sou eu mesmo que escolho a trilha a ser percorrida até onde consigo ter o próprio domínio. Sigo a vida pelos caminhos que entendo corretos, pelas veredas largas, sem avesso.
Escorrego, caio, levanto e ando, às vezes, cambaleante parecendo frágil, mas sou forte. Não seria eu com sensibilidade e fraqueza meu dono, pelo contrário a fortaleza está dentro de mim. A luz, o brilho e a esperança estão aqui, bem aqui, defronte de mim. São minhas bússolas eternas.
Lá vai a estrela que me segue sem saber para onde vou. Sigo a minha missão com propósito. De quem? Não sei. De onde vim? Também não sei. Para onde vou? Suspeito. Onde estou? Sei lá!
Acho que estou aqui: pensando, escrevendo, refletindo, lendo, sentindo, vivendo. Lá vai…Lá vai… o barco da ilusão, da inspiração, da solidão, do amor profundo no coração. Para onde vai? Sei lá, sei lá, sei lá! Anoitece, o ano termina, a luz se apaga para alguns e acende para muitos. Até quando? Sei lá!
A roda gira, o vento passa, a vida escorre… corre… e eu passo como um cometa brilhante deixando um rastro de fumaça, um pingo de luz, uma semente de esperança, um pio, um canto, um poema, um escrito e o encanto.
Estou aqui agora… o tempo passa, eu sigo. Lá vai a aurora, lá vai o segredo, lá vai o pombo. Carregando a paz. E vem a cegonha trazendo a vida…levando a tristeza embora, e, chega o bonde superlotado de alegria, nos trilhos da euforia. Lá vai, lá vai o bonde pela Ilha da Magia.

Eu, motorneiro conduzo o bonde, cheio de expectativa… ele trilha na reta, no trilho ora cheio, ora vazio. Ora lá, ora cá… nos arraiás dos bumbas meu boi de orquestra, matraca e maracá. Estou aqui a me embalar no recanto da beleza à beira-mar. Respirando, suspirando, dançando, o reggae e o cacuriá, sem cessar.
Deixe-me ir chegou a hora de parar; tudo tem a sua hora… o momento é agora, não tem depois. É chegada a hora vou embora, vou embora… não sei para onde, nem porquê. Vou embora!

Não posso perder esse bonde que passa agora, nessa hora e nunca mais voltará. Jamais voltará. Adeus ano velho! Que a paz, a saúde, o amor, a alegria e a sabedoria estejam presentes em todos os dias deste novo ano. Que junto venha a abundância e a esperança… a espera que não cansa. Não cansa, não cansa… Feliz Ano Novo!

São Luís, 30 de dezembro de 2021.
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.
Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Associação Maranhense de Escritores Independentes, da União Brasileira de Escritores e do PEN Clube do Brasil.

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