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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

VEJO O TREM PASSAR TODOS OS DIAS!

Por José Carlos Castro Sanches (Extraído do Livro inédito “Escrevendo as Páginas da Vida” de própria autoria, em breve nas livrarias)

“O tempo que passa não passa depressa. O que passa depressa é o tempo que passou. ” (Vergílio Ferreira)

Parabenizo os ex-ferroviários e familiares pelas contribuições da RFFSA para o município de Rosário e adjacências. Do trem de passageiro e do cargueiro ainda guardo belas lembranças do ruído, da passagem, das pedradas nas composições, da estação animada, dos homens arrancando dormentes e trocando trilhos, empurrando o trole com varas compridas de madeira, das agulhas que colocávamos nos trilhos para descarrilar os trens (inocência de criança), dos ferroviários que compravam fiado no comércio do meu pai e ao final do mês ajudavam no nosso sustento com o dinheiro suado que ganhavam daquele trabalho estafante que para eles parecia gratificante, das histórias que contavam para o meu pai “Zé Surdo” durante as compras, eu escutava e aprendia com eles.

Do estágio que fiz na RFFSA em São Luís, onde aprendi a me comunicar usando o Morse – aparelho mecânico que enviava mensagem através de cabos – por isso ao longo das ferrovias havia sempre postes com dois fios – quando estes fios rompiam a comunicação entre as estações era descontinuada e os trens paravam de movimentar até a correção do problema.

“Caímos quase que por acaso no trem da vida, que caminha sacolejante por tantos trilhos diferentes entre várias direções. Por isto devemos aprender a viajar da melhor forma possível nos vários vagões onde tem espaço. O tempo da viagem, não se sabe e muito menos a hora da chegada e por destino o nome certo da estação. ” (Ricardo Barradas)

Amava quando os trens passavam na madrugada porque me sentia seguro, tinha medo de ladrão e visagem – quando o trem passava eu achava que os ladrões fugiam e as visagens desapareciam (mais uma ingenuidade de criança).

“A vida é como um trem, se permanecer nos trilhos, eventualmente chegará ao seu destino. ” (Boruto: Naruto Next Generativos)

Oh, belas lembranças do meu tempo de infância que não volta mais. O que resta é celebrar com os nossos ex-ferroviários e familiares neste momento único do “Encontro de ex-ferroviários em Rosário”, que por motivo superior não pude estar presente. Mas, de onde estou “vejo passar o trem todos os dias” na frente da casa dos meus pais na rua Eurico Macedo, 2506, na pacata e amada cidade de Rosário do Maranhão, minha terra, meu torrão que guardo a sete chaves nas profundezas do meu coração.

“O tempo passa…
Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa do modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. ” Até para mim! (Stephenie Meyer)

São Luís, 26 de janeiro de 2020.

José Carlos Castro Sanches É químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Atheniense de Letras, da Academia Rosariense de Letras, Artes e Ciências, da Academia de Letras, Artes e Cultura de Coroatá, da Associação Maranhense de Escritores Independentes, da União Brasileira de Escritores e Sócio correspondente da Academia Arariense de Letras, Artes e Ciências .

Autor dos livros: TRIADE SANCHEANA: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou ; TRILOGIA DA VIDA: No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô e Pétalas ao Vento, dentre outros vinte livros inéditos e participação em diversas antologias.

Visite o site: falasanches.com e a página Fala, Sanches (Facebook) e conheça o nosso trabalho como escritor, cronista e poeta. Adquira os Livros da Tríade Sancheana e Trilogia da Vida na Livraria AMEI do São Luís Shopping ou através do acesso à loja online www.ameilivraria.com.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS26.01.2020. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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