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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

UMA CRÔNICA PARA DOIS AMIGOS: ELE E ELA

Por José Carlos Castro Sanches

“Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto. ” (Francis Bacon)

Hoje vou contrariar Machado de Assis que disse: “ Não é amigo aquele que alardeia a amizade: é traficante; a amizade sente-se, não se diz…”. Digo que uma boa amizade deve ser alardeada para todos, por todo o universo.

Depois de ter escrito e publicado no falasanches.com, a crônica “30 anos depois, e ainda não fui a Paris! ”. Recebi inúmeras manifestações de apreço e consideração de amigos de trabalho, familiares e admiradores que se identificaram com o texto, dentre outros, o amigo José Maurício Macêdo, com quem convivi por 17 anos, enquanto trabalhamos juntos no Departamento de Meio Ambiente da Alumar, que posteriormente, após sucessivas mudanças organizacionais na empresa, incorporou a Segurança do Trabalho, passando a denominar-se Departamento de Saúde Segurança e  Meio Ambiente (SSMA, mais precisamente EHS pela origem americana da empresa).

Maurício era o Gerente de EHS da Alumar e juntos construímos uma história de sucesso. Entrei como estagiário na área de Processo das Salas de Cubas da Redução, depois passei a Trainee no Departamento de Meio Ambiente, onde fui contratado como Químico para trabalhar na área de SSMA, galgando diversas posições no departamento, entre elas a Supervisão de EHS, até a saída da Alumar, após 27 anos dedicados a fazer o melhor e deixar uma marca registrada naquela empresa espetacular. De lá para cá, dedico-me, além das atividades laborais de consultor de SSMA, professor, escritor, cronista e poeta, a contar as experiências e propagar os conhecimentos adquiridos ao longo da vida. 

Descrevo nas linhas seguintes o comentário do amigo Mauricio Macêdo, seguido da minha resposta:

[1/8 13:49] Maurício:  
Obrigado caro amigo José Carlos Sanches!   

Uma coisa que me marcou e até hoje eu conto como exemplo: lembra de um certo dia que você pediu demissão e eu (num ótimo dia) lhe perguntei se já havia falado com a sua esposa e você respondeu que não… então eu disse: vá para casa, converse com ela e amanhã volte para continuarmos a conversa! No outro dia você era um outro cara e, eu tenho certeza que a sua esposa lhe enfiou um bocado de juízo na sua cachola! Daí em diante você se tornou outra pessoa e eu que jamais pensaria que se tornaria um escritor, estou convencido que você é um bom escritor e acho que deve uma crônica, senão a mim, a ela por esse episódio! Grande abraço!  

[1/8 13:49] Sanches responde:   

Mauricio Macêdo, é verdade que eu tenho uma mulher sábia e virtuosa que tem ajudado a conduzir com maestria a minha vida e da nossa família. Sem dúvida, é merecedora de todo o meu reconhecimento, além das inúmeras crônicas e poemas que escrevi dedicados a ela com todo respeito, amor e carinho.

Quanto ao caso citado acima é merecedor de destaque. Realmente foi uma grande oportunidade que você me deu naquele dia fazendo repensar a minha decisão. Inesperada, por assim dizer, visto que o seu perfil de liderança não era de negar um pedido de demissão. Mas, digo a você que havia entre nós algo além de uma relação profissional, embora não explícita, nos respeitávamos profundamente e nos admirávamos reciprocamente, existia uma relação de confiança e transparência muito grande, o que me permitiu mudar e continuar a nossa missão naquele departamento.

Realmente a partir daquele dia eu mudei e passei a ser outro profissional porque confirmei a minha convicção de que éramos mais que profissionais, lutávamos por uma causa com empenho, determinação e bravura. Era fácil perceber isso, não estávamos ali para ser mais um, queríamos fazer o melhor a cada dia. Por isso, sempre digo aos colegas que nos conheceram que você foi o líder que mais me inspirou, apesar de sermos muito exigentes conosco e com os outros e às vezes dizermos coisas com tanta franqueza, um para o outro, que poderia ser entendida como ofensa, mas era apenas a verdade dura e crua que nos incomodava, sem deixar sequelas, nem requerer sessão com psicólogos ou psiquiatras, vivíamos num tempo real para construir uma empresa de sucesso, fazer a diferença, protegendo o meio ambiente e resguardando a integridade física dos trabalhadores.  

Sabíamos que era uma relação de verdade, sem mentiras, sem bajulação, sem falsidade era tudo muito puro, real, verdadeiro. O que encontrei em poucos líderes que convivi.

Esteja certo que a sua contribuição para a minha carreira profissional e para a vida foram determinantes para o meu sucesso.  

Tudo tinha que acontecer do jeito que ocorreu para termos uma história a contar, uma amizade a zelar e uma referência para sermos gratos na reciprocidade da convivência saudável e exigente tornando-nos profissionais respeitados e confiáveis em qualquer lugar onde estejamos.

Ser escritor, era algo que eu tinha guardado a sete chaves dentro do meu íntimo, desde tenra idade. Só esperava o momento oportuno para deixar fluir as ideias e pensamentos por meio da pena leve, suave e sorrateira. Este seu amigo hoje tem 15 Livros escritos: 3 publicados em 2019; 3 no prelo para publicação até novembro de 2020 e 9 livros inéditos, em revisão e diagramação para publicação futura.

Criei o hábito da escrita diária de crônicas, contos, poemas, sátiras e textos sobre temas universais diversos. Tenho um enorme prazer em fazer isso, me deleito por horas, entro nas madrugadas, se necessário para concluir uma ideia antes do amanhecer. Leio e releio para rejuvenescer.  

Tudo isso ocorreu desde 15 de setembro de 2015, quando saí da Alumar com o propósito de transformar a minha vida e escrever sobre pessoas, coisas, fatos, experiências, percepções, lições de vida et cetera. A vida é pequena, mas tudo vale a pena quando se tem um objetivo claro. Como disse Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena“.

Se Deus permitir quero ocupar um lugar na Academia Maranhense de Letras – AML, antes que cessem os meus dias de passagem pelo planeta Terra. Hoje sou Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL e da Academia Rosariense de Letras, Artes e Ciências – ARLAC – que tive a honra e o privilégio de fundar juntamente com os meus conterrâneos interessados pela propagação da literatura, arte, cultura e ciências em nosso torrão natal.  

Sabemos da efemeridade da vida e devemos vivê-la intensamente cada segundo como se fosse o último. Saiba grande amigo José Maurício Macedo Santos e esposa Ana Amélia, vocês estão presentes em minha vida, esposa e filhos e seremos eternamente gratos pelo convívio e
oportunidade de juntos construirmos um mundo mais justo e ético, onde os princípios da justiça da retidão, integridade, responsabilidade e respeito mútuo nos tornam cada vez mais leais e amigos de todas as horas, felizes por tudo que realizamos juntos.

“Para conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolvermos em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos. ” (Sócrates)  

Minha eterna gratidão grande amigo Maurício Macedo por sua orientação e condução, não apenas como chefe de um departamento, mas como líder entusiasta e influenciador, decidido a fazer a diferença e obter os melhores resultados com a sua equipe de excelência. E à sua esposa e médica pediatra Dra. Ana Amélia que cuidou das minhas filhas com carinho e atenção de mãe, não apenas como médica.

Dra. Ana Amélia, não pense que esqueci daquele dia, em que uma das minhas filhas, durante uma consulta, foi avaliada com suspeita de meningite e você fechou o consultório e a seguiu com a minha esposa até o Hospital São Domingos e, continuou acompanhando os procedimentos médicos e exames até que foi constatado que tudo não passava de uma suspeita. Então, ficamos aliviados e você seguiu o seu destino com a certeza de que a paciente estava a salvo. Quem dera que todos os profissionais prezassem pela profissão como vocês meus amigos que chamei de Ele: Maurício Macêdo e Ela: Ana Amélia. Um casal que nos orgulha da amizade, embora que aparentemente distantes, temos um forte elo de ligação que jamais se romperá. A construção em que a base é sustentada em rocha firme dura para sempre.

Que Deus abençoe e ilumine o caminho de vocês para que possam ter vida abundante com saúde, paz e alegria contagiante. Minha eterna gratidão e forte abraço ao casal.

“A gente não faz amigos, reconhece-os. ” (Garth Henrichs)

São Luís, 01 de agosto de 2020.       
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.

Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança e outros nove livros inéditos. Visite o site: falasanches.com e a página Fala, Sanches (Facebook) e conheça o nosso trabalho como escritor, cronista e poeta.

Adquira os Livros da Tríade Sancheana, composta pelos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou, na Livraria AMEI do São Luís Shopping ou através do acesso à loja online www.ameilivraria.com.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS01.09.2019. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.      

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