Por Reinaldo Abreu Trinta Junior*

Há exatos 35 anos, nascia uma das mais promissoras e importantes turmas de formação policial militar da história da Polícia Militar do Maranhão. A chegada ao Centro de Formação de Praças (CFAP), como de praxe, já nos forjava para sermos os melhores dos melhores. No Curso de Formação de Sargentos (CFS) de 1990, adquirimos uma nova família de alunos oriundos dos mais variados segmentos sociais. Era o último concurso público externo de graduados da instituição.

Não tenho dúvidas de que essa turma, pela primeira vez no contexto da PM, foi a mais elevada intelectualmente, com o maior número de oficiais, tanto da carreira convencional quanto do Quadro Especial da Administração. Também é inegável que essa turma é uma das mais unidas da PMMA. Apesar de a maioria ter passado muito tempo como praça PM, não é exagero comparar com outras turmas de formação, no que diz respeito à união. Pois foi exatamente um ano de formação de excelência.

O foco foi resgatar a imagem da PMMA de outrora, muito desgastada por comportamentos inadequados. A realização de um concurso com indivíduos honestos e com caráter regular foi fundamental para mudar essa realidade. A nossa turma foi a que deu transparência em um concurso público, o primeiro nos moldes da Constituição Federal de 1988.

Nestes 35 anos, muitas alegrias e algumas perdas dolorosas ocorreram. Com destacadas qualidades sociais, estivemos até aqui com a ajuda e bondade de nosso Deus! Não poderíamos deixar de mencionar algumas perdas irreparáveis da turma. Homens que tombaram em combate ou em situações diversas.

Em meio a bisonhices, macetes e esperteza, formou-se entre nós as melhores expertises, que renderam à Turma reconhecimento pela sociedade Maranhense. Nossos sinceros agradecimentos a Deus, aos nossos brilhantes oficiais instrutores e graduandos monitores, pelos magníficos ensinamentos que transformaram os jovens que pais e mães entregaram à briosa PMMA em profissionais capacitados. Alguns foram verdadeiros acolhedores.

Por fim, faço menção ao então paizão Capitão Mendonça e ao cordial Sargento J. Maia, em nome dos quais saúdo e agradeço a todos os demais componentes daquele iluminado CFAP querido dos idos de 1990.

Concluindo, são 35 anos que, na graça de Deus, devemos comemorar com todos os 217 Sargentos PM da “Barra” 1990, dos quais cerca de 7 a 8 militares faleceram, juntamente com nossos familiares e amigos. Turma que, sem sombra de dúvida, foi a divisora de águas na Polícia Militar do Maranhão, ampliando seu valor e brio! Meu muito obrigado!     

São Luís, 14 de maio de 2025.

O autor atualmente é oficial da PMMA, bacharel em Segurança Pública, especialista em Gestão de Segurança Pública pela ESFO da PMRJ, bacharel em Direito e especialista em Direito Militar pela ETNA Londrina/PR, e orgulhosamente pertence à garbosa Turma de Sargentos Barra 1990.