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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

TRIBUTO A JOSUÉ MONTELLO (No Silêncio do Confessionário)

Por José Carlos Castro Sanches
Site: www.falasanches.com

FONTE DA IMAGEM: INTERNET

Se um dia, quase junto a ti,
neste lugar tombei em delíquio,
não por acaso hoje estou aqui
para dedicar-te este elóquio.

Enquanto o sol dormia e o galo cantava
numa jangada que chegava ao cais
no bico da cegonha, Josué aportava,
estava escrito nos anais, livros e jornais.

Nascia, na Ilha do Amor, Josué Montello;
era festa no cais da sagração;
calaram-se os canhões; ao anoitecer,
junto ao silêncio, a paz e a oração.

Josué, Josué… azulejos, camarões,
arroz de cuxá, peixe, frito, caranguejo;
ruas, becos, vielas, igrejas e canhões
acordaram surpresos com um clarão.

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Era dia de sarau na cidade;
uma estrela no céu brilhava;
pacientes os sinos repicavam
(Josué-Josué…Montello-Montello…)
na urbe em que o poeta caminhou.

Rufavam alegres os tambores
nos casarões mal-assombrados;
gemiam de prazer os amores,
acobertados pelos velhos sobrados.

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Paralelepípedos, pedras de cantaria,
praias, igrejas, arraiais e festas juninas;
sol, mar, lua e estrelas, em harmonia,
as feiras, os pregoeiros e a alfaiataria.

Deleitavam-se os incansáveis homens
nas agradáveis escritas e leituras matinais;
o poeta decantava as janelas e os casarões
que eclodiam na alma como os desejos carnais.

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Josué, o cais à beira-mar
em tua lembrança constrói
a saudade de São Luís,
onde moras em eterno silêncio, e dói!

Hoje, em tua casa há muitos livros;
as portas e janelas sempre abertas,
e o leitor mergulha nas páginas do tempo
divertindo-se no saudável passatempo.

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A tua imagem, refletida e sombreada,
com as palavras de amor e sabedoria
vibram uníssonas na saudosa morada
para saudar-te no esplendor da alvorada.

Se em vida deste vigor às letras,
tua eternidade será consagrada
e entre os renomados intelectuais
tornaste fecunda a tua jornada.

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A triste pena e o poema do signatário
deleitam-se na escuridão da madrugada e,
à luz de vela, divagam nas lucubrações do poeta;
rogo a Deus que este poema chegue ao destinatário!

Onde estarão solitários,
e em silêncio,
o velho canhão e o escritor visionário?
(O Poeta missionário)
Josué Montello, deixaste Saudades!

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São Luís, 16 de agosto de 2024.

José Carlos Castro Sanches.
É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.

Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala, Divagando na Fantasia em Orlando e O Voo da Fantasia. Participa de antologias brasileiras.

FONTE DA IMAGEM: ARQUIVO PESSOAL

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS16.08.2024. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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