Por José Carlos Castro Sanches
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“O sono é um mergulho na eternidade. ” (Coelho Neto)
Existe coisa melhor que dormir? Talvez, dormir e sonhar. Até com os pesadelos o sono se ajusta para permitir a compensação da energia perdida e recuperar as células no organismo. O sono não poderia ser melhor, tem um tempo para cada pessoa, alguns se contentam com poucas horas, outros como eu preciso de sete a oito horas por noite, mas agora durmo menos e o corpo pede socorro. Não vale a pena perder sono para ganhar em troca a sonolência, o desanimo e a fraqueza.
“Nenhum castigo é pior que passar uma noite sem dormir. ” (Pensamento Rabínico)
Quem dorme bem tem a leveza da manhã e o nascer do sol agradável e visível aos olhos, o dia longo e sorridente e a mansidão da noite serena para acolher com alegria o corpo cansado, mas disposto a continuar a sua missão ao alvorecer de um novo dia. Veja como você acorda ao dormir o tempo suficiente para relaxar é diferente daquele que passou a noite acordado ou insuficiente para recompor as energias, revigorar as forças e o bom humor.
“O sono é um bálsamo curador para todos os males. ” (Menandro)
Até a dor um bom sono consegue vencer, por mais dura que seja a vida, o corpo precisa de tempo para o descanso, nenhum homem é uma máquina, todavia até as máquinas não conseguem trabalhar ininterruptamente. Por que então, nós queremos transformar a noite em dia, o tempo de sono em hora vazia?

“Não há dor que o sono não consiga vencer. ” (Honoré de Balzac)
Antes de dormir aproveite para amar, viver intensamente o amor conjugal, sentir o carinho e o afeto da pessoa amada. Cheirar o perfume, sentir o calor, a vibração do corpo e as batidas do coração. Excitar-se na intimidade e relaxar o corpo para adormecer após a cópula, senão os beijos e carícias que as substituam e satisfaça o desejo das partes envolvidas.
“Boa é a vida, mas melhor é o vinho. O amor é bom, mas é melhor o sono. ” (Fernando Pessoa)
Imaginemos os dias sem as noites, a agitação sem o relaxamento, a vigília sem o sono? Não sobreviveríamos por mais de uma década, não suportaríamos o intenso dinamismo e prontidão sem a trégua, sem o ócio, sossego, relaxamento, repouso e sono.
“O sono é como uma outra casa que poderíamos ter, e onde, deixando a nossa, iríamos dormir. ” (Marcel Proust)
Não deixemos que a inquietude e a ansiedade, os desejos, a ambição, o excesso de trabalho e as preocupações ocupem o precioso tempo que devemos usar para a quietude e serenidade e tirem o nosso precioso sono, porque uma vez perdido, nunca será recuperado. Quem o perde, juntamente perde a saúde e a vida. Como disse Dante Alighieri: “Tão fiel fui ao glorioso ofício, que perdi o sono e a saúde. ”
Durma bem e sonhe! Durma um sono profundo, pare de pensar e sonhe, depois acorde relaxado para tornar os seus sonhos em realidade e ser feliz.

“A vocês, eu deixo o sono.
O sonho, não!
Este eu mesmo carrego!” ( Paulo Leminski)
São Luís, 18 de setembro de 2020.
José Carlos Castro Sanches. É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.

Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala e Divagando na Fantasia em Orlando. Participa de inúmeras antologias brasileiras.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS18.09.2020. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.

