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RENOVANDO A ESSÊNCIA DA FELIS (Reflexões sobre a 18ª Feira do Livro de São Luís: Oportunidades e Desafios)

Por José Carlos Castro Sanches

Site: www.falasanches.com

A 18ª Feira do Livro de São Luís – FELIS, que ocorreu no período de 26 de setembro a 05 de outubro de 2025, na Praça Maria Aragão em São Luís do Maranhão, foi um evento que contou com a homenagem ao Padre João Mohana, Conceição Abboud e Raimundo Teixeira Mendes, pela obra e legado desses escritores. A vasta programação envolveu palestras e lançamentos de livros de renomados escritores, além de stands de livros diversos. No entanto, a meu ver, a baixa aderência da população ao evento, especialmente nas palestras e lançamentos, foi um ponto que chamou a atenção, exceto nos dois últimos dias da FELIS, quando o público surpreendentemente apareceu para prestigiar o evento.

Alguns aspectos requerem reflexão no sentido de resgatar a tradição literária do Maranhão, especialmente de São Luís, e restabelecer o interesse dos leitores pela feira. Entre eles, podemos destacar a necessidade de:

1. Incentivo aos escritores locais que publicam livros durante a FELIS;

2. Infraestrutura adequada com banheiros, água para lavagem das mãos e ventilação nos stands;

3. Maior divulgação da programação da feira na mídia local;

4. Patrocínio aos escritores locais com aquisição de livros e suporte financeiro para apresentação dos trabalhos;

5. Disponibilidade de um stand para a Federação das Academias de Letras do Maranhão – FALMA, para uso pelas Academias de Letras do Estado;

6. Adequação do espaço de lançamento para os autores fazerem os autógrafos antes e após o lançamento das obras;

7. Guia de orientação com mapa indicativo das salas e stands nos acessos para facilitar o direcionamento dos visitantes;

8. Incluir “Crônicas” e “Trovas” na nova versão do Concurso Literário do Município de São Luís;

9. Nas próximas edições da FELIS, considerar a aquisição de 50 livros de cada autor pela Prefeitura de São Luís para incentivar os escritores participantes da feira e doação a alunos das escolas públicas durante a FELIS;

10. Incluir um representante da Federação das Academias de Letras do Maranhão – FALMA, na comissão permanente de organização da Feira do Livro de São Luís – em busca de maior participação das academias nos stands, lançamentos de livros e palestras – mantendo uma infraestrutura de stands para as academias de Letras, Artes e Ciências da capital e do interior do Maranhão;

11. Avaliar o período das próximas edições da FELIS para evitar coincidência com grandes exposições na cidade de São Luís. No caso específico da 18ª FELIS, no mesmo período em tempo parcial ocorria de 02 a 05 de outubro a 6ª Expo Indústria do Maranhão no Multicenter Sebrae, o que gerou competição de público para os dois eventos simultâneos.

Com louvor pude observar a atuação proativa, colaborativa e responsável das equipes de apoio durante as palestras e lançamentos, bem como o controle do tempo de cada autor ou palestrante. Além da oferta de excelentes palestras por brilhantes escritores de renome nacional e internacional com belíssimas apresentações e reflexões sobre a literatura. Aprendi muito com eles e reconheço a potencialidade e a contribuição de todos para o evento. Para as próximas feiras, sugiro a adoção de uma comissão multidisciplinar com entes públicos e privados para melhor organização e divulgação. Acredito que a pressa para realizar a feira em setembro, aliada ao isolamento dos gestores, sem a participação das comunidades interessadas, favoreceu o resultado abaixo da expectativa.

Por outro, lado é lamentável notar que, apesar de terem sido doados R$ 500.000 (quinhentos mil) pela Prefeitura de São Luís, em tickets para aquisição de livros pelos visitantes da FELIS, nenhum real tenha sido destinado para a compra de livros dos autores maranhenses que tornaram possível a realização da feira, participando dos lançamentos de novos livros, palestras entre outras atividades.

Todavia, ainda há tempo de resgatar a essência da literatura, da arte e da cultura maranhense trabalhando com planejamento, empresas e equipes especializadas na gestão de exposições e integração das partes interessadas. Que a 19ª FELIS possa ser melhor que a 18ª, que a comunidade leitora, os escritores e interessados possam desfrutar do precioso néctar guardado nas estantes dos stands. Que haja maior oferta de livros para os que querem ler e não têm condição de adquiri-los.

Gostaria de destacar a excelente iniciativa dos professores e escritores Dino Cavalcante e José Neres de reunir as “Novas Vozes da Literatura Maranhense”. Motivo de orgulho para os escritores do Maranhão e para o fortalecimento da literatura. Que a semente se multiplique nas edições futuras da FELIS. Parabéns aos organizadores e participantes!

Proposta para a Leitura e Revitalização da FELIS:

Vamos trabalhar juntos para resgatar a essência da literatura e da cultura maranhense! Vamos apoiar os escritores locais e promover a leitura em nossa comunidade! Vamos fazer da 19ª FELIS um evento inesquecível! Junte-se a nós nessa jornada de amor à leitura e à cultura! A literatura é a chave para o futuro. Ler é sonhar, ler é crescer!

São Luís, 04 de outubro de 2025.

Nota: O texto reflete a percepção do autor, como colaborador e entusiasta da FELIS, tendo como objetivo principal a melhoria contínua, sem pretender ser apenas mais um crítico que aponta erros sem oferecer soluções. Reconhecendo o mérito, a responsabilidade e a competência daqueles que tornaram possível a realização da 18a FELIS. Afinal, só não erra quem não faz, mas estou convencido de que somos capazes de fazer melhor, e faremos.

José Carlos Castro Sanches.

É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Literária do Maranhão, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Academia de Letras, Artes e Cultura de Coroatá, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras, Artes e Ciências, da Academia Vianense de Letras e da Academia Icatuense de Letras, Ciências e Artes. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de amor e liberdade.

Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento; Série Três Viagens: Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala, Divagando na Fantasia em Orlando; O Voo da Fantasia e Momentos do Cotidiano. Livros em parceria: Borboletas & Colibris, TROVOAR – Trovas para Inspirar e Sonhar e ECOS – da Academia Maranhense de Trovas. Participa de diversas antologias brasileiras.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS04.10.2025. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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