POEMA DA SÉRIE PRAÇA DOS POETAS – SÃO LUÍS, 08 DE SETEMBRO DE 2020

Por José Carlos Castro Sanches

I

Neste dia 08 de setembro
Da Fundação de São Luís
Recebemos de presente
Uma praça bem Feliz.

Que um dia será minha
Hoje a visitei com alegria
Junto à bela e amada rainha
Que ao meu lado caminha.

Como disse um amigo
Creio que dentro de cada poeta
Há sempre o espírito de Deus
Que faz nascer coisas belas
Escrita, falada e cantada
Que destaca a nossa cidade
Nessa ilha encantada.

Há também a sabedoria
Que a todos não convém
Só alguns privilegiados
Com o Dom que lhes é dado
Tornam-se poetas diferenciados.

Feliz daquele que em versos
E prosas deixa o seu legado
Este é verdadeiramente o poeta
Assim disse o meu amigo
Que desta praça carrego
Um pedacinho comigo.

II

Uma praça para louvar o poeta
Reverenciar o talento
Abrir espaço para o profeta
Deleitar-se com a caneta sobre o vento.

Destilar o amor sobre o papel
Decantar e rimar em versos
A beleza da vida e o sabor do mel
Os encantos e cantos diversos
Aos admiráveis poetas eu tiro o chapéu.

É a praça nova que surge
Ao lado do pelourinho
Para dizer ao povo que urge
A liberdade é único caminho.

Viva a praça do poeta
Viva a prosa e a poesia
Viva a vida indiscreta
Viva distante da heresia.

III

Eu não conseguia dormir
A ansiedade me consumia
Buscando a inspiração
Para escrever essa poesia.

Fui visitar antes uma amiga
Que Deus levou para o céu
Espero que siga contente
Vestida num belo véu.

Enquanto os poetas
Se inspiram na praça
Escrevendo obras incompletas
Passados três dias da raça
Eu contemplo as borboletas.

IV

Obrigado pela bela obra
Que os homens em vida nos dão
Um merecido reconhecimento
Aos poetas de profissão (prontidão)

Também àquele que gosta
De escrever de supetão
Não importa: a vida é posta
Para surpreender o azarão.

Nesta cidade maravilhosa
De história e assombração
Hoje temos uma praça briosa
Motivo de inspiração
Em nossa São Luís orgulhosa
Com janela, telhado e casarão.

V

Aos poetas muitas letras
Versos, estrofes e rima
Aos cansados as muletas
Que a poucos fascina
Como os raios ultravioletas
Que a luz do sol traquina.

É a beleza da poesia
Que ao poeta contagia
Com a singeleza da pena e a maresia
Nessa praça de eterno encanto e magia.

José Carlos Castro Sanches
São Luís, 08 de setembro de 2020.

José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.
Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança e outros nove livros inéditos. Visite o site: falasanches.com e a página Fala, Sanches (Facebook) e conheça o nosso trabalho como escritor, cronista e poeta.

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