“As pessoas são solitárias porque constroem muros ao invés de pontes.” (Joseph F. Newton)

“A Grande Muralha da China tem 8.850 quilômetros de comprimento e começou a ser construída em 215 a.C. O imperador Qin Shihuang a ergueu com o objetivo de proteger a região da invasão de nômades vindos do norte. 

Os últimos trechos da obra foram erguidos por volta de 1568. A obra demorou 20 séculos para ser finalizada. A Muralha da China foi apelidada de “o maior cemitério do mundo” devido à quantidade de pessoas que morreram durante sua construção. “Foram contabilizadas mais de um milhão de mortes decorrentes das obras do monumento.”

“A maior ponte do mundo não poderia ser em outro lugar. Na China, tudo é feito em tamanho maior devido a grande população.” 

Essa ponte liga a cidade mais populosa do país, Xangai (23 milhões) a Nanjing (8 milhões) sobre o rio Yangtze. Ela é reconhecida como a mais longa do mundo pelo Guinness com 164 km de extensão.”

A maior ponte suspensa do mundo entre dois países liga a China à Coreia do Norte. 

Outro fato histórico de grande relevância política, social e econômica foi a construção e a queda do muro de Berlim.

“Quando a Segunda Guerra Mundial terminou, a capital alemã, Berlim, foi dividida em quatro áreas. Estados Unidos, Grã-Bretanha, Franca e União Soviética passaram a comandar e administrar cada uma destas regiões.”

“No ano de 1949, os países capitalistas (Estados Unidos, França e Grã-Bretanha) fizeram um acordo para integrar suas áreas à República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental). O setor soviético, Berlim Oriental, passou a ser integrada a República Democrática da Alemanha (Alemanha Oriental), seguindo o sistema socialista, pró-soviético.”

Até o ano de 1961, os cidadãos berlinenses podiam passar livremente de um lado para o outro da cidade. “Porém, em 13 de agosto de 1961, com o acirramento da Guerra Fria e com a grande migração de berlinenses do lado oriental para o ocidental, o governo da Alemanha Oriental resolveu construir um muro dividindo os dois setores.” 

Decretou “também leis proibindo a passagem das pessoas para o setor ocidental da cidade.”

A principal ideia da construção do muro era segurar pessoas inteligentes.
“Quase três milhões de pessoas abandonaram a Alemanha Oriental entre 1949 e 1961. A grande maioria buscava melhores colocações profissionais no Ocidente – tanto que grande parte dos refugiados era de pessoas com menos de 25 anos. Além disso, muitas cabeças “pensantes”, como médicos, engenheiros, professores e estudantes, estavam nesse contingente.”

“Ao contrário de outras grandes muralhas construídas ao longo da História, que tinham o intuito de proteger o território contra a entrada de pessoas como é o caso da construção do muro entre os Estados Unidos e o México, o Muro de Berlim foi feito justamente para impedir que elas “fugissem” do lado oriental.”

“A Queda do muro. Em 9 de novembro de 1989, com a crise do sistema socialista no leste da Europa e o fim deste sistema na Alemanha Oriental, ocorreu a queda do muro. “Cidadãos da Alemanha foram para as ruas comemorar o momento histórico e ajudaram a derrubar o muro.”

“O ato simbólico representou também o fim da Guerra Fria e o primeiro passo no processo de reintegração da Alemanha.”

55 anos depois do inicio da construção e 28 anos depois da queda do muro de Berlim. Enquanto os Alemães demoliram o muro de Berlim e abriram as fronteiras para o desenvolvimento e integração entre os povos. A Alemanha acolhe os refugiados e os Estados Unidos fecham as portas para os imigrantes através da construção de um muro.

O Presidente Donald Trump decide construir um muro para separar os Estados Unidos do México julgando impedir a entrada de imigrantes. 

O que separa os países não é a imigração, nem serão os muros. É a pobreza. 

A falsa ilusão imposta pela barreira física não será capaz de deter a inteligência, a criatividade e a clandestina busca de novos horizontes. 

O que se deve incentivar é a solidariedade, a busca do desenvolvimento dos países subdesenvolvidos e a erradicação da pobreza que assola o mundo e produz “miseráveis” destemidos capazes de arriscarem a própria vida em busca de novas oportunidades, sobrevivência e sustento das suas famílias. Nada mais que isso! Não buscam luxo e bens supérfluos, apenas o alimento e abrigo seguro. 

“O mundo precisa tomar medidas urgentes para mobilizar 265 bilhões de dólares anuais necessários para alcançar os dois primeiros Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e acabar com a pobreza e a fome até 2030.”

“A informação é do presidente do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola da ONU (FIDA), Kanayo F. Nwanze, que fez um apelo na quinta-feira (26) pelo investimento em conferência sobre financiamento rural realizada em Roma, na Itália.”

“A necessidade é urgente. Apesar de décadas de compromissos e esforços consideráveis para acabar com a pobreza e a insegurança alimentar, quase 800 milhões de crianças, mulheres e homens ainda passam fome todos os dias e um número semelhante vive em extrema pobreza”, disse Nwanze, enfatizando a necessidade de ser mais criativo, utilizando recursos públicos e mobilizando financiamento.

Os americanos constroem o muro do isolamento e discriminação, do imperialismo capitalista que visa apenas o lucro em detrimento da boa convivência e da paz entre vizinhos. 

“Quando os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento.” (Erico Veríssimo)

Um dia desses vão querer criar muros entre as favelas e os grandes centros das metrópoles em vez de criar oportunidades de emprego e renda e permitir aos mais humildes o direito à moradia digna, acolhimento, saúde e educação.

Vejo com bons olhos a postura do prefeito João Doria de São Paulo adotando a Gestão Municipal como uma Empresa e buscando resolver os problemas básicos da população e da grande metrópole construindo pontes ao invés de muros. Talvez ele possa ser a inspiração e referencia para Donald Trump.

“Não construa muro diz o prefeito de Berlim a Trump. A construção de muros só causam sofrimentos.”

O que nos faz construir muros ao invés de pontes? 

A cada dia temos inúmeras oportunidades para construir pontes. As pontes são estruturas mais sólidas, difíceis e às vezes mais complexas, arriscadas e demandam normalmente mais tempo para serem construídas. 

Então optamos pelos muros que são mais fáceis “com exceção das muralhas da China” e avançamos criando barreiras para nos manter isolados na clausura e intocáveis na zona de conforto. 

Construa pontes resistentes, duráveis e acolhedoras. A vida é bela! Boa reflexão!

“Construir muros é mais fácil; construir pontes é mais importante.” (Mari Ellen Clarentino da Silva)