Por José Carlos Castro Sanches Site: www.falasanches.com
No livro “Dor amor e poesia”, o saudoso escritor maranhense José Fernandes conta a história do poeta Pery Gomes Feio – a capa do livro retrata Pery no seu cavalo.
“Pery Gomes Feio, meu conterrâneo. Nasceu em Rosário, Maranhão, a 04/08/1909, e faleceu em São Luís, em data indeterminada. Chagas e Mágoas, 1943, Cortina Azul. Sobre ele escreveu José Ribeiro de Sá Valle, na sua Antologia Maranhense: Poeta espontâneo e sentimental, canta a amargura, o sofrimento e a resignação em versos simples e comovedores”.
Segue poema de Pery Gomes, extraído do livro: Minha terra tem palmeiras… ( Trovadores maranhenses) Estudo e antologia.
“Dos tormentos que hoje sofro,
Não devo me lamentar,
Porque sei que eles me vieram
Da luz do teu lindo olhar.
L — letra do seu nome,
L — lua que me alumia,
L — luta em que me empenho
Contra a dor que me crucia.
Quem ama nunca se esquece
Da mulher que outrora amou;
A fogueira foi extinta
Mas a cinza inda ficou.
Eu sou como esse rochedo
Nas horas de tempestades,
Porque jogas contra mim
Cruéis ondas de saudades.
As luzes rubras das torres
Da Radio do Maranhão,
Parecem chagas que vivem
Sangradas em meu coração.
Se vires sobre uma tumba,
Cantar triste a juriti;
Olha de perto e, na cruz,
Verás escrito: Peri.”
(Página publicada em outubro de 2019; poesia maranhense. Trovas.)
Após a leitura do livro “Dor amor e poesia.” Passei a me interessar pela escrita de José Fernandes e o convidei para prefaciar os livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou que compõem a Tríade Sancheana.
Visite o site falasanches.com – lá você encontrará inúmeras crônicas e relatos sobre a minha convivência com o ilustre cronista e escritor José Fernandes, natural de Arari, ex-membro da Academia Arariense de Letras, da Academia Ludovicense de Letras, entre outras agremiações literárias e sociais.
Tornei-me fã da sua forma simples e atrativa de escrever crônicas curtas e reflexivas. Tornamo-nos amigos, dediquei ao beletrista ainda em vida mais de uma dezena de escritos. Deus o tenha em bom lugar!
São Luís, 25 de março de 2024.
José Carlos Castro Sanches. É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.
Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala e Divagando na Fantasia em Orlando. Participa de antologias brasileiras.
NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS25.03.2024. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.