Por José Carlos Castro Sanches
Site: www.falasanches.com
“Ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas deixar de ser vítima dos problemas e se tornar o autor da própria história.” (Abraham Lincoln)
Certa vez, uma repórter entrevistava uma mulher empreendedora do interior do Rio Grande do Norte sobre seu negócio de catar mariscos na lama e revendê-los para grandes cadeias de hotéis, preparando pratos deliciosos, da lama para o luxo e requinte, com preço e qualidade invejáveis.
A repórter perguntou: “Seu negócio começa na lama?” A humilde catadora de mariscos respondeu: “Do lugar de onde menos se espera é de lá que vem…”
O trabalho daquele grupo de cooperados, liderados por aquela mulher simples, trabalhadora e empreendedora, como milhões de mulheres em todo o mundo, além de gerar emprego para dezenas de pessoas naquela comunidade, era uma lição de vida que deveríamos valorizar e seguir como exemplo.
Refletindo sobre os fatos citados, percebo que devemos assumir o papel de protagonista da própria vida, buscar alternativas para viver de maneira nobre e saudável. Produzir, gerando riquezas e fortalecendo a autoestima, construindo pontes para manter o presente ativo e um futuro que reflita a história de luta daqueles que, com trabalho, força, foco e fé, venceram as adversidades e conquistaram o mundo.
Como disse Arthur Schopenhauer: “A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças do que nos nossos bolsos.” São as lições ensinadas por pessoas humildes, capazes de superar desafios e transformar pensamentos, desejos e sonhos em ações palpáveis e realizações de sucesso, que nos impelem a seguir os propósitos.
Esses exemplos de vida nos fazem repensar a forma como conduzimos os negócios, encaramos os problemas e limitamos a capacidade de pensar e agir num universo de possibilidades. Johann Goethe, sabiamente escreveu: “Apenas é digno da vida aquele que todos os dias parte para ela em combate.”
Pensar pequeno nos limita, corresponde a olhar numa única perspectiva e ficar parado à espera de algo que surpreenda e traga soluções para os problemas. Essa limitação mental nos aprisiona e mantém-nos reféns das incertezas, dos desejos e sonhos. Em vez de nos libertar para voos altos, nos encapsula numa redoma. Enclausurados na blindagem própria que cerceia aspirações e a capacidade de transformar ideias em ações, projetos em construções.
É desafiador transformar cimento, pedras, concreto e ferragens em pontes para mover o desconhecido. Passar de uma ilha isolada e limitada para um mundo de oportunidades infinitas. Assim acreditava Denis Waitley: “Nossas limitações e sucessos serão baseados, mais frequentemente, em nossas próprias expectativas para nós mesmos. No que a mente foca, o corpo atua.”
Tenho pensado muito sobre as argolas que limitam, as algemas que nos prendem, a dependência dos outros para realizarmos os nossos sonhos, objetivos e projetos – fugir das limitações, viver de forma criativa e dinâmica, sem esperar que outras pessoas concretizem as nossas ideias e transformem-nas em ação.
Como Franklin Roosevelt, sabiamente afirmou: “Os únicos limites das nossas realizações de amanhã são as nossas dúvidas e hesitações de hoje.” Algumas pessoas, ao invés de nos elevar e ajudar a alçar voos altos, podem ser os maiores obstáculos para o crescimento e desenvolvimento da ação transformadora. São como ancoras lançadas ao mar para segurar a embarcação; quando inapropriadas e desprovidas de propósito, manterão a embarcação à deriva em “mar morto”. Muitos vivem à sombra das ondas de “barcas furadas”, comandados por “lemes” frágeis, guiados pelos ventos do acaso.
Se fossem impetuosos e livres pensadores, superariam suas limitações, seguindo a máxima de Friedrich Nietzsche. O maior trunfo e fortaleza está dentro de cada um de nós. Não podemos delegar os nossos objetivos e metas para outrem. Não podemos alienar as nossas ambições, propósitos e missões.
Não devemos permitir que as nossas frustrações sejam fruto da falta de ação e inanição de quem não tem poder para agir por nós, transferindo o nosso “eu” para o domínio do “outro”, visto que seria fisicamente e mentalmente impossível. Portanto, é insensato esperar dos outros aquilo que depende unicamente de mim e de você.
Afirmava Bruce Lee, mestre de kung fu e ator americano: “Empenhar-se ativamente para alcançar determinado objetivo dá à vida significado e substância. Quem quiser vencer deve aprender a lutar, perseverar e sofrer.”
A quem delegar o poder de ação sobre a minha vida?
Seria extraordinário se existisse um gênio da lâmpada à nossa disposição para, a qualquer momento, direcionarmos os pedidos e todos os desejos fossem realizados num passe de mágica. “O Aladim e a Lâmpada mágica maravilhosa” capazes de transformar sonho em realidade, só existem na ficção dos contos de fadas. Albert Einstein devia saber disso ao dizer: “Se quiser ter uma vida plena, prenda-a a um objetivo, não às pessoas nem às coisas…” A verdade sobre a vida é construída na rocha, com amor-próprio, dedicação extrema, constância e sabedoria.
Não existe fórmula determinada para o sucesso; ele depende 99% de transpiração e 1% de inspiração. Digo 99% de trabalho árduo, suor e 1% de ideias e projetos não iniciados, inacabados, postos no papel ou guardados nos armários.
Para conquistar as vitórias, é necessário renovar as ideias e transformar pensamentos em ações. Não se deixar limitar pelos obstáculos de variadas intensidades: altos, pesados, duros, insípidos, incolores, quentes, frios, doloridos, amargos, fétidos… em todos os sentidos e direções, com o propósito de derrubá-lo, lançá-lo ao chão e destruí-lo.
A gravidade, força que o centro da Terra exerce sobre os corpos, facilita a sua queda… Todavia, o universo conspirará contra ou a favor conforme as nossas ações, crenças e atitudes. Quem decidirá sobre esse movimento conspiratório ou favorável?
Charles Chaplin creditava e atribuía o êxito à persistência: “A persistência é o caminho do êxito.” Com a vibração de um guerreiro indomável, a determinação de uma fera destemida, a força de um vulcão em erupção, a sabedoria de Salomão e a benção divina, uma força maior, intensa e revigorante, nos elevará para os montes.
Venceremos todas as batalhas, nos tornaremos líderes de nós mesmos, protagonistas da própria vida, fontes de bênçãos, exemplos e lições para todos os que nos admiram e amam. Não teremos medo do veneno, porque estaremos vacinados. Como disse William Shakespeare: “Não é digno de saborear o mel aquele que se afasta da colmeia com medo das picadelas das abelhas.”
Afinal, onde está a felicidade? A felicidade está onde menos se espera!
Somente você será capaz de mudar a sua história de vida e transformar sonhos em realizações. Ser um cidadão de verdade é se preocupar mais com valores e princípios do que com o sucesso. É lutar sem ter medo do fracasso e voar sem medo de cair!
“A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz.” (Sigmund Freud)
São Luís, 20 de março de 2025. (Versão revisada)
José Carlos Castro Sanches.
É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, consultor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Literária do Maranhão, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes, da Academia Vianense de Letras e da Academia de Ciências, Letras e Artes de Presidente Vargas. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de amor e liberdade.
Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris, ECOS da AMT (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala, Divagando na Fantasia em Orlando e O Voo da Poesia. Participa de antologias brasileiras.
NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS20.03.2025. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.