Por José Carlos Castro Sanches
Site:www.falasanches.com
Não dorme, enquanto eu passo
A cada passo a vida encurta
Silente e compassivo ele segue
Dia e noite escorrega e flutua.
Alegremente eu vivo o presente
O fogo ardente queima o corpo
Transmite calor pelos poros
Em suor a vida evapora.
Ai de ti tempo omisso e incerto
No completo fluir da minh’alma
A beleza e o encanto propago
Traduzo em amor toda calma…
(…impaciência e ansiedade.)
A promessa de luz e negridão
Espreita a vertente uníssona
Suplanta a tristeza com o sorriso (riso)
Replica o amor, o afeto…
(… a gratidão e a emoção.)
Oh, tempo precioso e insólito
Por que não trazes a certeza?
No vago ócio do espírito
Vejo-te vagar entre nuvens e estrelas.
Em tudo estás presente
No agora, no antes e no depois
Terrivelmente (furtivo) e traiçoeiro
Sempre correndo à minha frente.
O tempo se perdeu de mim
É cedo para o amanhã e tarde para ontem
Por isso tenho cuidado com o amanhã
Ele tem a estranha mania de ser tarde demais.
Sei que o tempo é relativo
É lento quando a espera é dolorosa
E a dor é insuportável e intensa
Enquanto estou impaciente e com pressa.
É veloz à medida que a noite é curta
Durante o sono reparador e vital
Na alegria transcendente e contagiante
Sempre que a vida é prazerosa, feliz e bela.
O tempo de certo mexe comigo
Se estou escrevendo, corre ligeiro
Uma vez em movimento ou exercício
É ardiloso, aparenta estar dormindo.
O tempo é o melhor professor
Mesmo que na minha limitação
Eu não faça boas perguntas
ele dará as melhores respostas.
São Luís, 30 de junho de 2024.
José Carlos Castro Sanches.
É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.
Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala e Divagando na Fantasia em Orlando. Participa de antologias brasileiras.
NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS30.06.2024. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.