Por José Carlos Castro Sanches
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Pequi é uma fruta nativa do Cerrado brasileiro, conhecida por seu sabor e aroma marcantes, sua árvore é o pequizeiro. Pequi tem um formato arredondado, similar ao de uma maça pequena, possui uma casca lisa de cor verde-clara, que envolve uma polpa amarelada e macia com um grande caroço interno coberto por uma fina camada de pequenos espinhos, motivo pelo qual é preciso ter cuidado ao roer a massa que envolve o caroço para não se surpreender com os espinhos. Mas, pequi não tem língua, então por que “língua de pequi”? Eu ouvia um programa de rádio juntamente com a minha esposa quando o radialista que tratava de política maranhense disse o seguinte: “o provável candidato a governador ‘camarão’ agora está sendo apelidado de ‘língua de pequi’, segundo o comunicador o apelido foi motivado por um fato inusitado que ocorreu durante a visita do político a uma determinada cidade do interior do estado do Maranhão, quando o candidato para apresentar-se como um homem humilde resolveu comer um pequi e ficou com a língua cheia de espinhos. Dizem as más línguas que o cidadão se danou a querer tirar os espinhos da língua, todavia quando mais ele mexia os espinhos se aprofundaram. Foi então que os adversários políticos que não brincavam em serviço aproveitaram para espalhar a maldade sobre o coitado.
Enquanto o radialista contava a história, eu sorria da criatividade de quem deu o apelido ‘língua de pequi’ ao político.
Moral da história: Quem não sabe comer pequi não pode fazer média com pobre, assim como o espinho surpreende o amador, o político pode enganar o eleitor… e se você não sabia, agora sabe que políticos têm língua de pequi, mas não têm língua para falar a verdade!
São Luís, 17 de novembro de 2025.
José Carlos Castro Sanches.
Químico, professor, consultor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense.