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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

O LIVRO: TRIPLA DELÍCIA!


Por José Carlos Castro Sanches

“O homem que não lê bons livros não tem nenhuma vantagem sobre o homem que não sabe ler. ” (Mark Twain)

Neste 23 de abril, dia Mundial do Livro, faço uma singela homenagem à literatura, aos escritores, cronistas, poetas e, especialmente aos leitores e aos propagadores do conhecimento edificado em livros.

Tripla Delícia. “O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado e feliz ao seu lado ” (Adaptado do poema Dupla Delícia de Mario Quintana)


Quando vejo a palavra “Word” em inglês, percebo que para tornar-se “World”, que corresponde à mundo em nossa língua pátria, precisa acrescentar apenas a letra “L”, que inicia a palavra livro.


O livro transforma uma simples palavra, num horizonte de possibilidades e, eleva o conhecimento, partindo de qualquer ponto isolado para o mundo. O livro é assim, tão simples como uma palavra e tão profundo como o universo.

“O livro é um mestre que fala, mas que não responde. ” (Platão)


“Os eruditos são aqueles que leram nos livros; mas os pensadores, os gênios, os iluminadores do mundo e os promotores do gênero humano são aqueles que leram diretamente no livro do mundo. ” (Arthur Schopenhauer)


Na semana passada participei de uma palestra sobre o tema: Para onde vai a educação? Em um determinado momento o palestrante disse: “ O livro já sai da editora desatualizado” lógico que ele se referia a uma situação específica dentro de um contexto, nesse caso, sobre o avanço da tecnologia e a velocidade da informação na internet e outras mídias.


De certa forma aquela afirmação mexeu comigo, ao ponto de tratar deste assunto em duas crônicas recentes. “Os livros são o alimento da juventude. ” (Cícero)


Inicialmente interpretei a citação como uma verdade absoluta, um pouco depois me detive a refletir sobre aquela afirmação e percebi que cometi um grande equívoco, ao fazer uma avaliação precipitada e superficial sobre o verdadeiro significado ou essência de um livro no que tange a influenciar o pensamento crítico, científico; na propagação do conhecimento e ideias.

“Em ciência leia sempre os livros mais novos. Em literatura, os mais velhos. ” (Millôr Fernandes)


Conclui então que um livro nunca estará desatualizado. As ideias poderão sofrer adaptações, o momento da leitura poderá não despertar o interesse de outrora, mas a essência, o fundamento da palavra, da frase, do parágrafo e conteúdo escrito, a sensibilidade do autor, e a lição de vida implícita ou explicita no texto permanecera e jamais ficarão desatualizados. O momento era outro, o contexto também, mas a palavra estará solidificada na pedra, na argila, na areia ou folha de papel.

“Os livros são abelhas que levam o pólen de uma inteligência a outra. ” (James Lowell)

Poucos minutos antes de escrever essa crônica, eu conversava com um amigo escritor e professor de português, que atualmente trabalha com revisor de livros. Acertava com ele os detalhes para revisar dois livros inéditos que pretendo lançar nos próximos meses. Um livro de crônicas, intitulado: No Fluir das Horas e, outro de poemas: Gotas de Esperança.

“Todos os bons livros se parecem: são mais reais do que se tivessem acontecido de verdade. ” (Ernest Hemingway)


Enquanto buscava entender a forma que ele usava para definir os custos da revisão gramatical e ortográfica. O colega revisor me fez a seguinte pergunta: “As suas crônicas são contemporâneas ou extemporâneas?

Pedi a ele melhor esclarecimento sobre o questionamento para responde-lo. Mas, logo me veio à memória os escritos de Machado de Assis, Rubem Braga e Aluísio de Azevedo, teriam eles preocupação com a temporalidade das suas obras. E pelo que li, muitas delas contam histórias e passagens que remetiam às suas intimidades e assuntos rotineiros, portanto pelo tempo seriam contemporâneas e se limitariam ao passado (digo: unicamente ao momento presente em que foram escritas), porém, vê-se o contrário, são extemporâneas, motivo de detalhados estudos por inúmeros escritores e estudiosos.


“É bom ter livros de citações. Gravadas na memória, elas inspiram-nos bons pensamentos. ” (Winston Churchill)

De verdade, tenho a opinião de que essa é uma avaliação subjetiva, visto que, para o leitor o que importa é a mensagem, com base na sua expectativa em relação ao conteúdo do que se propõe a ler. O que parece contemporâneo, poderá em algum tempo, representar a atemporalidade. Porque o livro não é estático como as palavras nele inseridas. O livro tem a dinâmica de quem o lê. Portanto, a mesma obra ou história poderá ser interpretada de maneira diferente, diametralmente oposta por leitores distintos.

“Os livros podem ser divididos em dois grupos: aqueles do momento e aqueles de sempre. ” (John Ruskin)

Essa é a beleza da literatura. A possibilidade de nos permitir divagar entre plumas, nuvens, árvores, rochedos, rios, mares, planetas, cometas, fogo, luz, terra, sol…

“Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria. ” (Jorge Luís Borges)


O livro nos permite a liberdade de criar, sonhar, passear pelo universo, galáxias, constelações, ser estrela, sol, lua e, penetrar no fundo da própria alma para visitar a solidão ou enfrentar as multidões, viver o passado, o presente e flutuar para o futuro.


“Caminhais em direção da solidão. Eu, não, eu tenho os livros. ” (Marguerite Duras)


O livro é néctar, é brilho, fel, sal e escuridão, depende de como você o absorve. O livro nos eleva a patamares impensáveis ou ao fundo do poço. As suas páginas recheadas de letras, palavras, parágrafos, ao serem lidas e assimiladas poderão representar benção ou maldição, liberdade ou castigo, um passarinho que canta em harmonia com a natureza bela ou o ruído desarticulado de um avião desgovernado rumo ao chão. Há livro para todo gosto e para cada momento.

“Há livros de que apenas é preciso provar, outros que têm de se devorar, outros, enfim, mas são poucos, que se tornam indispensáveis, por assim dizer, mastigar e digerir. ” (Francis Bacon)


No fluir das horas é tempo de ler e escrever. A leitura abre novas possibilidades e diversifica o conhecimento tornando as pessoas mais preparadas para enfrentar as adversidades e perceber o mundo e as pessoas com um olhar diferente.


“ O autor só escreve metade do livro. Da outra metade deve ocupar-se o leitor. ” (Joseph Conrad)


O que parece o encontro das águas do mar com as nuvens é o infinito de ideias que estão a seu dispor nas páginas de um livro. Faça da leitura um hábito e aprenda a presentear amigos e familiares com bons livros. A vida é bela e precisa ser enriquecida com bons livros.


“De um autor inglês do saudoso século XIX: O verdadeiro gentleman compra sempre três exemplares de cada livro: um para ler, outro para guardar na estante e o último para dar de presente. ” (Mario Quintana)


Encerro esta crônica com uma frase da poetisa e contista brasileira Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, que nasceu na cidade de Goiás, em 20 de agosto de 1889 e faleceu em Goiânia em 10 de abril de 1985. Certamente poucos brasileiros a conheceriam por este nome, porque ela usava o pseudônimo de Cora Coralina.

“O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria se aprende é com a vida e com os humildes. ” (Cora Coralina)


José Carlos Castro Sanches

É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.

Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras.


São Luís, 27 de agosto de 2019.

Revisado em 25 de abril de 2020.


Visite o site: falasanches.com e a página Fala, Sanches (Facebook) e conheça o nosso trabalho como escritor, cronista e poeta.


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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS27.08.2019. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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