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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

O LAÇO AMARELO!

Por José Carlos Castro Sanches

Site: www.falasanches.com

Em 20 de setembro de 2024, nos reunimos no Salão de Festas do Condomínio Jardim de Lombardia, não para uma festa, tínhamos o propósito de participar de uma palestra sobre o tema: “ Repensando Cuidado e Suporte na Prevenção ao Suicídio, com a Psicóloga Rayane Campos, e-mail: rayanecampus@gmail.com, Telefone: (98) 9 8211-5260, @psi.rayanecampos.

Na oportunidade trocamos experiências e refletimos sobre a temática sob a óptica da psicologia com suporte de conteúdo direcionado para melhor compreensão do fenômeno suicídio, direcionamento e condução das práticas de suporte aos necessitados.  

A origem do Setembro Amarelo e todo esse movimento de conscientização contra suicídio começou nos Estados Unidos,  quando Mike Emme, de 17 anos, cometeu suicídio, em 1994. O jovem era conhecido por sua personalidade carinhosa e habilidade mecânica, tendo como sua marca um Mustang 68 que ele mesmo restaurou e pintou de amarelo.

No dia do velório, foi feita uma cesta com muitos cartões decorados com fitas amarelas. Dentro deles tinha a mensagem “Se você precisar, peça ajuda.”. A iniciativa foi o estopim para um movimento importante de prevenção ao suicídio, pois os cartões chegaram realmente às mãos de pessoas que precisavam de apoio. Em consequência dessa triste história, foi escolhido como símbolo da luta contra o suicídio, o laço amarelo.

Em homenagem ao carro pelo qual Mike tinha tanto carinho, a campanha recebeu o nome de “Yellow Ribbon” (Fita Amarela, em inglês), e então o movimento ganhou o mundo como forma de conscientização da prevenção da saúde mental e contra o suicídio. A iniciativa do movimento mundial Setembro Amarelo, que tem o objetivo de alertar a sociedade sobre a depressão e abrir o diálogo sobre o tema.

Inspirado no caso Emme, o “Setembro Amarelo” foi adotado em 2015 no Brasil pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 32 pessoas se suicidam por dia no Brasil, o que significa que o suicídio mata mais brasileiros do que doenças como a AIDS e o câncer.

O assunto é envolto em tabus, por isso, a organização da campanha acredita que falar sobre ele é uma forma de entender quem passa por situações que levem a ideias suicidas, podendo ser ajudadas a partir do momento em que são identificadas.

Fatores que podem aumentar o risco de ideias suicidas: depressão, transtorno bipolar, ansiedade e esquizofrenia são os principais alertas;  O abuso de álcool e drogas também contribui para o aumento desse risco;  Pessoas acima de 65 anos — que enfrentam solidão e perda de perspectiva — apresentam uma prevalência maior de tentativas; Problemas financeiros e episódios traumáticos, como separações ou perdas significativas, também podem desencadear ideias suicidas; O isolamento social (presencial e virtual) é um sinal de alerta; Comentários sobre morte, despedidas incomuns ou doação de bens podem indicar uma preparação para o suicídio; Expressões de desesperança, comuns nas redes sociais, não devem ser banalizadas, como memes.

De acordo com o Dr. Igor Manuel Vasconcelos, mais de 90% das tentativas de suicídio estão ligadas a transtornos mentais, como a depressão, que gera desesperança e desespero. A impulsividade e irritabilidade, sobretudo em jovens, também é um fator de risco importante.

As principais ações de ajuda imediata são:

  • Seja disponível e busque conversar sem julgamentos;
  • Incentive a busca por ajuda profissional, como psicólogos e psiquiatras;
  • Em situações de risco imediato, proteja a pessoa, removendo possíveis meios de autolesão. O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece suporte 24 horas pelo telefone 188 ou via chat online, com sigilo garantido.

É importante que as pessoas que estejam passando por momentos de crise busquem ajuda. O ideal é um acompanhamento psicológico, além do apoio da família e dos amigos. Para isso, é essencial que as pessoas consigam falar sobre o que sentem.

O diagnóstico precoce é muito importante para identificar os sinais e oferecer o tratamento adequado, seja por meio de terapia ou medicação. De acordo com o psiquiatra Dr. Igor Manuel Vasconcelos, a questão do tratamento contra esses problemas tende a ser, muitas vezes, uma ação combinada com o uso de antidepressivos e ansiolíticos para estabilizar os sintomas.

A prevenção ao suicídio é um esforço coletivo que envolve tanto a conscientização quanto a ação. E, ao longo deste texto, vimos a importância de identificar sinais de risco, apoiar aqueles em crise e promover o tratamento adequado de transtornos como depressão e ansiedade, além da importância do Setembro Amarelo.

Com o engajamento de cada pessoa na campanha Setembro Amarelo é possível fazer a diferença. Pequenos gestos, como estar disponível para ouvir ou indicar o CVV, podem salvar vidas. Para tanto, é importante que todos compreendam o impacto que suas ações podem ter e se envolvam na construção de uma sociedade mais atenta e solidária.

Se você estiver com sérios problemas e chegar a considerar o suicídio, pode procurar ajuda entrando em contato com o Centro de Valorização à Vida (CVV). Esse é um projeto que fornece apoio emocional e prevenção do suicídio. Através de telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias da semana, eles atendem de forma voluntária e gratuita todos que precisam conversar. O serviço é totalmente sigiloso. O site do CVV é www.cvv.org.br.

São Luís, 21 de setembro de 2024.

José Carlos Castro Sanches. É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.

Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala, Divagando na Fantasia em Orlando e O Voo da Fantasia. Participa de antologias brasileiras.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS21.09.2024. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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