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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

O BEIJO DA ÁGUIA 

Por José Carlos Castro Sanches 

Passeava alegremente por terras brasileiras numa região em que se confunde com a Europa – entremeada de italianos, alemães, franceses, portugueses… me perguntava: por que cidades tão pequenas como Gramado, Canela, Bento Gonçalves… tornaram-se atrativo para todo o mundo? Julgo que a melhor reposta seja: porque os imigrantes vieram para não mais voltar, logo precisariam trabalhar duro para manter o sustento e a família – não poderiam errar, teriam que ser diferentes, criativos, inovadores e convencerem pelo trabalho, originalidade e qualidade no que produzissem da uva ao vinho, do tijolo à casa, da Páscoa ao Natal. Assim transformaram sonho em realidade por meio de luta renhida, suor e determinação. E logo nesse lugar magnífico de luz, brilho, energia, beleza natural e artificial fui surpreendido com o beijo da águia sorrateira e precisa – naquele encontro na mina de pedras preciosas – estávamos ela, eu e uma fotografa, éramos três para permitir o registro de um eterno beijo gravado na pedra ou melhor gravado na tela de um celular para tornar-se perene, celestial e profunda como a essência indestrutível e intensa de uma águia moldada na Ametista. Para o escritor, cronista e poeta, mais vale o beijo imaginário da águia do que as pedras preciosas da mina. Ao poeta serve o beijo como inspiração; ao cronista o brilho na escuridão; ao escritor a pena vertendo o néctar derretido das profundezas, colorindo cada pigmento a temperaturas vulcânicas capazes de transformar areia em pedra preciosa das minas… das minas…de águias… de beijos…de cores… de brilhos e desejos.  A lembrança do que vi nas terras gaúchas me fez soletrar sonâmbulo as palavras Sau-da-de do bei-jo d’á-gui-a, que ficou eternizado naquele momento único e mágico de passagem pela Serra Gaúcha.

São Luís, 12 de novembro de 2021.

José Carlos Castro Sanches

É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense. Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Associação Maranhense de Escritores Independentes, da União Brasileira de Escritores e do PEN Clube do Brasil.

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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS12.11.2021. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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