Por José Carlos Castro Sanches

Site: www.falasanches.com

                “A mão é um dos órgãos mais importantes do corpo humano. Ela é responsável por atividades completamente antagônicas, que variam de movimentos delicados e precisos, até tarefas que exigem força e potência. É pelas mãos que conseguimos nos relacionar com o meio externo, interagindo com tudo e com todos ao nosso redor.” (Dr. Ricardo Kaempf)

Hoje compartilho com os leitores uma breve reflexão sobre as mãos. Participe da leitura interativa seguindo a instrução: Com a mão direita segure a mão esquerda, toque-a e afague com carinho; fite atentamente na palma da sua mão as linhas da sua vida, observe os dedos, as unhas, a pele, as rugas, as veias aparentes, os tendões e as marcas do tempo que sua mão carrega. Nas palmas de suas mãos lerá as linhas da sua vida.

Faça o mesmo, agora invertendo as mãos. Com a mão esquerda segure a mão direita e perceba que apesar de similares elas não são iguais, todavia são importantes instrumentos para a manutenção da sua vida e realização das tarefas do cotidiano, especialmente se você é um trabalhador dedicado que alimenta e protege a sua prole com o suor do seu trabalho árduo ou um escritor que risca o papel com a caneta ou lápis, escreve no aparelho celular, bate as teclas do computador ou máquina de escrever;  organiza os livros na estante e os folheia ao ler; coloca-os na mochila e a carrega-os em busca de leitores; doa e vende-os, recebe o pagamento, paga as contas e, segue a jornada com determinação e bravura.

Independentemente da sua área de atuação algumas rotinas requerem o uso das mãos, tais como: vestir e tirar as roupas, tomar banho, enxugar o corpo, colocar o travesseiro sob a cabeça; tem alguns que gostam de coçar as partes intimas, os sovacos e levá-los ao nariz para sentir o cheiro; outros que tiram meleca no nariz e cera do ouvido e colocam na boca na boca;   jogam beijos com as mãos; batem palmas, dão palmadas, seguram os talheres durante as refeições;  abraçam os amados. Também aqueles que andam juntos de mãos dadas; abraçam os enamorados e apreciam as carícias da intimidade com mãos e dedos entrelaçados.

Sem as mãos não seria possível realizarmos a maioria das atividades laborais em qualquer área de atuação, na indústria, comércio, educação, saúde, agricultura, construção civil e demais áreas nos diversos segmentos da sociedade. Acidentes do dia a dia, traumas aparentemente pequenos podem nos limitar bastante. Portanto, é recomendável ser prudente e avaliar previamente os riscos iminentes nas atividades que envolvem mãos e dedos com o propósito de evitar lesões que possam restringir os movimentos e/ou reduzir a capacidade de trabalho, bem como a realização das práticas habituais e cotidianas.

Tem a mão amiga que segura o filho, cuida do próximo, unida para orar, semeia carinho, rega e colhe, acaricia, empunha a espada para a luta, toca um instrumento, aperta a mão de alguém transmitindo paz e amizade, ampara, trabalha, constrói, gera riqueza e progresso; presenteia uma flor, solta um pássaro engaiolado, abençoa, cuida, lança pétalas ao vento, planta sementes e irriga-as com amor, segura um livro, escreve belos poemas, crônicas, contos, fábulas, trovas;  compartilha e colhe os frutos das boas ações praticadas. ”As mãos que ajudam são mais sagradas do que os lábios que rezam.” (Madre Teresa de Calcutá)

Eu quase esquecia das cartas de amor, escritas de próprio punho pelos apaixonados, além dos inúmeros afazeres essenciais para a manutenção da vida, que só as mãos são capazes de realizar, portanto cuide bem delas. “Cartas de amor são escritas não para dar notícias, não para contar nada, mas para que mãos separadas se toquem ao tocarem a mesma folha de papel.” (Rubem Alves)

Nos dedos das mãos os anéis, as alianças; nas palmas as marcas do tempo; por vezes calejadas, sujas, amputadas, todas com extremo valor, percebido pela utilidade ou falta. Mãos que doam amor nunca ficam vazias!

São Luís, 27 de setembro de 2023.

José Carlos Castro Sanches  

É químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta brasileiro. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras, Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Maranhão, da União Brasileira de Escritores e da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro Correspondente da Academia Arariense de Letras, Artes e Ciências e da Academia Vianense de Letras.

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas, Gotas de Esperança, A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô; Pétalas ao Vento; Borboletas & Colibris (em parceria com Pedro Neto).

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS28.03.2022. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.