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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

JOSUÉ MONTELLO, 107 ANOS!

Por José Carlos Castro Sanches

Site: www.falasanches.com

FONTE DE IMAGEM: INTERNET

“Quem tem saudades nunca está só.” (Josué Montello)

Neste 21 de agosto de 2024, data em que Josué de Sousa Montello completaria 107 anos de nascimento deixo uma singela homenagem ao jornalista, professor, teatrólogo e escritor maranhense, filho de Antônio Bernardo Montello e Mância de Sousa Montello, nascido em 21 de agosto de 1917, em São Luís do Maranhão. Faleceu em 15 de março de 2006, aos 88 anos, no Rio de Janeiro. “O tempo é um salteador ⁠de estradas que nos leva todas as ilusões.” (Josué Montello)

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Deixou um legado literário de extrema relevância. “Entre suas obras destacam-se Os tambores de São Luís, de 1965, a trilogia composta pelas novelas Duas vezes perdida, de 1966, e Glorinha, de 1977, e pelo romance Perto da meia-noite, de 1985. Suas obras foram traduzidas para o inglês, francês, espanhol, alemão e algumas de suas novelas foram roteirizadas para o cinema.”

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Foi o quarto ocupante da Cadeira 29, da Academia Brasileira de Letras, patroneada por Martins Pena. Eleito em 4 de novembro de 1954, na sucessão de Cláudio de Sousa. Presidiu a ABL em 1994 e 1995, também ocupou a cadeira 31 da Academia Maranhense de Letras, patroneada por Raimundo Lopes.

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Merece destaque o pendor literário e a sensibilidade da pena de Josué Montello, especialmente ao retratar com paixão a sua terra natal, o cotidiano e as percepções sobre a vida e o mundo com um olhar atento de poeta, sensível aos fatos e à realidade à sua volta e além-mares.

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De sua extensa bibliografia registro algumas pérolas do ilustre escritor: História dos homens de nossa História, com Nélio Reis, 1936; O sentido educativo da arte dramática, 1937; Janelas fechadas, 1941; Precisa-se de um anjo, 1943; Gonçalves Dias, 1942; Curso de organização e administração de bibliotecas, 1943; Histórias da vida literária, 1944; O tesouro de Dom José, 1944; As aventuras do Calunga, 1945; O bicho do circo, 1945; Os holandeses no Maranhão, 1945; A viagem fantástica, 1946; Escola da saudade, 1946; Reforma do Ensino Normal no Maranhão, 1946; Conversa do Tio Juca, 1947.

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A luz da estrela morta, 1948; Problemas da Biblioteca Nacional, 1948; A cabeça de ouro, 1949; O Hamlet de Antônio Nobre, 1949;Cervantes e o moinho de vento, 1950; Labirinto de espelhos, 1952; Os feriados nacionais, 1953; Fontes tradicionais de Antônio Nobre, 1953; Ricardo Palma, clássico da América, 1954; O verdugo, 1954; O fio da meada, 1955; Artur Azevedo e a arte do conto, 1956; Estampas literárias, 1956; Discurso de posse na Academia Brasileira de Letras, com o discurso de recebimento por Viriato Correia, 1956; A décima noite, 1959; A oratória atual do Brasil, 1959; Caminho da fonte, 1959; A miragem, 1959.

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O Presidente Machado de Assis, 1961; Os degraus do paraíso, 1965; Santos de casa, 1966; Duas vezes perdida, 1966; Numa véspera de Natal, 1967; Uma afinidade de Manuel Bandeira: Vicente de Carvalho, 1967; Uma tarde, outra tarde, 1968; Uma palavra depois de outra, 1969; Un maître oublié de Stendhal, 1970; Estante giratória, 1971; Cais da Sagração, 1971; Pedro I e a Independência do Brasil à luz da correspondência epistolar, 1972; Discurso de saudação a Cândido Mota Filho na Academia Brasileira de Letras, 1972; A indesejada aposentadoria, 1972; Os bonecos indultados, 1973; Os tambores de São Luís, 1975; Aluísio Azevedo e a polêmica d’O Mulato. Rio, 1975.

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A cultura brasileira, 1977; Glorinha, 1977; A polêmica de Tobias Barreto com os padres do Maranhão, 1978; Noite sobre Alcântara, 1978; A coroa de areia, 1979; As três carruagens e outras histórias, 1979; Fofão, Antena e o Vira-Lata inteligente, 1980; O silêncio da confissão, 1980; Pequeno anedotário da Academia Brasileira, 1980; Literatura para professores do 1º grau, 1980.

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Discurso de saudação a José Sarney na Academia Brasileira de Letras, 1981; Largo do Desterro, 1981; Aleluia, 1982; Pedra viva, 1983; Viagem ao mundo do Dom Quixote, 1983; Discurso de recepção de José Guilherme Merquior na Academia Brasileira de Letras, 1983.

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Uma varanda sobre o silêncio, 1984; Os caminhos, 1984; Diário da manhã, 1984; Lanterna vermelha, 1985; Perto da meia-noite, 1985; Romances e novelas, 3 vols., 1986; Antes que os pássaros acordem, 1987; Diário da tarde, 1988; A última convidada, 1989; Um beiral para os bem-te-vis, 1989; Alcântara, com Barnabás Bossahart e Hugo Loetscher, 1989; O camarote vazio, 1990; Diário do entardecer,1991; O baile da despedida, 1992; A viagem sem regresso, 1993; Janela de mirante, 1993; O Modernismo na Academia, testemunhos e documentos, 1994; O carrasco que era santo, 1994; Diário da noite iluminada, 1994; Uma sombra na parede, 1995; Um apartamento no céu, 1995.

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O tempo devolvido, cenas e figuras da História do Brasil, 1996; Fachada de azulejo, 1996; Condição literária, 1996; Romances escolhidos, 1996; Enquanto o tempo não passa, 1996; A formiguinha que aprendeu a dançar, 1997; Memórias Póstumas de Machado de Assis, 1997; Baú da juventude, 1997; Primeiras notícias da Academia Brasileira de Letras, 1997; A Academia Brasileira entre o Silogeu e o Petit Trianon, 1997; Os inimigos de Machado de Assis, 1998; O Juscelino Kubitschek de minhas recordações, 1999 e Sempre serás lembrada, 2000.

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“As memórias nada mais são do que aquilo que nos restou de nossos esquecimentos.” (Josué Montello)

Durante a XII Semana Montelliana, realizada em agosto de 2023 na Casa de Cultura Josué Montello, perguntei à palestrante: “Qual o motivo de Josué Montello ter saído de São Luís para morar no Rio de Janeiro”, a mediadora Wanda França, bibliotecária da CCJM, respondeu: “Ele queria estar entre os melhores; ter maior visibilidade, ampliar o networking; aprofundar os conhecimentos no centro da efervescência literária de outrora, capital da República do Brasil, porque entendia que estando próximo dos ícones da literatura brasileira ficaria mais fácil chegar à Academia Brasileira de Letras.”

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No ensejo das comemorações do aniversário de nascimento do renomado escritor, destaco a importância de mantermos o foco e a determinação para atingirmos os objetivos almejados. Sabemos que a missão é árdua e o caminho é longo e pedregoso – se tivermos a visão embaçada pelo pessimismo – não prosperaremos, portanto, vale a pena seguir o exemplo de otimismo e determinação de Josué Montello para conquistarmos o pódio e comemorarmos a vitória com galhardia. Com otimismo e ação lograremos êxito na jornada.

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Quando tudo parece fácil, a vida é um tédio. Já experimentou ter tudo à sua disposição a todo momento? Sempre faltará algo que nunca será preenchido naquele vazio que está dentro de você. O vácuo que dinheiro, festa, viagem, amigo, churrasco, colchão, rede, foda… nunca irão preencher. Não importa o sentimento que possa ter se manifestado em você, cada pessoa terá algo que julga importante para dar sentido completo à sua vida, muitos se apegam aos bens, poucos às pessoas, alguns aos sonhos, realizações e vitórias, outros à mentira, falsidade… e limitam-se diante dos pequenos obstáculos.

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Biblicamente, Josué foi o homem responsável por liderar o povo de Israel na conquista da terra prometida. Ele foi o sucessor de Moisés. “Moisés, solenemente, investiu honra e autoridade em Josué perante toda a congregação de Israel. Ele também impôs as mãos sobre ele e compartilhou o espírito de sabedoria.” (Deuteronômio 3:21-29).

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Josué, não tinha todas as respostas para os desafios diante dele. Mas ele foi aconselhado a seguir em frente, agindo com fé. Foi um homem viril, corajoso e forte, graças à sua docilidade à vontade divina; prudente em cada situação buscando sempre a sabedoria e a orientação do Senhor; sempre se manteve puro, sem se contaminar com coisas que não eram recomendadas por Deus, não alimentava pensamentos negativos. Como afirmou Dwight Eisenhower: “O mundo pertence aos otimistas: os pessimistas são meros espectadores.” Seguido de Josué Montello ao afirmar com extrema sabedoria: “Pode-se dizer, sem receio de erro, que a utopia é consubstancial à condição humana. Ninguém realiza sem sonhar.”

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Julgo que os dois “Josués”, o filho de Num, homem da tribo de Efraim, neto de Amiúde e filho de Elisama e, o filho de Antônio Bernardo Montello e Mância de Sousa Montello. Se assemelhavam no otimismo e na ação, não por acaso conquistaram os seus objetivos, buscando motivos para serem felizes em sintonia com o que disse Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena.”

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São Luís, 19 de agosto de 2024.

José Carlos Castro Sanches. É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.

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Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala, Divagando na Fantasia em Orlando e O Voo da Fantasia. Participa de antologias brasileiras.

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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS19.08.2024. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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