Por José Carlos Castro Sanches

Site: www.falasanches.com

“Ter uma família significa que você é parte de algo muito maravilhoso. Significa que você amará e será amado pelo resto da sua vida, não importa o quê.” (Lisa Weeda)

Era uma quarta-feira ensolarada de 29 de maio de 2024. Dia Internacional dos Trabalhadores da Força de Paz das Naçoes Unidas, Dia do Geógrafo e véspera de Corpus Christi – enquanto os professores e alunos, em sala de aula estavam ansiosos para finalizarem os compromissos e seguirem para o feriado prolongado emendando a quinta e sexta feira ao sábado e domingo. Ana Lídia Sanches tentava localizar o primo José Carlos Sanches para participar de um encontro especial em família.

Ao tempo em que eu recebi uma mensagem no meu aparelho celular com o convite para o almoço inesperado, julguei que a remetente havia se equivocado no envio, logo devolvi a mensagem informando que provavelmente haveria engano supondo que não seria eu o destinatário. No que fui prontamente interpelado, dessa vez por minha esposa que também havia recebido um telefonema de Ana Lídia, que estava à minha procura para estarmos juntos com suas três irmãs que haviam chegado de Goiás e outras duas que residem em São Luís. Seria o encontro das seis irmãs com o primo.

Incialmente não entendi o motivo do convite com tanta brevidade, depois descobri que seria uma surpresa de Ana Lídia para as irmãs que chegaram de Goiás para visitá-la, no entanto respondi à remetente que iria ao encontro e já estava me deslocando do CEM Cidade de São Luís – na Cohab, escola em que sou professor – para a residência de Ana Lídia na Ponta da Areia, onde ocorreria o encontro com as primas.

Chegando ao local fui recebido com atenção e cordialidade pelas primas da família Sanches, especialmente pela anfitriã Ana Lídia Sanches. Elas estavam eufóricas, a alegria era visível no semblante de todas. Como disse George Bernard Shaw: “Uma família feliz é como um paraíso antecipado.” Admito ser uma verdade, sempre digo e reforço que a família é o meu maior patrimônio.

Marcaram  presença no colóquio as maranhenses, a primeira delas nascida em São Luís, as cinco demais em São Bento, são elas: Ana Lídia, Junia e Daleth que residem em São Luís e Ruth, Mary e Cleliana, que moram em Anápolis – Goiás, motivo da festa pelo reencontro. Além de Lívia filha de Junia e mãe de Rebeca, Marina filha de Ana Lídia e mãe de Aninha. Para completar a minha satisfação e surpresa, juntamente com as primas, estava o meu ex-professor do curso de Química Industrial – UFMA, e ex-deputado estadual Mário Carneiro, com quem dialoguei durante um bom tempo, juntamente com seu filho homônimo Mário Júnior, entre outros familiares e amigos presentes.

“O que você pode fazer para promover a paz mundial? Vá para casa e ame sua família.” (Madre Teresa de Calcutá)

Foi uma verdadeira festa com muita alegria, entusiasmo, conversa amigável, cerveja gelada, refrigerante, peixe frito, cuxá, camarão, arroz, salada, torta de camarão, entre outros alimentos afeitos à tradição junina na Ilha de São Luís do Maranhão. Não pensem que parou por aí, ainda teve, sobremesas diversas: creme de bacuri, sorvete de açaí e mingau de milho. Enchemos a barriga e conversamos sobre amenidades, literatura, educação, livros, academias, política pública  e especialmente sobre a família Sanches provinda de Anajatuba, motivo de muitas suposições sobre a origem: Espanha, Portugal, Argentina…? Tudo era motivo para elucubrações, embora eu tenha a convicção de que a nossa origem é espanhola pelo que dizia o meu avô José Alípio Sanches, que nasceu em Anajatuba/MA e alguns estudos que fiz sobre o assunto, bem como os pais e avós das minhas primas.

Divagamos durante aproximadamente três horas, um encontro para integrar os Sanches e reviver a memória do passado: avós, bisavós e fortalecer os laços familiares, resgatando as origens e incentivando a mobilização dos demais parentes a fazerem parte dessa missão gloriosa. Ensejada por uma jornada de sucesso e glórias suportadas pela fé, trabalho árduo e sabedoria divina. A Ilha do Amor é o sagrado paraíso dos reencontros familiares.

Saí do encontro melhor do que entrei, certo de que novas oportunidades surgirão para maior integração e fortalecimento da amizade e das relações familiares. Quem diria que o convite para um almoço não programado tivesse o poder de mobilizar um grupo de pessoas ciosas por construir novos caminhos em busca da herança genética dos antepassados quase perdida no tempo, não fosse a iniciativa da amiga Ana Lídia Sanches, a quem agradeço imensamente pelo convite, eu não estaria contando essa história. Que este seja apenas o princípio de uma duradoura relação afetiva, para juntos intensificarmos o amor recíproco, o respeito mútuo, o carinho, a afetividade, a alegria da convivência pacífica, o congraçamento e acima de tudo a amizade e a felicidade.

“A família não nasce pronta; constrói-se aos poucos e é o melhor laboratório do amor. Em casa, entre pais e filhos, pode-se aprender a amar, ter respeito, fé solidariedade, companheirismo e outros sentimentos.” (Luis Fernando Veríssimo)

Desejo que no próximo encontro estejam conosco os irmãos Heráclito que reside em Anápolis e Gamaliel (Gama) em São Bento, que não puderam estar presentes, mas foram lembrados pelas irmãs que também enalteceram os saudosos pais, especialmente a mãe heroína funcionária pública de carreira, juntamente com o pai pecuarista e agricultor – que apesar da origem humilde educaram todos os filhos e permitiram que ocupassem lugar de destaque na sociedade, bem como a minha amada esposa Socorro Sanches, amiga inseparável de todas as horas que por motivo particular também não participou.

A atmosfera de alegria e orgulho por sermos Sanches era visível nos olhos, nos gestos e nas palavras pronunciadas durante o encontro especial das irmãs com o primo Sanches. Viva a família Sanches! Viva a união, a paz e a fraternidade entre os irmãos!

“A natureza nos uniu em uma imensa família, e devemos viver nossas vidas unidos, ajudando uns aos outros.” (Sêneca)

São Luís, 30 de maio de 2024.

José Carlos Castro Sanches. É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.

Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala e Divagando na Fantasia em Orlando. Participa de antologias brasileiras.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS30.05.2024. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.