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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

DISCURSO DE POSSE NA ACADEMIA LUMINENSE DE LETRAS – ALPL

Por José Carlos Castro Sanches

Senhor Presidente Ferreira da Silva, Senhora vice-Presidente Ivone Silva, confreira Wanda Cunha que me acompanha neste ato e, confrade Luiz Gustavo que me convidou para participar desta academia, onde fui acolhido por todos, como as aves acolhem e protegem as crias nos seus ninhos.

Confrades, confreiras e autoridades presentes. Meus queridos pais, minha amada esposa, filhos, irmãos, familiares, amigos e convidados.

A data de 05 de dezembro de 2020, passará a fazer parte dos momentos mais felizes da minha vida. Experimentar a possibilidade de tornar-me imortal, por si só representa, no momento presente, o apogeu da minha modesta carreira como escritor, cronista e poeta maranhense. Advindo de Rosário, onde nasci, terra próxima e pacata que me permitiu as primeiras letras, a partir da qual o meu horizonte se abriu para o mundo.

Todos sabemos o quanto nos gratifica ter a honra desse pleito na companhia de intelectuais, homens e mulheres das letras, artes e ciências.

Ao entrar neste recinto, com o coração palpitante e a alma em êxtase pela glória divina que me permitiu chegar até aqui, reverencio aos grandes vultos da nossa inteligência, estampados nos quadros da parede, a presença dignificante dos ilustres acadêmicos e nobres convidados.

Me vejo dentro de um filme, que passa com a velocidade da luz para mostrar de onde vim, da humilde casa dos meus pais em Rosário, Jardim de Infância, Escola Paulo Ramos, Colégio Ateneu Teixeira Mendes, UFMA e UEMA, passando pelas adversidades que a vida me ofereceu e hoje estou aqui feliz ao lado das pessoas que amo, celebrando o ingresso na Academia Luminense de Letras, que disse ao confrade Ferreira da Silva, nunca deixará de ser a primeira academia, ainda que venham outras, a primeira nunca será esquecida, e nenhuma emoção equivalerá a esta. Me sinto privilegiado e abençoado por estar junto de homens e mulheres proeminentes, cada um com seu talento, qualidades e defeitos que nos tornam humanos e iguais.

Como disse o ilustre escritor José Sarney ao ingressar na Academia Brasileira de Letras:  “A Academia era para mim um horizonte longínquo. Leve sedução transformada na ambição que, sem coragem de ser desejo, era um desejo de desejá-la e, desejando desejá-la, tornou-se desejo, esperança e sonho. ”

Sonho que se realizou e, como disse Walt Disney “Todos os nossos sonhos podem-se realizar, se tivermos a coragem de persegui-los. ” É isso que tenho feito todos os dias e noites, persigo os meus sonhos com os pés no chão, certo de que a distância entre sonho e realidade se chama ação. À sombra da azeitoneira, em frente à casa dos meus pais, sinto o vento soprando e vejo os raios do sol ardente iluminarem o sorriso deles ao meu lado, felizes pela conquista. As bênçãos divinas sobre as pedras dos meus caminhos me fizeram chegar até aqui.

Agradeço a Deus pela vida e pelo verbo. Aos meus pais José Firmino Sanches e Zanilde Castro Sanches que me permitirem estar aqui pela educação, sustento, abrigo, zelo, valores e princípios. Aos meus familiares e amigos pela eterna companhia nos momentos de alegria e tristeza, saúde e doença, sucesso e fracasso.

Nenhuma conquista é mérito isolado do seu próprio dono, sem que haja a colaboração de muitos. Aqui mais uma vez, presto o meu agradecimento e gratidão ao confrade Luiz Gustavo que em algum momento do passado me convidou para visitar a prestigiada Academia de Letras de Paço do Lumiar e, a partir daquele dia passei a frequentá-la regularmente.

Estendo também o meu agradecimento especial ao confrade Ferreira da Silva – Presidente desta Academia, pelo qual fui bem acolhido desde o nosso primeiro encontro, como disse “parece que foi amor à primeira vista, sem a maldade dos tolos” a quem enalteço pela honra do convite para fazer parte do seleto grupo de escritores, artistas e nobres beletristas da Academia Luminense de Letras.

Eu, não poderia deixar de reconhecer a receptividade e grata satisfação pelo convívio com os confrades e confreiras com os quais me junto a partir de hoje para enaltecer o nome desta entidade. Como disse Sêneca: “Quem acolhe um benefício com gratidão, paga a primeira prestação da sua dívida. “

Tudo que se faz pela primeira vez que é valioso para a nossa vida, a nada se igualará. Perseguirei com afinco, um lugar de destaque junto aos prestigiados cronistas e poetas brasileiros. Tenho fé que chegarei lá antes que se encerre os meus dias de passagem por esta terra da qual sou um efêmero viajante.

Anseio por atender às expectativas dos ilustres confrades e confreiras e, por extensão da comunidade literária que ora representamos, pela qual tenho a responsabilidade de zelar com integridade e respeito. Espero ter a sabedoria e, acima de tudo amor e dedicação à árdua missão que me foi delegada, que me proponho seguir juntamente com os colegas acadêmicos em especial à confreira Wanda Cunha que toma posse juntamente comigo neste dia especial. Que Deus nos abençoe!  “Que darei eu ao Senhor, por todos os benefícios que me tem feito. ” (Salmo 116:12)

Quero multiplicar a literatura e enaltecer o nome da ALPL. Fazer palpitar nos corações dos leitores a vibração do meu coração, que sempre bate apressado a mais de 100 batimentos por minuto, para levá-los a perceber que existem estrelas no céu, que brilham os raios do sol, que as ondas do mar sobem e descem, que o vento sopra e movimenta as folhas das árvores que dão flores e sementes, e estas brotam, crescem e voltam a ser árvores e dar bons frutos, no ciclo contínuo da reprodução, com os pássaros livres a cantarem alegrando os jardins.

Quero poder continuar a decantar em verso e prosa tudo que vejo, ouço, sinto, degusto e cheiro. A poesia é um encanto que me encanta, como a beleza do beija-flor que suga o néctar da flor do amanhecer ao pôr do sol na Ilha Magnética de Upaon- Açu, se estendendo até Paço do Lumiar, onde nasceu e prosperou a ALPL.

Quero ser a luz que brilha no fim do túnel, ainda que na escuridão da ignorância, possa levar um pouco de sabedoria para aqueles que privados de oportunidades se distanciaram do fantástico mundo das letras do qual tenho o privilégio de fazer parte juntamente com os confrades e confreiras desta Academia.

Quero ser instrumento de mudança e levar a esperança por meio das histórias que conto em minhas crônicas, contos, poemas, textos sobre temas universais e tudo mais que possa ser decantado em verso e prosa para o desenvolvimento de Paço do Lumiar, São Luís, Rosário e, por extensão do Estado do Maranhão e do Brasil. A literatura não tem limites, nem fronteiras.

Sou um eterno aprendiz e quero que cada um dos meus confrades e confreiras, familiares e amigos possam a cada dia me ensinar a ser um homem melhor e, não me deixem sucumbir à vaidade, nem prescindir da humildade nesta nova missão de acadêmico desta honrada Academia de Letras de Paço do Lumiar.

Encerro com uma estrofe da “Canção do Tamoio” do Ilustre poeta maranhense Antonio Gonçalves Dias.

“ A vida é combate,

Que os fracos abate,

Que os fortes, os bravos

Só pode exaltar! ”

Muito obrigado a todos! Que Deus nos abençoe!

São Luís, 05 de dezembro de 2020.

José Carlos Castro Sanches

É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.

Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança e outro dez livros inéditos.

Visite o site: falasanches.com e a página Fala, Sanches (Facebook) e conheça o nosso trabalho como escritor, cronista e poeta.

Adquira os Livros da Tríade Sancheana, composta pelos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou, na Livraria AMEI do São Luís Shopping ou através do acesso à loja online www.ameilivraria.com.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS05.12.2020. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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