Por José Carlos Castro Sanches Site: www.falasanches.com
“Eu tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter.” (Martin Luther King)
Dandara uma negra estudiosa que a professora recusou o seu texto por não acreditar que havia sido escrito por ela. Determinada a vencer as adversidades e superar os desafios, aprendeu a ler e escrever muito cedo, com a mãe e irmã mais velha. A sua mãe era analfabeta, mas com os rudimentos do conhecimento e força de vontade ajudou a educar e ensinar Dandara.

Ela tinha um sonho e os sonhos não podem morrer, a distância entre sonho e realidade se chama ação – então era necessário fazer um esforço extra e enfrentar de frente os obstáculos e remover as pedras do caminho, seguindo a premissa de Djamila Ribeiro: “Minha luta diária é para ser reconhecida como sujeito, impor minha existência numa sociedade que insiste em negá-la.”
Aos seis anos a mãe de Dandara sonhava que sua filha estudaria no Jardim Pato Donald, foi inicialmente recusada até que Dandara fizesse um teste, a pedido própria mãe, surpreendendo a diretora da escola ao ver o resultado. Assim foi impossível não a aceitar na escola.
A experiência da escrita foi deprimente na escola. Em casa foi rica com o entusiasmo da sua mãe preta. Nada era motivo para impedi-la de atingir seu objetivo e cumprir a sua missão terrena. Tornou-se professora, sem ter leite ninho, sem papeiro, sem dinheiro para comprar caderno para ser desperdiçado. A filha de carpinteiro enxergava a consciência negra sendo arruinada e percebia que precisava enfrentar com ousadia as dificuldades para dar sentido à vida e prosperar nos estudos.
“Eu era uma pessoa com dignidade e respeito próprio, e não deveria me considerar pior que qualquer outra pessoa só porque era negra” (Rosa Parks)

Dandara defende a ideia de que é preciso olhar para dentro de nós mesmos, tornando a vida leve e praticando a empatia. Além de empatia é necessário ter altruísmo, significa que a humanidade do outro é mais importante, portanto não desumanize o seu parceiro, porque desumanizará a si próprio. Assim, Dandara, uma negra estudiosa, superou obstáculos e se tornou professora, lutando contra a discriminação e valorizando a consciência negra através da empatia e do altruísmo. Um exemplo a ser seguido. Viva Dandara! Viva a Consciência Negra!
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar. (Nelson Mandela)
São Luís, 24 de novembro de 2023.
José Carlos Castro Sanches.
É químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras.

Letras.
Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala e Divagando na Fantasia em Orlando. Com participação em inúmeras antologias brasileiras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.
NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS24.11.2023. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.
