Por José Carlos Castro Sanches

“O que faz andar o barco não é a vela enfunada, mas o vento que não se vê…” (Platão)
Luiz Phelipe de Carvalho C. Andrès é Membro Efetivo da Academia Maranhense de Letras – AML, ocupante da Cadeira 23, patroneada por Graça Aranha.
Luiz Phelipe Andrès é um daqueles homens que chegaram à nossa Ilha querida de Upaon-Açu com o claro propósito de contribuir para o desenvolvimento e promoção da cultura. O mineiro de Juiz de fora vestiu literalmente a camisa de ludovicense e arvorou-se na luta renhida para deixar o seu legado com relevantes serviços prestados na capital maranhense.
Desde jovem, ainda estudante secundarista e universitário, ouvia falar da sua dedicação às atividades culturais e atuação no Programa de Preservação e Revitalização do Centro Histórico de São Luís, do qual foi coordenador por 27 anos.
Em 23 de outubro de 2020, tive o privilégio de conversar com Luiz Phelipe, na oportunidade não pudemos nos encontrar, mas por telefone interagimos amigavelmente e compartilhamos experiências e conhecimentos. Disse-me que o caminho para a academia é um processo e, que eu deveria visitar os acadêmicos, encaminhar informações pelo e-mail e continuar a intensa produção literária e a divulgação dos trabalhos. Naquele bate-papo agradável, sincero, positivo e edificante com o cordial acadêmico, pude perceber seu amor pela nossa cidade, além do apego às atividades culturais e ao laborioso ofício de construtor de embarcações.

“Você não pode mudar o vento, mas pode ajustar as velas do barco para chegar onde quer. ” (Confúcio)
Luiz Phelipe é autor do projeto de pesquisas sobre as embarcações do Maranhão e criador do Estaleiro Escola do Sítio Tamancão. Senti na sua fala a grande satisfação por realizar essa missão. Foi Secretário de Estado da Cultura do Maranhão e atualmente é Conselheiro do Conselho Consultivo de IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Diretor do Centro Vocacional Tecnológico Estaleiro-Escola. Professor da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas de São Luís do Maranhão e do Curso de Arquitetura da Universidade Dom Bosco. Coordenador da pesquisa para edição do livro Monumentos históricos do Maranhão, contendo o primeiro inventário dos principais monumentos arquitetônicos e da arte sacra de São Luís, Alcântara e da minha querida terra natal Rosário. Pesquisador, idealizador e coordenador do Projeto de Restauração e Transcrição Paleográfica de 166 exemplares remanescentes da Coleção Livros da Câmara de São Luís dos séculos XVII, XVIII e XIX. Foi também, Coordenador Geral do Programa de Preservação do Centro Histórico de São Luís; Membro do Conselho Estadual de Cultura do Maranhão e Coordenador Geral do Patrimônio Cultural da Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão.
“Os únicos limites das nossas realizações de amanhã são as nossas dúvidas e hesitações de hoje. ” (Franklin Roosevelt)
Me arrisco a dizer que Luiz Phelipe, é mais maranhense que muitos de nós que por aqui nascemos, deve ser feliz e se orgulhar pela vultosa contribuição, que a cada dia se multiplica e se confunde com a própria história de São Luís, Ilha do Amor, Capital do Reggae e Cidade dos Azulejos, fundada por Franceses, invadida por holandeses e colonizada por portugueses.

“Um homem feliz é como um barco que navega com vento favorável. ” (Provérbio Chinês)
O estudante do Colégio dos Jesuítas em Natal – RN, graduado em Engenharia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Mestre em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal de Pernambuco. Estudante de artes plástica no Rio de Janeiro, artista gráfico, estagiário do Centre d’Etudes Superieures d’Histoire et Conservation des Monuments Anciens de Paris. Coordenador da Unidade Executora Estadual do Programa BID/PRODETUR do Maranhão. Coordenador Geral do Projeto São Luís – Patrimônio Mundial e Responsável técnico que assinou os originais do dossiê que se encontra arquivado nos anais do Comitê do Patrimônio Mundial na Sede da Unesco em Paris. Acreditou no sonho, agiu e o transformou em realidade.

Em 06 de dezembro de 1997, São Luís foi eleita pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade, a cidade tem entre suas principais atrações um Centro Histórico formado por aproximadamente 3.500 edificações de grande valor histórico e artístico, composto por ruas e calçadas de pedras, fachadas azulejadas e casarões ainda com características coloniais. O conjunto arquitetônico colonial é a sua marca mais forte. Com palácios, monumentos, ruas, becos, ruelas, escadarias testemunhas da presença portuguesa, herança histórica de São Luís. É possível conhecer, de fato, a dimensão cultural e artística desse exclusivo conjunto arquitetônico visitando o Centro Histórico e contemplando: a Rua Portugal e Rua do Trapiche, as Igrejas de São Luís, o Teatro Arthur Azevedo, o Palácio Episcopal, dos Leões, de La Ravardière, os belos casarões coloniais, a Azulejaria presente na maior parte dos monumentos arquitetônicos de São Luís, e espalhadas nos vários museus presentes na região.


Sem dúvida esse reconhecimento tem a marca registrada do ilustre engenheiro e talentoso acadêmico Luiz Phelipe Andrès a quem dedico esta crônica, pelos relevantes serviços prestados à cultura e a literatura do Estado do Maranhão, onde por mérito conquistou lugar de destaque na prestigiada Academia Maranhense de Letras – AML.
Agradeço pela consideração e apreço durante o momento impar em que trocamos ideias sobre cultura, arte, literatura, livros, barcos, sonhos e realizações.
“Só a arte permite a realização de tudo o que na realidade a vida recusa ao homem. ” (Johann Goethe)
Que o soberano Deus seja a bússola para orientar o barco que o conduzirá por águas mansas e ondas serenas. E continue o inspirando para manter a criatividade, a inovação e a sabedoria como distintivo na sua vida de realização e sucesso. Assim encerro, na esperança de nos reencontrarmos em breve na cobiçada Casa de Antônio Lobo, onde continuaremos a nossa gloriosa missão literária e, quem sabe juntos, construiremos o barco da AML.

“Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado. ” (Roberto Shinyashiki)
São Luís, 23 de outubro de 2020.
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense. Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Associação Maranhense de Escritores Independentes, da União Brasileira de Escritores e do PEN Clube do Brasil.

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como escritor, cronista e poeta.
Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança, Pérolas da Jujuba com o Vovô e catorze livros inéditos.
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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS23.10.2020. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.
