Por José Carlos Castro Sanches Site: www.falasanches.com
“Três pilares dominam o caráter dos homens cruéis, a saber: O sarcasmo, a manipulação e a soberba. (Pablo de Paula Bravin)
3. BENEFÍCIO UNILATERAL
Algumas pessoas usam os relacionamentos como uma forma de obter vantagem sem dar nada em troca. Elas agem como se você fosse um remador solitário em um barco enquanto elas apenas aproveitam a viagem elas esperam que você seja sempre o remador o que oferece tempo e apoio, mas quando você precisa de algo elas se calam ou se afastam, isso não é generosidade é exploração.
O estoicismo ensina que o respeito mútuo e o equilíbrio são essenciais para qualquer relacionamento saudável. O seu valor não depende da sua generosidade ou disponibilidade, mas da sua dignidade. Reconheça essa dinâmica unilateral e tenha coragem de estabelecer limites isso não é egoísmo é auto respeito, tenha conversas honestas e veja quem se adapta, aqueles que não tiverem dispostos a retribuir estão apenas abrindo espaço para pessoas que realmente valorizam você.
A qualidade supera a quantidade nos relacionamentos. Você não é apenas um recurso, você é uma pessoa que merece uma conexão equilibrada e reciproca, não se contente com menos, mostre que você merece mais, afinal como você pode crescer se você se deixa desrespeitar por aqueles que querem usá-lo para o benefício deles?
“Quanto não ganha em tranquilidade quem não se preocupa com o que o vizinho diz, faz ou pensa, mas apenas com os seus próprios atos.” (Marco Aurélio)
4. DESRESPEITO
Quando alguém ignora constantemente os seus sentimentos e necessidades é como se você carregasse um fardo que só pesa mais é uma forma sutil e maliciosa de manipulação. Imagine que cada vez que você fala as suas palavras se perdem no ar ou que quando você está mal eles te tratam como se você fosse um objeto sem importância, isso não é apenas descaso é um ato deliberado para te manter sob o domínio deles é um claro desvio do princípio estoico do respeito mútuo e da empatia.
Eles se tornam os pintores da sua paisagem emocional colorindo-as com tons de negligência e indiferença enquanto a sua paleta de necessidades permanece intocada esse padrão é um sinal de alerta vermelho acenando nos ventos do seu relacionamento, liberte-se dessas correntes, comece ouvindo a sua voz interior, aquele sussurro silencioso que diz que aquilo não está certo acredite você não é um coadjuvante na história de outra pessoa você é o protagonista da sua, quando suas ideias são ignoradas fale mais alto não se trata de provocar um conflito, mas de honrar o seu sentimento.
Se eles continuarem a ignorar as suas necessidades talvez seja a hora de reavaliar os relacionamentos, cerque-se de pessoas que não apenas te escutam, mas também te enxergam. O relacionamento deve ser uma via de mão dupla não um beco sem saída que leva apenas à satisfação deles.
O estoicismo nos ensina o valor do respeito próprio e da força interior que são chaves para reconhecer e combater a negligência emocional. Lembre-se de que respeitar a si mesmo é o primeiro passo para ensinar os outros a te respeitarem e às vezes a coisa mais poderosa que você pode fazer é se afastar daqueles que não valorizam o seu valor emocional.
“Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só, uma vida.” (Sêneca)
5. MANIPULAÇÃO EMOCIONAL
Considere as sábias palavras de Marco Aurélio um farol da filosofia estoica. Você tem poder sob a sua mente não sobre os eventos externos, perceba isso e você encontrará forças, esse profundo insight é a sua armadura no campo de batalha sutil da manipulação emocional. Imagine navegar em um relacionamento, uma amizade ou até mesmo no local de trabalho, onde a sua confiança começa a diminuir não por causa de uma mudança pessoal, mas por causa de uma agenda oculta de alguém para manipular os seus sentimentos.
O manipulador disfarçado de amigo ou aliado habilmente ataca a sua autoestima. Eles usam uma mistura astuta de elogios e críticas fazendo com que você dependa da validação deles. Isso não é apenas uma traição de confiança é um ataque insidioso da sua autonomia é um princípio fundamental do pensamento estoico permanecer firme contra isso. Abrace a prática estoica da autoconsciência e da soberania, confie nos seus instintos.
Se as interações te deixam mais esgotado do que elevado tome nota disso essa consciência é o seu primeiro passo para o empoderamento. Limites não são apenas linhas traçadas na areia, são as muralhas da sua fortaleza mental. Defenda os seus valores, desafie as inconsistências e o mais importante, envolva-se com aqueles que respeitam e incentivam o seu crescimento.
Marco Aurélio nos lembra que o nosso espaço mental é nosso para governá-lo e protegê-lo não apenas honramos a nós mesmos mas também defendemos a virtude estoica do autocontrole, diante da manipulação emocional, lembre-se de que a sua paz de espírito é a sua posse mais valiosa, guarde-a com sabedoria de um guerreiro estoico.
“O homem que sofre antes de ser necessário, sofre mais que o necessário.” (Sêneca)
Leia no site www.falasanches.com os capítulos seguintes da Série Lições Estoicas.
São Luís, 17 de Janeiro de 2024.
José Carlos Castro Sanches É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.
Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala e Divagando na Fantasia em Orlando. Participa de inúmeras antologias brasileiras.
NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS17.01.2024. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.