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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

A LIÇÃO DO AVESTRUZ

Por José Carlos Castro Sanches*

Site: www.falasanches.com

FONTE DA IMAGEM: ARQUIVO PESSOAL

“Aprendi uma lição: nunca dê as costas a um avestruz.” (Brendan Fraser, ator americano, depois de levar bicada de uma ave num zoológico de Sydney, na Austrália.)

Li na edição de 18 de abril de 2011 da revista Super Interessante um artigo intitulado: “Por que o avestruz enfia a cabeça no buraco?”. Descobri que não passa de lenda a estória de que os avestruzes enfiam a cabeça no buraco quando estão com medo. “Na verdade, eles encostam o pescoço e a cabeça no chão, mas não chegam a metê-la em buracos”, diz o empresário Fernando Antonio Carlini, que tem uma criação de avestruzes em Piedade, interior de São Paulo.

Feita a leitura, decidi compartilhar algumas reflexões com os leitores, líderes empresariais, pais de família e pessoas que buscam superar os desafios que parecem intransponíveis, neste momento difícil pelo qual passamos no Brasil e em todo o mundo, frente à histeria, aos interesses políticos divergentes, aos embates ideológicas, aos conflitos sociais, às dificuldades nos negócios e nas relações familiares.

Digo-lhes que enfiar a cabeça no buraco não é a solução para nenhum problema. Quem esconde a cabeça, fecha os olhos para o horizonte e, em vez de perceber as janelas que se abrem, a luz do sol que brilha e as oportunidades à sua volta, confrontará a escuridão do espaço e o solo árido, do qual não poderá retirar outra coisa senão poeira, grão de areia que limitará a sua capacidade de expandir a visão para as potencialidades do mundo iluminado e ilimitado que o rodeia.

Vejam que mesmo o avestruz, um animal irracional, não enfia a cabeça no buraco como éramos induzidos a pensar enquanto não os observávamos com profundidade – ele apenas a aproxima do chão para perceber a aproximação do inimigo. Em nosso caso, o inimigo pode estar ao nosso lado e em nós mesmos, pode ser nosso próprio pensamento, a forma como encaramos o problema, as pessoas e como visualizamos as soluções.

FONTE DA IMAGEM: INTERNET

A maior limitação é a nossa incapacidade de perceber que nenhum problema é mais importante que a vida. Nada tem tanto quanto a grandeza das bênçãos que recebemos ao amanhecer com o coração pulsando, o sangue circulando nas veias, o oxigênio para respirar, o alimento, a água, o aconchego dos filhos, netos, pais e amigos.

Certamente tudo isso vale mais que qualquer outra coisa. Muitas vezes, só percebemos a importância dessas bênçãos quando as perdemos. Portanto, tire a cabeça do buraco e veja a luz do sol, o cintilar das estrelas, o balanço dos galhos das árvores, o canto dos pássaros e das cigarras nos bosques e jardins, o movimento das ondas do mar, o vento que sopra para aliviar o calor. Sinta o toque suave da mão amiga que tenta colocar-se sobre os seus ombros e você recusa, porque está demasiadamente apegado aos problemas, esquecendo-se de que a solução é muito mais simples do que possa parecer. Basta desapegar-se dos bens materiais, das coisas, dos objetos e visualizar as pessoas, o ser  como mais importante que o ter.

Ainda que lhe pareça sem sentido o que escrevo, esteja certo de que, na verdade, não vale a pena viver enclausurado, pensativo e limitado, porque o mundo é ilimitado. Se uma porta se fecha, inúmeras outras se abrirão simultaneamente. Mas, se você estiver com a cabeça num buraco, não terá a chance de perceber o horizonte belo a ser desfrutado e permanecerá enclausurado na própria prisão.

O avestruz se camufla para parecer um arbusto, confundindo os predadores. Você também deve se camuflar com conhecimento, experiência, energias positivas, parceiros capazes de fazer a diferença, amor, empatia, simpatia, gratidão e reciprocidade com aqueles que tornam a sua vida saudável, doce e alegre. Camufle a sua mente com sabedoria, pensamentos grandiosos e inteligência emocional para ser capaz de suportar as adversidades com equilíbrio e mansidão.

Apesar de ser a maior ave do planeta, o avestruz também tem medo, o que significa “prudência”, capacidade de agir com sensatez, paciência, ponderação e calma diante das provocações, provações, dificuldades, contrariedades, objeções, confrontos, contendas, afrontas, ofensas, desrespeito, rivalidade, antagonismo, brigas – como queiram dizer. Sinônimos que nos induzem a pensar que precisamos estar preparados para o combate e não nos deixarmos abater, mantendo acesa a chama da vida e a retaguarda sempre guarnecida para vencer as batalhas diárias, que não são poucas, mas devem ser encaradas com naturalidade e de forma saudável. Assim, sairemos vencedores para escrever a própria história com galhardia.

“Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.” (William Shakespeare)

A resistência do avestruz é um fermento para nos impulsionar a continuar com destemor a nossa missão de transformar o mundo: primeiro sendo donos dos nossos próprios destinos, protagonistas das nossas próprias histórias. O palco iluminado nos espera para o espetáculo que deve ser realizado com vibração, entusiasmo, bravura e perseverança – papel que só poderá ser desempenhado por cada participante do show determinado a fazer a diferença. Devemos criar um cenário com a perspectiva de tornar a vida divertida, para que a paisagem à nossa volta permita uma encenação glamourosa digna de aplausos e capaz de nos fazer felizes.

Se o avestruz pode ficar oito dias sem beber uma gota d’água, por que não seríamos capazes de vencer os nossos traumas, atingir as nossas metas, desafiar as provações e superar as privações?

Veja que, apesar de ser forte, o avestruz vive em grupos de, em média, cinquenta avestruzes. Ele quer nos mostrar a necessidade de convivermos em harmonia com as pessoas à nossa volta, nos faz refletir sobre a capacidade de trabalharmos em equipe, de buscarmos a convergência para manter a segurança individual e coletiva: um por todos e todos por um, similar aos suricatas, capazes de enfrentar o inimigo e dar a própria vida para defender o grupo de que fazem parte.

FONTE DA IMAGEM: INTERNET

A velocidade de até 65 km/h do avestruz torna-se possível pelas longas pernas. Como não nos assemelhamos a ele no formato do corpo, tampouco somos aves com duas pernas, asas e penas, temos que usar da nossa capacidade criativa, sabedoria, inovação, resiliência e inteligência emocional para corrermos à velocidade da luz sem sair do lugar, criando soluções inovadoras para tornar a vida mais leve, fácil e agradável. Assim, como homo sapiens, estaremos mais próximos do admirável struthio camelus, que, apesar de ter as pernas longas, possui asas, mas não voa, porque as suas asas são atrofiadas e bastante longas. Enquanto o homem, mesmo sem asas, pode voar mais alto do que a águia e o condor, bastando, para isso, tomar a decisão de fazê-lo. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer!

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“Ser resiliente significa ser flexível, mas possuir autoconfiança. Saber aprender com a atitude dos outros, sem perder a própria essência!” (Marcelo Cotrim)

São Luís, 13 de agosto de 2019.

Revisado em março/2023 para o Jornal da ALAC.

José Carlos Castro Sanches*

É químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Atheniense de Letras e Artes, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia de Letras, Artes e Cultura de Coroatá, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes e Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Ciências.

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Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, Gotas de Esperança, A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô,  Pétalas ao Vento e Borboletas e Colibris (em parceria com Pedro Neto). Disponíveis na Livraria AMEI do São Luís Shopping ou através do acesso à loja on-line www.ameilivraria.com; e no site da Editora Filos: https://filoseditora.com.br/?s=Sanches

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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches, com crédito aos autores e fontes citadas, e está licenciada com a licença JCS13.08.2019. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.

Comments (1):

  1. Candiceper

    12 de julho de 2023 at 13:27

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