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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

A INGRATIDÃO CÓSMICA

Por José Carlos Castro Sanches

Site: www.falasanches.com

Num planeta distante, havia um ser inteligente que viajava pelo cosmos em busca de conhecimento e novas experiências. Sempre presente nos encontros de intelectuais, ele recebia convites para solenidades de todos os cantos do universo. Quem desejava se promover sabia que tê-lo por perto era garantia de aparecer no dia seguinte no seu diário de publicações extraterrestres, que circulava pela internet e outras mídias a uma velocidade impressionante.

Certa vez, após insistentes convites de uma amiga marciana, ele se destacou do seu ninho sob uma chuva forte de abril para participar de um evento em homenagem a uma personalidade literária interplanetária. Ao chegar ao local de honra, entre tantos convidados ilustres, ele se aproximou da anfitriã para tirar uma foto para levar de lembrança ao seu planeta. Mas, para sua surpresa, ela se virou para sentar-se, alegando que a sessão estava prestes a começar deixando-o plantado ali, com cara de trouxa.

Ele voltou cabisbaixo para o seu assento, perdendo o interesse pelo ato. Julgou que a homenageada, que tanto insistiu para que ele estivesse presente, o desconheceu e desprezou diante da plateia. Daquele dia em diante, ele aprendeu uma triste lição: existem pessoas que não merecem nem mesmo o chuvisco que pegamos, o tempo que dedicamos a elas, a nossa amizade ou uma foto ao seu lado.

Os holofotes da multidão impressionam e cegam os tolos, tornando-os vaidosos e orgulhosos. Todavia quando chega o tempo da solidão e eles voltam a enxergar a realidade, já perderam os amigos por dispensarem a sua presença, os verdadeiros elogios e a afetividade que outrora nutriam aquele coração magoado pela ingratidão.

Moral da História: A ingratidão é uma doença que pode cegar as pessoas para o valor das relações verdadeiras. É importante lembrar que a verdadeira grandeza não se mede pela quantidade de holofotes, mas pela qualidade das relações que cultivamos. Não permita que a vaidade e o orgulho te ceguem para o valor da gratidão e da amizade.

São Luís, 14 de abril de 2025.

José Carlos Castro Sanches.

É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Literária do Maranhão, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Academia de Letras, Artes e Cultura de Coroatá, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras, Artes e Ciências, da Academia Vianense de Letras e da Academia Icatuense de Letras, Ciências e Artes. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de amor e liberdade.

Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento; Série Três Viagens: Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala, Divagando na Fantasia em Orlando; O Voo da Fantasia e Momentos do Cotidiano. Livros em parceria: Borboletas & Colibris, TROVOAR – Trovas para Inspirar e Sonhar e ECOS – da Academia Maranhense de Trovas. Participa de diversas antologias brasileiras.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS14.04.2025. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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