Por José Carlos Castro Sanches
Site: www.falasanches.com
O córrego é poluído e estreito
Parece que chora, quase sem vida
Um dia já foi rio
Os muros e o asfalto o oprimem.
O filete de água corre manso e desiludido
Torna a vegetação alegre e verdejante
Ela à sua margem reconhece o seu valor
E o vento balança o galho das árvores.
Os pássaros alegremente cantam
(As pipiras azuis, pardas e pretas)
Fazem o estribilho uníssono
O anu-preto colhe os alimentos na beirada
A garça parece feliz dentro d’agua, depois voa.
Não sei para onde ela foi, queria vê-la de novo!
(Para onde foi. Será que vai voltar?)
Eu estou aqui extasiado pelo poder da natureza
Bela e determinada a superar as adversidades
Ao tempo em que os homens teimam em maltratá-la.
Enquanto o dileto amigo e confrade Carneiro Sobrinho, da Academia Arariense de Letras, Artes e Ciências – ALAC, que a distância me observava ao escrever sentado à beira do córrego, aproximou-se sorrateiramente. Alegramo-nos pelo encontro furtivo. Ele também contemplava a beleza natural do lugar onde há mais de dois anos semeia “as sementes do amor” que transformam-se em arbustos e árvores frondosas à margem do córrego: mangueiras, cajueiros, amendoeiras, jambeiros, juçareiras, palmeiras de coco babaçu, entre outras espécies vegetais que sombreiam o velho e teimoso rio.
Sob a sombra de um cajueiro florido com o perfume inebriante naquele ambiente silencioso e harmônico ao leito do rio Pimenta. Na Avenida Vale do Pimenta no Parque Atlântico, frente à Clínica IRIS – Instituto de Reabilitação Interdisciplinar de São Luis. Confabulamos sobre a vida, o amor, o trabalho, a família, a natureza, a beleza das coisas simples e do canto dos passarinhos. Ali recebi o convite para o lançamento da biografia do escritor Carneiro Sobrinho, intitulado: “Vida, Sindicalismo e Discursos.” De autoria do amigo escritor e confrade da ALAC, Nelin Vieira. Nada ocorre por acaso!
O sol estava a pino, encobrindo as nossas sombras ao meio-dia, quando nos despedimos, após um bate-papo agradável e edificante, era chegada a hora do confrade Carneiro Sobrinho acompanhar a sua esposa Ana Evany Fernandes, para juntos saborearem um apetitoso almoço num requintado restaurante da Ilha do Amor.
Eu segui o meu caminho de volta ao doce-lar, chegando a tempo para degustar um camarão cozido apetitoso com arroz, feijão e farinha d’agua, servido à mesa pela amada esposa que ansiosa esperava a minha chegada. É o amor, e o cuidado recíproco, apesar das diferenças!
São Luís, 02 de agosto de 2024.
José Carlos Castro Sanches. É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.
Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala, Divagando na Fantasia em Orlando e O Voo da Fantasia. Participa de antologias brasileiras.
NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS02.08.2024. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.
