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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

A ARTE E O ESPELHO (OS DONOS DA VERDADE)

Por José Carlos Castro Sanches

Site: www.falasanches.com

FONTE DA IMAGEM: INTERNET

“Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas.” (Friedrich Nietzsche)

            Em nome da literatura, da arte e da cultura por vezes avolumam-se as inquietações e surgem motivos nem sempre agradáveis para serem descritos em verso ou prosa, visto que existe discordância sobre a temática, todavia nessa oportunidade me aproprio da pena sorrateira para trazer a lume uma percepção inquietante, fruto da minha observação durante as leituras do cotidiano sobre temáticas diversas, ora concordantes, ora antagônicas.

“Os que se acham donos da verdade precisam ,antes de tudo, descobrir a verdade sobre si mesmos !” (Di Castilho)

Nesta narrativa trago uma singela reflexão, sem a pretensão de esgotar o tema, ao tempo em que abro uma janela para o aprofundamento da questão e debate respeitoso com os leitores. Reproduzindo o pensamento presente por meio desta crônica. Como disse William Shakespeare: “A arte é o espelho e a crônica da sua época.”

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A arte e o espelho estão intrinsecamente ligados, pois ambos refletem a realidade e a imaginação. O espelho é uma metáfora poderosa na arte, representando a autoimagem, a ilusão, a dualidade e a reflexão da sociedade. Na arte visual, o espelho é frequentemente usado para criar simetria, profundidade e perspectiva. Além disso, artistas contemporâneos exploram o conceito de “espelho” de maneiras inovadoras, desafiando as noções tradicionais de representação e identidade.  

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“Compreender que há outros pontos de vista é o início da sabedoria.” (Thomas Campbell)

Vejo com tristeza e certa indignação a forma agressiva e pedante com que algumas pessoas reagem a ideias opostas às suas, simplesmente pelo fato de não concordarem tornam-se veementes nas críticas e posicionamentos que ferem a dignidade e afrontam o direito de livre manifestação. Estes normalmente revidam com argumentos direcionados às pessoas, não aos fatos; depreciam e refutam pontos de vista contrários com base nas suas verdades que julgam absolutas, dado ao ego inflado, arrogância e orgulho daqueles que creem ser os donos do conhecimento e incontestáveis em suas teses quase sempre ideológicas, políticas e religiosas.

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Com limitada capacidade persuasiva fazem julgamentos prematuros e ofendem os oponentes com base em suas convicções, apoiados pelos tolos que seguem o paradoxo compactuando com os aliados, reforçando conceitos equivocados e métodos alheios à boa convivência e respeito mútuo.

“É curioso constatar que, aqueles que se consideram ‘donos da verdade’, não se dão conta de que são quase sempre, escravos de equívocos alheios.” (Paulo Cesar Paschoalini)

O dilema intrigante que percebo nessa abordagem é o falso entendimento de que tudo que dizem ou escrevem é inquestionável, suportados pela experiência, leituras ou incrédula noção do limite factual entre a realidade e a fantasia que criam para alimentar suas certezas.

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“O comportamento é um espelho no qual todos mostramos o que somos.” (Alfred Montapert)              

Enquanto criticam os que pensam diferente, externam suas fraquezas ao reprimirem opiniões como neuróticos, fanáticos, insensíveis com baixa capacidade de resiliência. São narcisistas por natureza, tudo que sabem é admirar-se ao espelho – venerar sua própria imagem – superestimando o eu, e subestimando os contraditórios. Como disse Caetano Veloso: É que Narciso acha feio o que não é espelho.

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Eles parecem sofrer da síndrome da raínha malvada antagonista do clássico Branca de Neve e os Sete Anões, descrita na famosa frase: “Espelho, espelho meu, existe alguém mais bonita do que eu?”

Não percebem que o reflexo do espelho são as suas próprias imagens invertidas, como querendo dizer-lhes que não se vê a verdade nem mesmo nos prolongamentos de raios refletidos e para que possamos enxergar o nosso reflexo em alguma superfície refletiva, esta deve promover a reflexão regular da luz, ou seja, refletir raios de luz com ângulo igual ao ângulo incidente.

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“O problema do mundo é que tolos e fanáticos estão sempre cheios de convicção, enquanto os sábios estão sempre cheios de dúvidas.” (Bertrand Russell)

A imagem no espelho plano é formada pela reflexão da luz, onde os raios de luz refletem na superfície do espelho e formam uma imagem virtual e direita. Se até o espelho reflete a imagem virtual. Por que eu devo acreditar que a verdade absoluta – a imagem real – é aquela que vejo com os meus olhos de eterno aprendiz? Afinal, aonde está a verdade? Como disse Sócrates: Só sei que nada sei.

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“Quando eu me olho no espelho, só sei que não me vejo como os outros me veem.” (Andy Warhol)

São Luís, 26 de dezembro de 2023.

José Carlos Castro Sanches.  É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.

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Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala e Divagando na Fantasia em Orlando. Participa de inúmeras antologias brasileiras.

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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS26.12.2023. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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