Por José Carlos Castro Sanches

Site: www.falasanches.com

“Tudo o que temos de decidir é o que fazer com o tempo que nos é dado.” (Gandalf)

Uma reflexão interessante para dar início à narrativa. Lewis Carroll, autor das aventuras de “Alice no País das Maravilhas”, em uma passagem da obra escreveu: “Alice: Quanto tempo dura o eterno? Coelho: Às vezes apenas um segundo.”

Ontem fui buscar uma neta na escola, ao deixá-la no seu apartamento ela me convidou para almoçar. Eu de verdade estava com fome e ao sentir o cheiro da comida disse em tom de brincadeira para a Sra. que cozinhava: se tiver gostosa como cheirosa! E respondi para a carinhosa anfitriã que iria almoçar em casa, logo me despedi e segui para o destino.

No dia seguinte a cozinheira me contou o que ela tinha dito após a minha saída: “Vovô só anda apressado, não quis almoçar comigo.” A senhora para tentar amenizar a desfeita e confortá-la disse-lhe que eu tinha muito trabalho por isso não aceitei o convite. Eu sei que poderia acompanhá-la na refeição – alguns minutos a mais não fariam diferença naquele dia. Agora estou contrito por não ter feito companhia à minha amada neta. Ela provavelmente não lembrará das vezes que a levei e busquei na escola, entre outras atividades … mas poderá não esquecer do almoço recusado pelo avô – em razão de uma pressa injustificada. Como disse José Saramago: “ Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo.”

O tempo é volátil e a vida é efêmera, devemos aproveitá-la intensamente ao lado das pessoas que amamos. Sei que desperdicei a oportunidade de estar junto de quem desejava estar comigo naquele instante. Agora é tarde! O tempo passou, não volta mais, todavia ficou a lição aprendida e compartilhada.

Acredito que Vergílio Ferreira e Johann Goethe estavam certos quando afirmaram: “O tempo que passa não passa depressa. O que passa depressa é o tempo que passou.” e, “O tempo rende muito quando é bem aproveitado.

São Luís, 18 de novembro de 2023.

José Carlos Castro Sanches

É químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta brasileiro. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras, Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da Sociedade de Cultura Latina do Maranhão, da União Brasileira de Escritores e da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro Correspondente da Academia Arariense de Letras, Artes e Ciências e da Academia Vianense de Letras.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS18.11.2023. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.