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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

BRASÍLIA

Por José Carlos Castro Sanches

“Projetar Brasília para os políticos que vocês colocaram lá, foi como criar um lindo vaso de flores para vocês usarem como pinico.” (Oscar Niemeyer)

Iniciamos 2023 com medo e esperança. A Capital do Brasil não é símbolo de castidade é um antro da falsidade e degeneração ética, moral e religiosa.

Vejo com tristeza a corrupção disseminada; os poderes executivo e legislativo subjugados ao judiciário; a polícia sacrificada; a traição dos políticos; o supremo parcial e corrompido; os governantes associados ao crime; as urnas eletrônicas manipuladas; o povo indignado com o resultado das eleições fraudadas; a liberdade limitada; a censura instalada; a perseguição aos contrários; o vermelho se destacando; o comunismo avançando; uma quadrilha comandando; a dúvida se alastrando; o medo se propagando; a mentira se espalhando; a dívida aumentando; a incerteza prosperando; a democracia se afastando e a ditadura se instalando.

O Brasil sofre calado; as algemas machucam os inocentes; o justo clamor do povo subjugado é dito antidemocrático;  os abusos se avolumam na corte; os juízes descumprem as leis e o judiciário usurpa o poder do povo. Onze urubus de toga consomem a carniça que eles próprios produzem; estamos numa prisão sem visualizar a saída; um barco desgovernado e sem direção; uma incógnita sem solução entre a soberania e a submissão; o pecado e o perdão.

Chegou a hora da decisão pegar a arma e ir à luta ou um avião e partir para bem longe do amado torrão. Vejo como a única chance de escaparmos do cárcere chefiado por homens da contravenção que lamentavelmente comandam a nossa nação.

Amanhã será o último dia do ano e eu não visualizo a luz no fim do túnel. Só me resta acreditar nas trevas certo de que nunca mais teremos sossego e paz. Torço para estar errado a respeito do novo governo perpetrado à força, contrário ao voto da maioria, manipulado nas urnas para atender ao interesse de uma organização criminosa e conspiratória destinada a destruir um país gigante que estava adormecido e tomava pulso para tornar-se a maior potência mundial.

A ordem e o progresso foram brutalmente sacrificados; os sonhos assassinados; a liberdade enterrada viva e concretada numa vala funda. Mataram a esperança de um povo com uma punhalada traiçoeira; infiltraram hackers nos programas eleitorais; instalaram o caos e fortalecerem a descrença na justiça brasileira que cambaleante como um bêbado naufragou em águas contaminadas pelo veneno da subversão.

Estamos de luto com a bandeira preta hasteada tomando lugar da verde, amarela, azul e branco. O nosso voto não mais tem valor ou nunca teve, o que vale é a programação dos computadores pelos infiltrados com o aval dos cabeças de ovos dos tribunais superiores, traidores da pátria, que se julgam superiores aos eleitores e decidiram antecipadamente quem venceria a eleição presidencial.

O mundo vê com preocupação a falência da democracia e o fortalecimento da autocracia no Brasil. Eu me vejo como um garoto perdido na multidão; os brasileiros desorientados seguem rumo ao abismo como bois no corredor da morte dos matadouros.

Estamos numa encruzilhada entre a cruz e o punhal; aflitos e desorientados à espreita do gás mortal que emana das mantas pretas chamadas de togas que encobrem os que se julgam deuses supremos, homens e mulheres hipócritas que decidiram transformar o Brasil numa Venezuela com a conivência de deputados e senadores que se omitiram vergonhosamente do dever ético e moral de defender o povo que os elegeu.

Tudo parece turvo na terra Brasilis, onde outrora brilhavam as 27 estrelas da bandeira nacional e cantavam alegremente os pássaros com a certeza de que haveria um novo dia de sol, luz e brilho. Agora só nos resta a escuridão, a indignação e a esperança da providência divina para mudar o rumo do nosso país trazendo a paz e a alegria para os brasileiros que ora sentem-se perdidos no meio de um tiroteio sem ter a quem recorrer, sem lenço e sem documento. Que Deus possa restaurar a nossa fé e transformar maldição em benção, ódio em amor e a tirania em democracia.

Agora o céu está nublado, o medo e a dúvida tomam conta da nossa nação dominada por malfeitores; prestes a ser governada por um ex-presidiário, condenado e libertado por uma trupe de anarquistas travestidos de ministros que perderam a noção de civilidade e apropriaram-se da ilegalidade; deitados na arrogância destituíram a constituição brasileira para seguirem livres com as atrocidades e devaneios como se fossem deuses.

Julgam-se acima da lei e da ordem em nome do Estado Democrático de  Direito que soluça no leito do Supremo Tribunal Federal e Tribunal Superior Eleitoral que melhor seriam nominados Supremos Tribunais da Injustiça. Quanta mentira enfiaram goela abaixo do povo brasileiro. Viva a utopia da autonomia dos três poderes! Viva a tirania Alexandrina!

Punidos por criticar ministros do STF não têm a quem recorrer! Perdemos também a liberdade de expressão tão festejada na democracia.

Como disse Rui Barbosa: “A pior ditadura é a ditadura do Poder Judiciário. Contra ela, não há a quem recorrer.” Estamos num mato sem cachorro! O que nos resta é a esperança de um dia voltarmos a ter a nossa liberdade restaurada e a retomada da ordem e do progresso que ora perdemos.

São Luís, 29 de dezembro de 2022.

José Carlos Castro Sanches

É químico, professor, escritor, cronista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Atheniense de Letras, da Associação Maranhense de Escritores Independentes, da União Brasileira de Escritores e do PEN Clube do Brasil.

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança, Pérolas da Jujuba com o Vovô e Pétalas ao Vento.

Visite o site falasanches.com pelo Google ou Instagram e conheça o trabalho do autor.

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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS29.12.2022. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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