
Por José Carlos Castro Sanches
A tecla CTRL do meu computador travou e me fez parar de usá-lo por dez dias, enquanto o vírus tentava me abater; eu estava paralisado com o pensamento distante das boas novas, anestesiado pelo medo que tomava conta dos meus pensamentos, sentimentos e da minha vontade. É algo aterrorizante; incrível como tudo muda repentinamente em nossa vida.
Os festejos juninos e a exposição desordenada davam-me a sensação de plena liberdade; falsa impressão que temos do domínio sobre o corpo. Quando chegou aquela sensação de treva com a fé pequena sobraram as dúvidas para me confundir e fazer pensar que a minha força vital não suplantaria a doença.
Covidei para reavaliar a vida e repensar os caminhos que devo seguir, bem como os objetivos e metas que valem a pena serem perseguidos. Por tão pouco percebi que a superficialidade dos sonhos e a nobreza da existência dizem respeito a algo sublime e poderoso que não se limita aos desejos mesquinhos e voláteis que por vezes perseguem o nosso ego e nos tornam egoístas e distantes do verdadeiro sentido de uma vida solidificada na rocha.
O que realmente importa é tão pouco, e tão simples que não se pode comprar nem vender. Quando nos damos conta, percebemos que de fato devemos experimentar obstinadamente a essência das pequenas coisas simples fundamentais para viver feliz e em harmonia com as pessoas que amamos; ainda que fosse a oportunidade do último suspiro.
Quanta alegria ver raiar o sol neste novo dia. Quanta felicidade apreciar a lua e as estrelas ao anoitecer. Quanta satisfação poder escrever e compartilhar as experiências vividas.
Escrevi o texto acima com uma caneta azul numa folha de papel branco em 09 de julho de 2022, enquanto estava acometido pela covid 19, quando finalizava a transcrição do texto para o meu computador em 31 de julho de 2022, recebi da minha filha Danielle Sanches a seguinte mensagem: Paizinho esse versículo me lembra o senhor.
“Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: De onde vem o socorro? O meu socorro vem do SENHOR, que fez os céus e a terra. Ele não permitirá que você tropece; o seu protetor se manterá alerta, sim, o protetor de Israel não dormirá; ele está sempre alerta! O SENHOR é o seu protetor; como sombra que o protege, ele está à sua direita. De dia o sol não o ferirá, nem a lua, de noite. O SENHOR o protegerá de todo o mal, protegerá a sua vida. O SENHOR protegerá a sua saída e a sua chegada, desde agora e para sempre. ” (Salmo 121)
Ela continuou: “O salmista Davi passou por grande dor e angústia e grande parte de sua inspiração veio nesses momentos. Vou para o culto hoje às 18h, se o senhor puder ir lhe vejo lá. Se não puder, peço que leia os salmos 117 a 121”. Assim eu fiz como pai obediente orientado por uma filha ungida da sabedoria divina.
E concluiu com as orientações que seguem extraídas da Bíblia comentada:
“Busque Deus em primeiro lugar. Deveríamos ser suficientemente maduros na fé para não corrermos atrás de qualquer pessoa todas as vezes que precisássemos saber o que fazer em determinada situação. Não estou insinuando que é errado procurar por pessoas que achamos que são mais sábias que nós para pedir uma palavra de aconselhamento ou de advertência. Mas creio que seja errado, e insultante a Deus , irmos atrás de pessoas com muita frequência. Receber conselhos de alguém não é necessariamente um problema; o problema ocorre quando buscamos o homem e não a Deus. Deus é um ciumento (ver Tiago 4:5 e Deuteronômio 4:24, e Ele quer que peçamos o Seu conselho).
É importante estabelecer claramente em nosso coração que buscaremos a Deus em primeiro lugar, como o salmista fez no Salmo 121:1,2. Deus quer guiar cada um de nós – não apenas pastores ou ministros, mas toda pessoa que realmente confia nEle.
Eu o encorajo a buscar o equilíbrio nessa área e a perder o vício de procurar a opinião de outras pessoas caso você tenha o hábito de fazer isso constantemente. Seja disciplinado em buscar a Deus em primeiro lugar e deixe que Ele escolha se quer mesmo falar-lhe diretamente ou se quer usar o aconselhamento de outros crentes para esclarecer as coisas a você”.
Como sempre digo, tenho convicção de que nada ocorre por acaso. As palavras chegaram no momento oportuno, na hora certa para nos permitir refletir e compartilhar com os leitores. Certamente servirão de lição para muitos como serviu para mim. Deus seja louvado!
São Luís, 09 de julho de 2022.
Revisado em 31/07/2022.
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras, Artes e Ciências, da Academia de Letras, Artes e Cultura de Coroatá, da Associação Maranhense de Escritores Independentes, da União Brasileira de Escritores e do PEN Clube do Brasil.

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança, Pérolas da Jujuba com o Vovô e vinte livros inéditos. Visite o site falasanches.com e a página “Fala, Sanches” (Facebook) e conheça o nosso trabalho.
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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS09.07.2022. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.