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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

UM PASSEIO COM OS JAVALIS SELVAGENS PELA CAVERNA DE THUAM LUANG

“Paciência e perseverança têm o efeito mágico de fazer as dificuldades desaparecerem e os obstáculos sumirem.” (John Quincy Adams) 

Tailândia, oficialmente Reino da Tailândia, anteriormente conhecida como Sião é um estado soberano no centro da península da Indochina, no Sudeste asiático. É limitado a norte por Myanmar e Laos, a leste por Laos e Camboja, a sul pelo Golfo da Tailândia e pela Malásia, e a oeste pelo Mar de Andamão e pela extremidade sul de Myanmar. Suas fronteiras marítimas incluem o Vietnã, no Golfo da Tailândia, para o sudeste; e a Indonésia e a Índia no mar de Andamão, a sudoeste. Tem como capital Bangkok.
Javali (nome científico: Sus scrofa), também conhecido como javardo, porco-bravo, porco-monteiro (no Pantanal), porco-selvagem-euroasiático e porco-montês (as fêmeas são conhecidas como javalina e gironda), é um animal artiodáctilo da família Suidae, do gênero Sus.

O Javali é, por natureza, um animal muito social, acostumado a viver em grupo. O comportamento dele é caracterizado pela unidade matriarcal. O grupo costuma fazer suas viagens lideradas por uma ou várias fêmeas adultas e acompanhadas de seus descendentes. Na falta de uma boa visão, o javali selvagem tem um sentido muito sensível de audição e de olfato. Eles têm a capacidade de reconhecer um odor a mais de 100 metros de distancia. Também é considerado um animal muito inteligente, o que o torna um grande desafio para os caçadores. 

Em 23 de junho de 2018, 12 meninos de idades entre 11 e 16 anos que faziam parte do time Javalis Selvagens foram passear pela província tailandesa de Chiang Rai com o seu técnico de futebol – e terminaram presos dentro da caverna de Thuam Luang, na Tailândia. 

O tempo mudou bruscamente e o grupo ficou ilhado dentro da caverna por 17 dias. Parecia que não encontrariam saída até o 9º dia, quando mergulhadores o encontraram em condições precárias de saúde, mas com esperança e fé sem limites.

O grupo foi localizado por dois mergulhadores britânicos após nove dias encurralados na caverna. Eles estavam a mais de quatro quilômetros da entrada da gruta. 

As chuvas torrenciais deste período do ano no país causaram alagamento nas passagens, impedindo a saída das vítimas. Nas profundezas da caverna, os Javalis Selvagens se viram em apuros.

O resgate, que durou três dias, era arriscado devido à água de chuva acumulada e à dificuldade do trajeto até a saída.

O que aprendi com os JAVALIS SELVAGENS?

Deste rico episódio com os Javalis Selvagens extrai 11(onze) lições que fortalecem a minha convicção de que a maior força do homem está na sua capacidade de superar desafios, segue as lições aprendidas: Amor ao próximo; Estratégia para o combate; Controle emocional; Solidariedade em momento de crise; Perseverança e Superação do medo; Força, foco e fé; Capacidade de superar perdas; Reverência, gratidão e determinação; Sabedoria, obediência e resiliência; Autocontrole e capacidade de recuperação; Simplicidade dos sonhos e planos para o futuro. 

A primeira lição aprendida: Amor ao próximo.

Mais de mil voluntários e convidados se mobilizaram em todo o mundo para ajudar a resgatar aqueles jovens da caverna alagada. Uma operação sem precedentes que envolvia alto risco pericia técnica e disposição para a luta.

A segunda lição aprendida: Estratégia para o combate.

Naquele momento de incerteza e medo os primeiros a serem resgatados da caverna foram os mais fortes. Inicialmente não entendi aquela decisão depois percebi que a estratégia foi determinante para o sucesso da missão. 

Os primeiros a serem retirados precisavam estar em melhores condições físicas e emocionais porque os socorristas precisavam conhecer o ambiente e estarem familiarizados com as técnicas de resgate naquele ambiente hostil onde nunca haviam estado antes. Isso fortaleceria o conhecimento e autoconfiança necessária para resgatarem os jovens mais debilitados com sucesso, assim procederam. 

“O sol sempre brilhará para aqueles que perseveram e acreditam em suas metas.” (Tailandia Maria Correa Belmiro)

A terceira lição aprendida: Controle emocional.

O tempo de resgate inicial foi mais que o dobro do final. O técnico da equipe deu uma lição de equilíbrio emocional e liderança situacional. Líder atuante, forte empático deixou de se alimentar para alimentar os garotos, além de mantê-los mentalmente fortes para superarem o desafio da solidão e medo naquele lugar de onde possivelmente nunca sairiam. 

A quarta lição aprendida: Solidariedade em momento de crise.

Outro ponto de destaque foi a solidariedade das pessoas envolvidas no processo de resgate, inclusive no período que antecedeu o inicio dos trabalhos. Um dos lideres da equipe de resgate tinha 56 anos (a minha idade atual) com uma invejável energia e determinação, e forma física admirável. Trabalhou intensamente, apesar da idade. Fez-me pensar sobre a importância do condicionamento para o sucesso dos trabalhos e que preciso praticar um esporte, estar em melhor condição física e mental. Assim estarei mais preparado para novos desafios e oportunidades.

A quinta lição aprendida: Perseverança e Superação do medo.

A limitação física e mental atrofia a nossa capacidade de realização e nos torna medrosos e incapazes de visualizar as aventuras como possibilidades para desafiar o desconhecido e enfrentar os obstáculos de frente.

O glorioso trabalho de resgate possibilitou a volta de treze jovens para o convívio dos seus familiares e o mundo aprendeu mais uma lição de superação. 

O exemplo de perseverança dos 12 garotos e do técnico me fizeram refletir sobre a vida. O admirável controle mental e domínio do corpo naquele casulo alimentam a minha crença de que temos ilimitada capacidade de superar desafios desde que estejamos dispostos a encará-los sem medo das consequências. 

“A maturidade não se dá pela idade e sim pela capacidade lógica de raciocínio profundo e reflexão própria.” ( William Roger) 

A sexta lição aprendida: Força, foco e fé.

Os garotos e as equipes de resgate impressionavam também pela forca, foco, fé ilimitada, determinação, coragem, equilíbrio e capacidade de superação. Virtudes indispensáveis para o sucesso de qualquer missão. 

A sétima lição aprendida: Capacidade de superar perdas.

Admirável a rapidez com que todos foram resgatados. O resgate durou apenas três dias. 

Como nada é perfeito. A imprevisibilidade provocou um grave incidente envolvendo o mergulhador Saman Kunan, que morreu em 6 de junho, durante a missão de resgate por falta de oxigênio. Uma perda irreparável que justificou a mudança de estratégia nos procedimentos de resgate daquele grupo de jovens determinados a viver diante das adversidades, com fome, sede e limitada oferta de oxigênio para a respiração naquele ambiente inóspito. A vida de todos estava por um fio. 

A oitava lição aprendida: Reverência, gratidão e determinação.

A reverência aos monges, a gratidão aos familiares e ao mergulhador morto durante o resgate e a determinação de manterem-se serenos e calmos na adversidade.

A nona lição aprendida: Sabedoria, obediência e resiliência.

A sabedoria e a obediência para seguir as orientações do líder, resiliência e espirito de equipe para sobreviver aos conflitos internos na solidão da caverna. 

A décima lição aprendida: Autocontrole e capacidade de recuperação.

Autocontrole para manter o foco na solução. E a impressionante a rapidez com que se recuperaram, após o resgate da caverna, sem traumas aparentes, lúcidos e fortes. 

A décima primeira lição aprendida: Simplicidade dos sonhos e planos para o futuro.

Depois da tempestade veio a bonança e os Javalis Selvagens declararam à imprensa os seus sonhos e planos para o futuro com a pureza da alma de meninos e a sabedoria dos monges para liderar os seus próprios destinos:

“Sou muito grato a cada um pelo apoio que nos deram. Vou viver com cuidado. Eu vou pensar duas vezes antes de fazer qualquer coisa.” (Ekkapol Chantawong, 25 anos – Treinador do time e ex-monge budista)

“Acho que eu vou ser mais cuidadoso com incidentes imprevisíveis que aconteçam na minha vida. Essa experiência me mostra que tenho que ser mais consciente das consequências das minhas ações. A partir de agora vou viver com mais cuidado e sabiamente.” (Adul Sam-on, 14 anos – Fala quatro línguas, inclusive inglês, e foi peça chave na comunicação com o resgate) 

“Essa experiência foi a maior da minha vida: eu aprendi valores sobre a minha vida. E essa experiência exigiu paciência, força e não perder a esperança.” (Chanin Wiboonroongrueng, 11 anos – Atacante, o mais jovem jogador do grupo era apelidado Titan)

“Quero ser jogador de futebol profissional e entrar para a Marinha porque quero poder ajudar.” (Somphong Jaiwong, 13 anos – Conhecido como Pong, o jovem também atua como meia no time)

“Não consigo pensar no que quero ser, só quero me dedicar aos estudos e me graduar.” (Nattawoot Thakamsai, 14 anos – Os amigos o chamavam de Tle)

“Aprendi muitas coisas sobre esse período. Serei uma boa pessoa na comunidade.” (Pornchai Khamluang, 16 anos – Zagueiro do time, os colegas o apelidavam de Tee) 

“Eu quero ser um jogador de futebol profissional. Essa experiência me fez mais forte.” (Ekkarat Wongsookchan, 14 anos – Goleiro do time, é chamado de Bew pelos colegas) 

“Eu também quero ser um jogador de futebol profissional e entrar para a Marinha.” (Duangpetch Promthep, 13 anos – Dom, como é conhecido, joga como atacante e capitão dos “Javalis Selvagens”)

“Quero estudar, me graduar e me tornar jogador da seleção nacional.” (Peerapat Sompiengjai, 16 anos – Apelidado de Night, joga no meio de campo do time) 

“Quero estudar o máximo possível e me tornar um jogador de futebol profissional.” ( Prajak Sutham, 14 anos – O meio de campo conhecido como Note jogava como goleiro às vezes) 

“Quero estudar o máximo possível para encontrar um bom emprego e me tornar um jogador de futebol profissional.” (Panumas Saengdee, 13 anos – Com o apelido Mick, o jovem atua bem tanto como goleiro quanto como atacante)

“Quero estudar o máximo possível e me tornar um jogador de futebol profissional.” (Pipat Bodhi, 15 anos – amigo do treinador – não fazia parte do time – apelido de Nick)

“Eu gostaria de ser jogador de futebol e entrar para a Marinha.” (Mongkol Boonpium, 14 anos – colaborador do time – conhecido como Mark)

Bravos Javalis Selvagens da Tailândia! 

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