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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

NOVE TÍTULOS DOADOS PARA A BIBLIOTECA PÚBLICA BENEDITO LEITE

Por José Carlos Castro Sanches

“Paremos de indagar o que o futuro nos reserva e recebamos como um presente o que quer que nos traga o dia de hoje. ” (Heráclito)

Como sempre digo: Mãe é um ser energizado de áurea iluminada, fonte de luz, sabedoria, amor e bons presságios. Só quem tem uma será capaz de entender o que digo. Afinal, quem não as tem?

No dia ensolarado, irradiante, vibrante e especial de 19 de agosto de 2021, eu tinha a nobre missão de continuar o passeio com a minha querida mãe, Zazá, por São Luís do Maranhão. Única cidade brasileira fundada por Franceses, tomada por Holandeses e colonizada por Portugueses. É possível imaginar quanta história, beleza e encantamento nos esperavam naquele maravilhoso tour pela Ilha Grande, Rebelde, Magnética, de Upaon-Açu e do Amor; Terra das Palmeiras; Cidade dos Azulejos; Jamaica Brasileira; Patrimônio Cultural Mundial; outrora Palácio de Porcelana e Atenas Brasileira. São muitos mistérios além das ondas do mar.

Saímos alegres rumo aos nossos objetivos. Eu dirigia a minha Ferrari Rocam 1.6, prata, pelas ruas estreitas de São Luís, e a minha mãe me acompanhava, só nos dois, quando enfim chegamos nas proximidades do primeiro ponto turístico a ser visitado: A Praça do Panteon (conhecida como Praça Deodoro), recentemente revitalizada. Pela escassez de vagas nas ruas, estacionei distante Praça Deodoro, mais próximo da Praça Gonçalves Dias, então seguimos a pé rumo ao nosso destino. Eu sempre segurando a sua mão, e orientando para evitar tropeços ou quedas que poderiam nos tirar do foco.

Ao chegar ao destino, começamos a contemplar o local agradável, amplo com pouca sombra e árvores e aproveitávamos para fazer o registro fotográfico junto aos bustos dos intelectuais, escritores e poetas que ocupavam lugar de destaque por merecimento naquele logradouro público. Quando subitamente o sol que brilhava intensamente, foi encoberto por uma nuvem, o tempo ficou nublado e começou a chuviscar, no exato momento em que tirávamos fotos em frente à Biblioteca Pública Benedito Leite, instalada na Praça do Panteon.

Então, o acaso mudou o nosso plano. Não tendo para onde correr para nos protegermos da chuva, sobrou a única alternativa: a área coberta em frente à Biblioteca Pública Benedito Leite. Como tenho pressa e não gosto de perder tempo, nem oportunidade, logo me veio à mente a ideia de convidar minha mãe para visitarmos a Biblioteca. Assim fizemos. Ao entrar fomos recepcionados pelo vigilante, que nos ofereceu a guarda dos objetos (bolsas e sacolas) e forneceu tickets para controle na saída, além de orientar sobre as regras e procedimento de acesso ao recinto.

Fomos orientados pela atendente Porfíria Melo Gomes, visitamos todos os cômodos, fotografamos e nos encontramos por acaso com Renata Paredes, uma dedicada assistente que ao receber o meu cartão de apresentação – identificou o meu sobrenome e perguntou: “vocês conhecem Andréa Sanches”. Logo respondi: é minha sobrinha. Então, Renata disse: “eu já estive em Rosário na sua casa D. Zazá, durante uma visita com Andréa, por lá fizemos as refeições e dormimos”.  Daí por diante tudo ficou mais fácil, parecíamos amigos de longas datas e as conversas se aprofundaram.

Naquele momento senti um inexplicável desejo, depois de anos que não entrava naquela Biblioteca, queria doar os meus livros para o acervo daquela prestigiada Biblioteca Pública Benedito Leite. Se possível naquela data.

“Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria. ” (Jorge Luis Borges)

Ao percorrer o ambiente da Biblioteca, ao observar os quadros, livros e informações vi um breve resumo da história de Benedito Leite, o que me fez lembrar da sua origem Rosariense. Aqui então farei um breve parêntese, para um registro resumido da sua biografia:

 “Benedito Pereira Leite nasceu em Rosário, Maranhão, 4 de outubro de 1857, cidade em que eu nasci. Foi um político, magistrado e jornalista brasileiro.

“Bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Recife, em 1882. Atuou como promotor público no município de Brejo, juiz municipal de Coroatá e Itapecuru, no interior maranhense, inspetor do Tesouro Público do Estado, e foi um dos diretores do jornal Debate.

“Foi um dos membros da Junta governativa Maranhense de 1891. Elegeu-se deputado federal em 1892, reeleito em 1894. Foi eleito senador pelo Maranhão em 1896. Acumulou os mandatos federais com o mandato de deputado estadual. Consolidou-se como influente líder político do Maranhão da República Velha, controlando a política do estado, no chamado coronelismo do período.

“Conseguiu costurar e consolidar a união dos partidos Católico, Constitucional e Nacional, surgindo daí o Partido Federalista, criado com o objetivo de tornar-se o guardião do federalismo, numa alusão crítica ao Partido Republicano, acusado pelos federalistas de tentar impor o centralismo.

“Fundou o jornal O Nacional e foi editor do Jornal Federalista. Foi governador do Maranhão, de 1 de março de 1906 a 25 de maio de 1908, quando se licenciou e viajou para a França para tratamento de saúde. Foi substituído pelo segundo vice-presidente Artur Quadros Colares Moreira. Faleceu em Hyeres, na França, no dia 6 de março de 1909.”

“Em uma boa biblioteca, você sente, de alguma forma misteriosa, que você está absorvendo, através da pele, a sabedoria contida em todos aqueles livros, mesmo sem abri-los. ” (Mark Twain)

Retomo a descrição sobre a visita à Biblioteca. O interesse se aflorou quando percebi que a Biblioteca Pública Benedito Leite é a guardiã da literatura maranhense e dos diversos escritos em livros, jornais, folhetins, dentre outros documentos históricos. E ali me dei conta de que nenhum dos meus livros publicados faziam parte daquele riquíssimo acervo.

Busquei entender como deveria proceder para fazer a doação. Fui orientado a conversar com a Diretora Aline Nascimento, agendamos uma reunião para o dia seguinte, 20 de agosto de 2021, data em que nos encontramos pela primeira vez, por aproximadamente 60 minutos, das 17 às 18h, tivemos a oportunidade de confabular sobre livros, cultura, literatura, dificuldades enfrentadas pelos escritores independentes, anseios, frustrações, desejos, sonhos, realizações, vitórias e derrotas e vislumbramos novas possibilidades num universo desconhecido e inexplorado.

Foi uma bate-papo agradável e revigorante, naquela tarde inesquecível. Aproveitei o ensejo para discorrer sobre o meu apego à literatura e mania de escrever; entreguei um cartão de visita personalizado e apresentei o site falasanches.com – onde escrevo diariamente – para conhecimento e apreciação da atenta, empática e simpática anfitriã, Aline Nascimento. Disse-lhe da minha alegria e honra de participar daquele encontro rápido e promissor.

Ali se consolidava um novo marco para a minha vida e trajetória literária. Futuramente os leitores entenderão a que me refiro. O mundo é minúsculo diante das janelas que se abrem do alvorecer ao crepúsculo de cada novo dia. Como disse Renata Paredes, reafirmando o que sempre digo: Nada ocorre por acaso, absolutamente nada!

Anestesiado, feliz e eufórico naquele momento impar entreguei para Biblioteca Pública Benedito Leite, 9 (nove) Títulos das obras-primas de própria autoria: 3 (três) da “Tríade Sancheana”: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou.; 3 (três) da “Trilogia da Vida”: No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro! ; e outros 3 (três) livros em coautoria: 1) Antologia de Poetas e Escritores Brasileiros, da Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas e Trovadores – ACLAPTCTC; 2) Coletânea Internacional “Sonata Poética da Liberdade – Ludwig van Beethoven” e a 3) “Coletânea de Poetas Maranhenses – Prêmio Gonçalves Dias – 2020”.

“Oh! Bendito o que semeia
Livros à mão cheia
E manda o povo pensar!
O livro, caindo n’alma
É germe – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar!”
(Castro Alves)

Vimos uma sucessão de acontecimentos que tornaram possível a concretização do encontro: o passeio com a minha mãe pela cidade de São Luís; o estacionamento distante; a chuva no momento que estávamos em frente à Biblioteca; a visita não programada e o encontro com pessoas conhecidas na Biblioteca; o agendamento para entrega dos livros; a entrega dos livros para a Diretora Aline Nascimento e por fim uma crônica retratando em detalhes o desabrochar de uma flor de agosto, repleta de pétalas que fluirão ao vento perfumando todos os recantos da terra. Que possa haver um livro, onde haja um leitor. Onde houver escassez e ignorância, que prospere a abundância e a sabedoria.

Sinto-me feliz por deixar um legado e abençoado por disponibilizar os meus livros para os leitores ávidos por conhecimento – aqueles que não têm acesso aos meus livros nas livrarias ou por meio dos sites, agora terão a oportunidade de ler na Biblioteca Pública Benedito Leite, em São Luís do Maranhão e brevemente em todas a Bibliotecas do Estado do Maranhão – se Deus permitir que eu realize mais esse sonho. Tenho motivos suficientes para me alegrar e comemorar essa conquista. Como escritor não tenho palavras para agradecer à Diretora Aline Nascimento pela gentileza, apreço e consideração. É com imensa alegria que faço parte dessa história.

“Há livros de que apenas é preciso provar, outros que têm de se devorar, outros, enfim, mas são poucos, que se tornam indispensáveis, por assim dizer, mastigar e digerir. ” ( (Francis Bacon)

É possível perceber a minha satisfação e orgulho ao descrever nestas poucas linhas com gratidão aos leitores, familiares, amigos, incentivadores e admiradores que me permitiram chegar até aqui. Sei que a trajetória é longa, os desafios e adversidades continuarão a ser adubo, seiva e água que irrigam a minha inspiração para continuar descrevendo os aprendizados e experiências que poderão ajudar outros a conseguiram obter sucesso nas suas missões de vida.

Quero poder disseminar o conhecimento, multiplicar esperanças, compartilhar vitórias e inspirar pessoas para acreditarem no impossível e jamais deixar morrer os sonhos, sem antes tentar. Afinal a distância entre sonho e realidade se chama ação. Acredito que essa capacidade de realização, determinação, bravura, com foco centrado nas metas e objetivos me tornarão um ser humano diferenciado, escritor admirado, cronista prestigiado e poeta consagrado.

“Coragem… pequeno soldado do imenso exército. Os teus livros são as tuas armas, a tua classe é a tua esquadra, o campo de batalha é a terra inteira, e a vitória é a civilização humana. ” (Edmondo Amicis)

São Luís, 21 de agosto de 2021.

José Carlos Castro Sanches

É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense

Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras, União Brasileira de Escritores e PEN Clube do Brasil

Visite o site falasanches.com e a página Fala, Sanches (Facebook) e conheça o nosso trabalho.

Adquira os Livros da Tríade Sancheana: Colheita Peregrina, Tenho Pressa e A Jangada Passou, na Livraria AMEI do São Luís Shopping ou através do acesso à loja online www.ameilivraria.com.  E os livros da Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!, no site da Editora Filos: https://filoseditora.com.br/?s=Sanches

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS21.08.2021. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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