Por José Carlos Castro Sanches
Site: www.falasanches.com
“Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos. ” (O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry)
No dia enigmático de 21 de janeiro, do ano 21, do século 21, presenteei o amigo escritor e cronista José Fernandes com o Livro “Gotas de Esperança” da Trilogia da Vida, lançado em 19 de dezembro de 2021. O livro é composto por 77 poemas escritos com muito amor e carinho para encantar os leitores e apreciadores da boa literatura. O último capítulo deste livro tem como título “Folha em Branco”, um espaço dedicado ao leitor para escrever o seu próprio poema e presentear o livro à pessoa amada, familiares, amigos ou admiradores da literatura. Vale a pena ler, escrever o seu poema e compartilhar!
“Um dos principais deveres do homem é cultivar a amizade dos livros. ” (Thomas Carlyle)
Após a caminhada matinal de 45 minutos em volta do condomínio onde moro, visualizando as belas flores que teimam em enfrentar a pandemia com a vivacidade de uma criança. As flores amarelas e as crianças me rodeiam nesse paraíso divino por esse motivo escrevo sobre elas.
Sentei-me na cadeira de palha sintética de uma mesa de mármore escuro-esbranquiçado-brilhante ao sol, por volta das 11h30 em volta da piscina do condomínio. Daqui vejo um pai resoluto e instrospecto frente a frente com o seu filho a conversar como se fossem a própria sombra refletida em ambas.
O pai mantinha-se em pé dentro da piscina de água azulada pelo reflexo da luz sobre o revestimento cerâmico azul; o filho deitado de bruços sobre o tablado de madeira que rodeia a piscina. Olhavam-se olhos nos olhos como se estivessem em perfeita sintonia de pensamento, existia ali mais que telepatia, algo que não sei como descrever falta-me palavra, talvez uma profunda empatia entre pai e filho.
“Eu queria escrever um livro. Mas onde estão as palavras? Esgotaram-se os significados. ” (Clarice Lispector)
Levantaram-se, vestiram-se e seguiram a vida, não sei para onde foram. Escutei o pai chamando “Davi”, puseram as máscaras e Davi correu até o portão de saída da piscina, seguindo o pai. Incrível a sensação que senti ao escrever essa passagem algo inexplicável passou na minha cabeça. Que mensagem eles queriam passar para mim? Quem eram? Por que estavam ali? Por que me detive a observá-los em vez de narrar sobre os livros que recebi de presente do amigo escritor? Senti um arrepio na nuca quando pensei nisso. Quem seria Davi? E o seu pai? Confesso que não sei, talvez o meu amigo Jerônimo Guerra e o próprio José Fernandes possam me ajudar a responder o enigma.
“Tudo depende do tipo de lente que você utiliza para ver as coisas. ” (O mundo de Sofia, Jostein Gaarder)
Não era sobre isso que eu queria escrever, todavia a cena carinhosa entre pai e filho desviou a minha atenção e agora retorno ao que de fato pretendia dizer inicialmente. Em 20 de janeiro de 2021, recebi a ligação de José Fernandes informando que tinha deixado na recepção do condomínio alguns livros para me presentear, logo respondi que iria buscar no dia seguinte, assim eu fiz.
“Pretender-se que a vida dos homens seja sempre dirigida pela razão é destruir toda a possibilidade de vida. ” (Guerra e Paz, Liev Tolstoi)
Embaladas em um saco plástico azul, amarrado com barbante, estavam as preciosidades selecionadas pelo amigo escritor para fazerem parte da minha biblioteca e ampliar o meu conhecimento sobre literatura maranhense, brasileira e mundial.
Esse sem dúvida é o melhor presente de papel que um escritor pode dar a outro. Imaginem a minha satisfação ao carregar sobre o ombro aqueles dezoito livros, cada um com sua história, uma dúzia e meia de títulos que apresento aos leitores com os seus respectivos autores: Jesus o Profeta Divino – Autor: Paiva Neto; Os Grandes Filósofos – Francis Bacon – Autor: Will Duran; Ariadne Contra o Minotauro – Autora: Marie-Odile Hartmann; Memórias Póstumas de Brás Cubas – Autor: Machado de Assis; Do amor e outros demônios – Autor: Gabriel Garcia Márquez; Caxienses Ilustres: Elementos Biográficos – Tomo II – Autor: Isaac Sousa; Academia Arariense – Vitoriense de Letras – Estatutos – Regimento Interno; Encontros com a Vida – Autor: Vivaldo Coaracy; Pantanal, Amor Baguá – Autor: José Hamilton Ribeiro; Cartas na Mesa – Autor: Fernando Sabino; Os Dois Degradados da Frota de Cabral – Paulo Oliveira; Pare de Acreditar no Governo porque os brasileiros não confiam nos políticos e amam o estado – Autor: Bruno Garschagen; Titãs da Oratória – Autor: Lázaro Liacho; A mente de Adolf Hitler – Autor: Walter C. Langer; Crianças Índigo – A evolução do Ser Humano – Autor: Ingrid Cañete; Autismo – Autor: Hermínio C. Miranda; De Cuba com Carinho – Autora: Yoani Sánchez e O Último dos Moicanos – Autor: James F. Cooper.
“O homem que não lê bons livros não tem nenhuma vantagem sobre o homem que não sabe ler. ” (Desconhecido)
Era pesado o volume porque livro é feito de papel, papel é derivado da celulose, e a celulose é proveniente da madeira – era como carregar um pedaço de pau d’arco por alguns metros – a diferença é que a madeira por si só não é capaz de trazer tanto conhecimento como o livro extraído da sua essência ou melhor da sua morte, se é que árvore morre. Entretanto, como as árvores são os escritores, cronistas e poetas, são carne e osso, celulose e papel que um dia voltarão ao pó, porém, os livros que escrevemos nos tornarão imortais.
“Os Homens, para se tornarem imortais, precisam inexoravelmente ‘morrer’. ” (Álvaro Granha Loregian)
A árvore e o escritor, como o papel e o livro jamais serão desprezados, ainda que supostamente mortos, sempre estarão vivos entre nós. A comprovação dessa premissa se sustenta pelos autores de obras consagradas, que já não estão entre nós, mas continuam vivos nas bibliografias gravadas na pedra com os seus nomes, tais como: Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, Nauro Machado, Josué Montelo, Ferreira Gullar, dentre outros; e também daqueles que permanecem ativos compartilhando conhecimentos, experiências e lições aprendidas, entre eles: José Fernandes, Sebastião Moreira Duarte, José Neres, Ewerton Neto, José Carlos Sousa Silva, Sanatiel Pereira e Jaques Paes que prefaciaram alguns dos meus livros. A todos a minha eterna gratidão.
Muito obrigado meu amigo José Fernandes, que venham mais livros para a minha coleção de preciosidades.
“Há livros de que apenas é preciso provar, outros que têm de se devorar, outros, enfim, mas são poucos, que se tornam indispensáveis, por assim dizer, mastigar e digerir. ” (Francis Bacon)
São Luis, 23 de janeiro de 2021.
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Atheniense de Letras, da Academia Rosariense de Letras, Artes e Ciências, da Academia de Letras, Artes e Ciências de Coroatá, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes e Membro Correspondente da Academia Arariense de Letras, Artes e Ciências.
Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança, Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento e Borboletas e Colibris, além de vinte livros inéditos. Visite o site falasanches.com e a página “Fala, Sanches” (Facebook) e conheça o nosso trabalho.
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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS23.01.2021. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.
“Como o artesão da palavra, busco retratar as vivências, aprendizados e experiências do cotidiano obstinadamente. Reconhecendo e compartilhando o mérito de quem cumpre bem a sua missão. ” (José Carlos Castro Sanches)