Por José Carlos Castro Sanches
Eu, só eu, eu mesmo (a)
Aprecio-me excessivamente
Admiro sobejamente a própria imagem
Nutro paixão somente pela minha pessoa.
Lembro Narciso da Grécia
Um jovem de beleza estonteante
Que o amor da ninfa Eco, despertou
Enamorado pelo próprio semblante
A linda amante dos bosques, rejeitou.
Condenado a apaixonar-se
Pela própria sombra espelhada no lago
Suicidou-se por afogamento
E converteu-se em uma flor.
Será que sou igual a Narciso
Fechado, egocêntrico e solitário
Carcomido pelo Narcisismo?
Fuja do individualismo e descubra
A verdadeira essência da vida:
Humildade, modéstia, naturalidade
Discrição, singeleza e simplicidade
Jogue fora tudo o que sobra
E distancie-se da vaidade.
A vida é prata, ouro ou diamante
O homem sábio ou ignorante
Por que num sonho delirante
Julgar-se superior e arrogante?
E você que sempre declara
Ser mais importante que todos
Olha-se no espelho como mais belo (a)
Descortine a falsa face do retrato
E liberte-se desse maldito pesadelo.
São Luís, 10 de janeiro de 2021.
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.
Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL
Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança e outro dez livros inéditos.
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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS10.01.2021. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.
“Como o artesão da palavra, busco retratar as vivências, aprendizados e experiências do cotidiano obstinadamente. Reconhecendo e compartilhando o mérito de quem cumpre bem a sua missão. ” José Carlos Castro Sanches
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