Por José Carlos Castro Sanches

Espremido nas estantes, mesas e móveis
Os porta-retratos se entesouram na casa
Espreitando com atenção aos detalhes
Percebe-se o abundante amor que extravasa.
No final do ano passado, vinte e um, foram comprados
Sem saber a razão e o porquê, queria presenteá-los
Por acaso do destino não me detive ao número de quadros
Talvez a lembrança que tinha sublevasse a minha saudade.

Mais tarde refletindo sobre o provável exagero cometido
Detive-me a justificar a carinhosa lembrança dos amados
Como sublime amor escondido, recatado, puro e contido
Que precisava aflorar dos porta-retratos sublimados.
Fazendo-me perceber com extrema sagacidade
Que a essência do ser humano é o amor
E uma simples foto sua guardada em minha casa
Libera de dentro de mim intensa luz e felicidade.

Um retrato ameniza a ausência, sem a presença
Daquelas pessoas próximas ou distantes que amamos
O porta-retratos é aquela bela caixinha de surpresas
Que traz boas recordações dos momentos que passamos.
Mesmo que esteja quebrado ou empoeirado
Colorido, preto e branco ou desbotado
Discreto, alegre, triste ou solitário
Quero tê-los sempre ao meu lado.
São Luís, 02 de janeiro de 2021.

José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.
Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança e outro dez livros inéditos.
Visite o site: falasanches.com e a página Fala, Sanches (Facebook) e conheça o nosso trabalho como escritor, cronista e poeta.
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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS02.01.2021. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.
