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UM ENCONTRO COM PAPAI NOEL!

Por José Carlos Castro Sanches

A figura do bom velhinho foi inspirada num bispo chamado Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d.C. O bispo, homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas. Foi transformado em santo (São Nicolau) após várias pessoas relatarem milagres atribuídos a ele.

A imagem de São Nicolau foi associada ao Natal na Alemanha e espalhou-se pelo mundo em pouco tempo. Nos Estados Unidos ganhou o nome de Santa Claus, no Brasil de Papai Noel (“Noël” é natal em francês) e em Portugal de Pai Natal.

Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho. A roupa nas cores vermelha e branca, com cinto preto, criada por Nast foi apresentada na revista Harper’s Weeklys neste mesmo ano.

Atualmente, a figura do Papai Noel está presente na vida das crianças de todo mundo, principalmente durantes as festas natalinas.

Papai Noel é o bom velhinho geralmente retratado como um homem rechonchudo, alegre e de barbas brancas, casaco vermelho com gola e punho de mangas brancas, calças vermelhas de bainha branca, e cinto e botas de couro preto que, na véspera do Natal, traz presentes para as crianças que foram obedientes e se comportaram bem durante o ano. Ele habita o Pólo Norte e, com seu trenó, puxado por renas, traz a alegria para as famílias durante as festas natalinas. Como dizem: Natal sem Papai Noel não é mesma coisa.

No dia 07.12.16 véspera do feriado de Nossa Senhora da Conceição, por volta das 20h da noite, falei pela primeira vez com Papai Noel.  Ele estava vestido de vermelho, com longas barbas brancas, um pouco cansado no final da noite, com os olhos verdes, avermelhados de tantos flashes das máquinas e celulares dos inúmeros visitantes do shopping, que se juntavam para tirar uma foto de lembrança com o velhinho carinhoso, agradável e amoroso. Símbolo do Natal.

Estava com minha neta Julie, que se mantinha arredia, com medo, mas queria sempre estar por perto obervando o “Papai Noel”, porém, não queria aproximação com ele.

Acompanhavam o Papai Noel, a Mamãe Noel e uma bela garota que oferecia o trabalho de fotografia com o misterioso e acolhedor homem de vermelho e barbas brancas compridas. Eu estava sozinho com a netinha de 3 anos e 10 meses, enquanto minha esposa e filha provavam sandálias nas lojas do shopping, pude apreciar aquela bela garota, no convencimento da minha linda neta para poder se aproximar do Papai Noel. Foi uma conversa demorada entre as duas, sob o olhar auspicioso e reverente do Papai Noel, ate que ela aceitou ir ate aquele homem barbudo que estava sentado numa cadeira vermelha, que sempre cabia mais um ao seu lado, com um sorriso triste, mas sempre com as mãos estendidas para todos aqueles que se aproximavam dele.

Ao chegar até ele. Julie conversou bastante, disse que presente gostaria de ganhar no natal. Contou também onde o Papai Noel deveria entregar o presente “na sala da casa do vovô” que teria que chegar devagar e com cuidado para não machuca-la. E ele sorridente me confessou da sua alegria pelo convencimento, ou seja, por ela ter mudado de ideia e ter aceitado ir ate ele tirar aquela foto. Disse também que se sentia frustrado toda vez que uma criança tinha medo de chegar até ele. Indo embora sem poder abraça-la. Como minha esposa e filhas continuavam nas lojas de sandálias (o hobby da minha esposa comprar sandálias tem quase uma loja em casa, custa uma grana, mas tudo bem ela merece). Se elas estivessem comigo sei que não podia apreciar aquele momento com Papai Noel, sua bela assessora preparada para convencer crianças e a minha linda neta. Deve ter sido um bom papo. Enfim, 7(sete) fotos tiradas na maquina profissional daquela Mamãe Noel. Destas escolhi duas: uma com o calendário 2017, Papai Noel, eu e Juju  e outra para colocar num quadro de Juju com Papai Noel. 

A moca bonita me disse que eu teria que pagar R$20,00 antecipado e receber as fotos no dia seguinte ou durante a semana, o que me recusei a fazer. Mas estava difícil dizer não àquela cordial garota que fizera minha neta se convencer a ter um encontro com aquele homem de óculos redondo sentado naquele bosque rodeado de arvores de natal, brinquedos e curiosos. Então, ela me propôs que iria revelar as fotos no Foto Sombra do próprio shopping, e me fez esperar por 10 minutos. Estava quase impossível desistir. Ao chegar com as fotos me entregou gostei da escolha e da oportunidade.

Fui até o Papai Noel mostrar as fotos e agradecer pela gentileza e atenção no atendimento. Perguntei ao Papai Noel se ele era maranhense, ou já estava morando em São Luis, porque no meu entender era o mesmo dos anos anteriores. Com aquela capa vermelha, barba branca comprida, óculos redondos, bota preta, gorro vermelho e branco e luvas brancas, singeleza no olhar e gentileza no trato.

Todos os Papais Noéis se parecem. Ele me disse que era da cidade de Curitiba, estado do Paraná e que tinha sido convidado para trabalhar em São Luis pela primeira vez este ano. Continuamos a nossa conversa, aí fui surpreendido quando me disse que outros Papais Noéis não pegam as crianças no colo porque têm medo. Nunca tinha pensado nisso antes! Dai a minha surpresa e motivo de escrever este artigo. Ele concluiu dizendo que sabia onde colocar a mão em crianças e adultos com todo o respeito e que não entendia o medo do outro papai Noel – não segurar, no colo, as crianças. Disse a ele talvez pela insegurança. Decorrente de tanta violência contra as crianças pelos pedófilos e pelo próprio medo das mães e parentes entregarem suas crianças a pessoas desconhecidas, em qualquer ocasião.  

A nossa conversa se estendera tanto, que focado no momento e no aprendizado, não percebi que a fila estava grande aguardando o Papai Noel para a foto de fim ano com aquele homem barbudo e trabalhador que mesmo cansado da rotina do trabalho recebia a todos com tanto carinho, elevando a sua mão e colocando o seu ouvido para receber o pedido de presente de Natal das crianças e adultos que lá estavam.

Aquele velhinho de olhos verdes, avermelhados de tantos flashes me disse ao olhar a sua foto conosco que nos dias anteriores havia atendido mais de 6 (seis) mil pessoas, por isso seu olho esquerdo estava um pouco inchado. E havia solicitado às suas belas recepcionistas para pedir aos fotógrafos de plantão com seus celulares e smartphones para retirarem os flashes das maquinas. Papai Noel foi embora cansado, mas deixou a lição… Eu agora agradeço pela oportunidade de ter aprendido algo novo e entender as razoes do medo daquele Papai Noel e da ousadia deste por fazer a diferença. Ambos estão certos em suas convicções. Embora prefira este, que aquele, com a sua sensibilidade e doçura que a todos cativa.

Que o Natal seja repleto de bênçãos, amor, paz, alegria, doação e fraternidade. Que a luz e a sabedoria divina possam direcionar as nossas vidas para a plenitude da graça. E o Cristo Vivo possa fazer morada em nossos corações. Viva o papai Noel! Feliz Natal! 2017 motivos para ser feliz.

São Luis, 08 de dezembro de 2016.

Revisado em 25/12/2020 (para incluir informações abaixo)

José Carlos Castro Sanches

É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.

Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança e outro dez livros inéditos.

Visite o site: falasanches.com e a página Fala, Sanches (Facebook) e conheça o nosso trabalho como escritor, cronista e poeta.

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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS08.12.2016. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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