Por José Carlos Castro Sanches
Site: www.falasanches.com

Uma cidade de ruas estreitas, pavimentação carente, parte em bloquetes, outras em areia que abunda na região de dunas. Um misto de turistas e nativos, de natureza bela e infraestrutura pacata, de realidade e fantasia, de natureza, rio alegre, sol, areia, riqueza e pobreza. Os turistas entusiasmados ocupam os espaços nos hotéis, pousadas e restaurantes. Caravanas de ônibus, vans, veículos próprios em família, grupos de amigos apreciam as belezas dos Grandes Lençóis Maranhenses.

A nossa comitiva, vinda de São Luís com destino a Tutóia, deu uma esticada até Santo Amaro. Aqui, vejo um bumba-meu-boi na praça da Igreja de Santo Amaro, o pequeno santo no seu aposento com a barba comprida e as vestes de santidade, em cor preta, deu nome ao município. Enquanto São Pedro, no espaço reservado para a sua imagem, ladeado por outros santos, mostra o seu valor por toda a região dos Lençóis, o pescador assume a posição de destaque junto aos pescadores da região, que com o ofício sustentam suas famílias e mantêm a tradição da pesca.

O peixe simboliza a raiz e a essência de um povo humilde. As aves traduzem a liberdade. A areia representa as bênçãos que Deus derramou sobre um povo sofrido que busca superar o sacrifício. O sol transmite a luz. A água é alimento, prazer e vida. Somos todos abençoados pela oportunidade de apreciar o belo com um olhar crítico e a abundância com sensibilidade de poeta e expressividade de cronista.

Eu que tinha grande dificuldade de lembrar do nome da cidade, agora que conheci e tirei foto com o santo, não mais esquecerei pela associação que fiz da imagem, essa é uma forma que adoto para fixar nomes de pessoas e lugares.

Depois do banho relaxante nas águas mornas do rio alegre ao final da tarde, retornamos para o aconchego da casa de dona Eva, que nos acolheu com carinho e cuidado, oferecendo café com pão, leite, queijo e outras guloseimas, além de toalha de banho, lençol, cama, rede e genuína amizade.

O passeio do final da noite após a igreja de Santo Amaro foi na praça principal da cidade, onde tomamos sorvete, comemos sanduíches, tiramos fotos e, ao final, retornamos ao ninho de Eva. Éramos dez, quase um time de futebol: Pedro Neto, Nanda, Esther, Pietro, Carlos Furtado, Fabiane, Carlos Filho, Veraluce, Socorro Sanches e eu, que fazíamos parte do grupo de viagem.

Dessa vez, não foi a pena que se perdeu, foi o celular de Pietro que sumiu. A procura foi geral, nada de encontrá-lo. Pedro Neto, Nanda e Carlos Filho voltaram à lanchonete, praça e lugares visitados à procura do objeto precioso. Ele estava junto ao monumento de boas-vindas a Santo Amaro, na praça, à espera do seu dono. Graças a Deus, foi encontrado! Pietro está feliz!

Agora era hora de dormir em paz para recarregar as baterias e, logo cedo, na manhã de domingo, retornarmos para a Ilha do Amor, São Luís do Maranhão. O passeio estava bom, mas a saudade de casa era maior, como dizem: o melhor lugar do mundo é a nossa casa. Agradecidos pela acolhida, dormiremos o sono reparador e, ao amanhecer do novo dia, retornaremos.

Que o amor do Pai e o brilho do sol nos conduza com segurança para os nossos lares. Que Deus seja louvado!
Santo Amaro, 02 de agosto de 2025.
José Carlos Castro Sanches. É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Literária do Maranhão, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Academia de Letras, Artes e Cultura de Coroatá, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras, Artes e Ciências e da Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de amor e liberdade.

Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das Coisas que Vivi na Serra Gaúcha, Me Leva na mala, Divagando na Fantasia em Orlando, O Voo da Fantasia, TROVOAR – Trovas para Inspirar e Sonhar (parceria), Momentos do Cotidiano. Participa de diversas antologias brasileiras.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS02.08.2025. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.
