Por José Carlos Castro Sanches
Site: www.falasanches.com

Dedicamos a maior parte do nosso tempo à busca do nada. Limitamos a nossa vida e o pensamento a coisas sem significado. Acordamos ansiosos para viver livremente, mas nos aprisionamos às futilidades. Corremos atrás da felicidade e não sabemos usufruir dos momentos felizes.
De pó em pó, somos poeira levada pelo vento. Nascemos e carregamos a carne efêmera como se fôssemos imortais. Egocêntricos, nos apegamos à própria imagem, semideuses, narcisistas, distantes da realidade, vivemos as lembranças do passado, as fantasias do futuro e esquecemos de viver o presente.

De pó em pó, somos poeira no deserto árido, sem perceber o oásis. A felicidade tão próxima parece distante porque queremos sempre mais, buscamos o que não temos e esquecemos de aproveitar o que já possuímos. Ignoramos que do pó viemos e ao pó voltaremos; no intervalo entre a chegada e a partida, somos poeira que flui ao sabor do vento.
Se não percebemos o presente, viveremos a eterna angústia do futuro, na incansável busca da felicidade que passa como o vento e se dissipa na eternidade. Vejo a poeira passar solenemente, enquanto a vida flui pelos rios, os raios de sol alimentam a fotossíntese, as abelhas produzem mel, os passarinhos cantam alegremente nos ninhos e as flores desabrocham nos jardins.
O paraíso é agora, não me deixe passar como poeira sem que eu perceba as estrelas que brilham no céu e as pessoas que amo, afinal não haverá um segundo depois. O que realmente importa é amar sem esperar nada em troca. Carpe Diem! Que Deus seja louvado!

São Luís, 01 de julho de 2025.
José Carlos Castro Sanches.
É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Literária do Maranhão, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia de Letras, Artes e Cultura de Coroatá, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras, Artes e Ciências, da Academia Vianense de Letras e da Academia de Ciências, Letras e Artes de Presidente Vargas. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de amor e liberdade.

Autor dos livros: Tríade Sancheana: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das Coisas que Vivi na Serra Gaúcha, Me Leva na Mala, Divagando na Fantasia em Orlando e O Voo da Poesia. TROVOAR – Trovas para Inspirar e Sonhar, ECOS da AMT: novos trovadores (em parceria). Coautoria em diversas antologias brasileiras.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS01.07.2025. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.

