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Oferece a você a oportunidade de leitura e reflexão sobre textos repletos de exemplos, experiências e lições que irão transformar a sua vida.

ENTREVISTA COM O ESCRITOR JOSÉ CARLOS CASTRO SANCHES

(Texto publicado no JORNAL DA ALMA – Academia Literária do Maranhão – Edição 3, maio 2025)

01 – Você se considera um químico poeta ou um poeta químico? Qual a química da poesia? Considero-me um poeta químico, pois, antes de ser químico, sou poeta por natureza. Desde a juventude, escrevo poemas e textos sobre temas universais diversos, alguns dos quais se perderam. Depois, tornei-me químico e, hoje, escrevo diariamente crônicas, contos, poemas, trovas, sátiras, fábulas, entre outras temáticas. Atualmente, tenho mais de 2000 publicações no site www.falasanches.com, 30 livros escritos e 15 publicados. E o desafio permanente de continuar incentivando pessoas a gostarem de ler e escrever, o que passou a ser uma missão de vida. A química da poesia é o amor, a sensibilidade, a beleza das pessoas, do mundo e das coisas, vista com um olhar de alquimista inquieto que não acredita no elixir da longa vida. Divago entre a cruz e o punhal, a emoção e a razão, a lucidez e a loucura, a inspiração e a ação, a luz e a negritude, vivendo para questionar os extremos e suscitar a criação, em busca da essência da vida.

02 – Em uma de suas obras “Alma de Poeta” o senhor questiona: será que o poeta tem alma ou seria ele a própria alma? Eu quis fazer uma reflexão sobre o ser vivente e a alma vivente. Julgo que representam a mesma coisa – não há dissociação entre o corpo e a alma. São conjecturas de poeta que podem encontrar sentido na Bíblia, que descreve a alma como a identidade individual de uma pessoa. A alma é também a vida da pessoa. Cada pessoa é uma alma, com uma personalidade única. Em Gênesis 2:7, está escrito: “E formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente”. Em hebraico, “ser vivente” ou “alma vivente” se refere à essência da vida. A alma é a vida individual de cada pessoa, sua experiência pessoal da vida.

03 – A qual pressa você se refere no livro Tenho Pressa? Refiro-me à pressa de viver o momento presente com intensidade, porque a vida é efêmera e posso não ter a oportunidade de desfrutar o amanhã. Quero fazer as coisas agora, nesse instante. Se escrevo hoje, publicarei hoje, não sei se amanhã poderei fazê-lo. Essa é a minha pressa: ver as minhas obras publicadas; deixar um legado; divulgar o que escrevo diariamente; influenciar pessoas por meio do que escrevo sobre uma ampla gama de temas, incluindo família, natureza, motivação, liderança, literatura, educação, arte, cultura, política, negócios, pessoas, fatos e eventos históricos, curiosidades, percepções, autoajuda, desenvolvimento pessoal e profissional, e vivências do cotidiano; e, acima de tudo, quero experimentar e conhecer coisas novas, sou um eterno aprendiz.

04 – O senhor também tem livros interessantes. Poderia comentar sobre as obras que compõem a Trilogia da Vida: “No Fluir das Horas é Tempo de Ler e Escrever”, e “Gotas de Esperança” e, “A Vida é um Sopro!”?  Os livros exploram temas profundos e significativos. No Fluir das Horas é Tempo de Ler e Escrever”, o primeiro livro, é uma coletânea de crônicas reflexivas e criativas que oferecem lições de vida e experiências reais. “Gotas de Esperança”, o segundo livro, é uma obra poética que traduz a sensibilidade e o olhar visionário do autor, revelando uma linguagem clara e profunda.

A Vida é um Sopro!”, o terceiro livro, é repleto de crônicas que visam motivar os leitores a viverem intensamente o presente, destacando a importância de aproveitar cada momento em vez de se preocupar com o futuro incerto. Juntos, esses livros oferecem uma reflexão profunda sobre a vida e a importância de vivê-la com intensidade e propósito.

05 – Como foi a experiência de produzir Literatura Infantil com o livro Pérolas da Jujuba com o Vovô, em parceria com a sua neta Julie Sanches? Foi muito gratificante. Oportunizou o meu crescimento, maior interação com a minha neta e a oportunidade ímpar de compartilhar contos, crônicas e poemas. Foi uma grata surpresa a receptividade da obra pelos leitores, superando as expectativas, uma vez que era o nosso primeiro livro misto (infantil, com contos de Julie Sanches; crônicas e poemas meus). Acredito que investir no desenvolvimento infantil, com literatura, arte e cultura, é a chave para transformar a educação brasileira.

06 – O que representa para você ser cronista, poeta e trovador? Ser cronista, poeta e trovador é pensar além do óbvio, ter a percepção aguçada para perceber o que não é perceptível aos olhos turvos, transformar ideias em palavras, frases de efeito, parágrafos reflexivos; criar narrativas criativas, instigantes e atrativas; crônicas, poemas e trovas capazes de encantar os leitores ávidos por uma leitura construtiva, dinâmica e edificante. Ser cronista, poeta e trovador é viajar pelo mundo da imaginação, descrever as minúcias e detalhes com um olhar diferente e profundo; traduzir com amor, sabedoria e prazer a beleza das pessoas e das coisas, para, através da crônica, dos poemas e das trovas, encantar e deleitar os leitores. Epifania é a palavra que melhor reproduz os momentos de êxtase que experimento ao escrever diariamente.

07 – Em dez anos dedicado à literatura, você já escreveu trinta livros e publicou 15. Como você se sente sendo um escritor tão prolífico? Sinto-me realizado e grato por compartilhar minha paixão pela literatura e cultura maranhense com o mundo. Ao escrever e publicar livros como “Colheita Peregrina”, “Tenho Pressa”, “A Jangada Passou”, “No Fluir das Horas”, “Gotas de Esperança”, “A Vida é um Sopro!”, “Pérolas da Jujuba com o Vovô”, “Pétalas ao Vento”, “Das Coisas que Vivi na Serra Gaúcha”, “Me Leva na Mala”, “Divagando na Fantasia em Orlando”, “O Voo da Poesia”, e, em colaboração com outros autores, “Borboletas & Colibris”, “TROVOAR” e “ECOS da AMT”, além de coautoria em diversas antologias. Isso me permite cumprir meu propósito como escritor, que é criar e produzir conteúdo de qualidade. Meu amor pela literatura é o que me impulsiona a continuar criando e produzindo conteúdo de qualidade. Valorizo o impacto que minhas palavras podem ter na vida das pessoas e busco produzir textos reflexivos que possam transformar sonhos e motivar indivíduos. É incrível saber que minhas palavras podem tocar corações e mentes, e isso me motiva a continuar escrevendo.

08 – O que significa para você como escritor fazer parte de uma academia de letras, especialmente da Academia Literária do Maranhão – ALMA? As academias literárias têm um papel fundamental em fortalecer a literatura, arte e cultura em suas comunidades, reunindo pessoas comprometidas com a causa. É uma honra estar entre os membros da Academia Literária do Maranhão, um sodalício de excelência que busca expandir as fronteiras literárias. Estamos em um momento de grande produção literária, com acadêmicos criativos e inspiradores. A prosa e a poesia se solidificam, buscando a essência do verbo, da sabedoria, do amor e da paz. Em tempos de guerra, nós semearemos a paz. Agradeço aos membros da ALMA por esse momento ímpar. Viva a ALMA!

*É Químico, professor, consultor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense.

Membro Efetivo da Academia Literária do Maranhão – ALMA.

São Luís, 21 de maio de 2025.

José Carlos Castro Sanches. É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes e Academia Vianense de Letras. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de liberdade.

Autor dos livros: Tríade Sancheana – Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das coisas que vivi na serra gaúcha, Me Leva na mala, Divagando na Fantasia em Orlando e O Voo da Fantasia. Participa de antologias brasileiras.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS21.05.2025. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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