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O ESCRAVO JUCA E AS PEDRAS DE CANTARIA

Por José Carlos Castro Sanches

Site: www.falasanches.com

Era uma vez, na cidade histórica de São Luís do Maranhão, um escravo chamado Juca. Ele vivia em uma época em que a escravidão era uma realidade cruel e injusta. Juca trabalhava nas ruas da cidade, calçando os passeios com pedras de cantaria vindas de Portugal.

O Marquês Portuga, um homem rico e poderoso, era o dono de Juca. Ele era um dos principais responsáveis pela construção da cidade, e sua riqueza e influência eram imensas.

Certo dia, enquanto Juca trabalhava, ele notou que as pedras de cantaria estavam sendo lavradas em blocos retangulares, com aproximadamente 80cm de comprimento por 50cm de largura. Ele se perguntou por que essas pedras eram tão importantes para o Marquês e para a cidade.

À noite, enquanto Juca descansava em seu quarto, ele ouviu o Marquês conversando com outros homens importantes da cidade. Eles estavam discutindo sobre a Lei de nº 08, que determinava que os proprietários de casas com passeios calçados com pedras de cantaria deveriam picá-las de três em três anos, para evitar que elas ficassem lisas e escorregadias.

Juca se deu conta de que o trabalho que ele fazia era importante não apenas para o Marquês, mas também para a cidade inteira. Ele sentiu um orgulho secreto de estar contribuindo para a construção da cidade, mesmo que fosse sob condições de escravidão.

No entanto, Juca também sabia que a escravidão era uma injustiça, e que ele e outros escravos eram tratados como objetos, e não como seres humanos. Ele sonhava com a liberdade, e com a possibilidade de viver uma vida digna e justa.

As pedras de cantaria, que antes pareciam apenas um material de construção, agora simbolizavam para Juca a luta pela liberdade e pela justiça. Ele sabia que, um dia, a cidade de São Luís seria livre da escravidão, e que as pedras de cantaria seriam um lembrete da luta pela liberdade e pela dignidade humana.

São Luís, 08 de fevereiro de 2025.

José Carlos Castro Sanches. É Consultor de SSMA da Business Partners Serviços Empresariais – BPSE. Químico, professor, escritor, cronista, contista, trovador e poeta maranhense. Membro Efetivo do PEN Clube do Brasil, da Academia Luminense de Letras, da Academia Maranhense de Trovas, da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes, da Academia Literária do Maranhão, da Academia Rosariense de Letras Artes e Ciências, da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão, da Federação das Academias de Letras do Maranhão, da União Brasileira de Escritores, da Associação Maranhense de Escritores Independentes. Membro correspondente da Academia Arariense de Letras Artes, da Academia Vianense de Letras e da Academia de Ciências Letras e Artes de Presidente Vargas. Tem a literatura como hobby. Para Sanches, escrever é um ato de amor e liberdade.

Autor dos livros. Tríade Sancheana: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; Trilogia da Vida: No Fluir das Horas, Gotas de Esperança e A Vida é um Sopro!; Pérolas da Jujuba com o Vovô, Pétalas ao Vento, Borboletas & Colibris (em parceria); Das Coisas que Vivi na Serra Gaúcha, Me Leva na Mala, Divagando na Fantasia em Orlando e O Voo da Poesia. Participa de diversas antologias brasileiras.

NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS08.02.2025. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual, amparado pela Lei nº 9.610/98, que confere ao autor direitos patrimoniais e morais da sua obra.

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