Quero encerrar 2019
Fazendo algo diferente
Para esperar 2020
Com um poema irreverente
Formado por letras
Imagens e números
Recheado de emojis
Que foram criados no Japão
Na década de 90
Para ilustrar em figuras
Algum tipo de emoção:
Sorridente,
Chorando de Rir,
Suando frio ou Trabalho pesado,
Mandando um beijo carinhoso,
Silêncio,
Revirando os olhos,
Chorando ou Lagrimando,
Careta,
Rosto Neutro,
Pensativo,
Abraçando,
Irritado e frustrado,
Dormindo,
Sonolento,
Olhos de coração,
Gritando…
Foi Shigetaka Kurita
Em 1995 quem teve
Essa visão
Que hoje virou uma praga
Em nossa comunicação
É impossível escrever
Mantendo a tradição
Então preciso avançar
Seguindo a evolução
Acreditando que um dia
Nas futuras gerações
O nosso poema de letras
Seja apenas uma lembrança
Guardada a sete chaves
Nos museus da relembrança
Porque os emojis
Já ocupam grande parte
Das mídias escritas
Até a televisão
Só o rádio afortunado
Está salvo da prisão
Lamento que os emojis
Não apareçam no poema:
Descobri decepcionado
Depois de tanto trabalho
Que o Facebook
Também não está preparado
Para receber textos escritos
Com figuras e imagens
No padrão que utilizo
Para as minhas postagens
Estamos ainda atrasados
Distantes anos luz
Dos japoneses do passado
É triste aceitar a ignorância
Num mundo civilizado
Onde a tecnologia
É quem comanda o mercado
P.S. O Poema original em word está escrito com emojis, não foi possível transcrever para o padrão de publicações de textos do Facebook. O padrão de escrita atual ainda não está preparado para publicar textos, poemas, cronicas e contos… com emojis. Um dia chegaremos lá. O desafio está lançado.
José Carlos Castro Sanches
São Luís, 30 de dezembro de 2019.