Por José Carlos Castro Sanches

“Nenhuma atividade ou tarefa é tão importante ou urgente, que não possa ser feita com segurança. ” (Autor desconhecido)
27 de novembro é o dia do Engenheiro e Técnico de Segurança do trabalho. Profissionais dedicados, com a árdua missão de influenciar, orientar, treinar e capacitar os trabalhadores a fim de assegurar a sua integridade física, num ambiente de trabalho livre de incidentes. Atualmente a gestão integrada dos processos de segurança do trabalho, higiene ocupacional, meio ambiente, saúde e qualidade, ampliou o escopo e a responsabilidade destes profissionais. Diante das demandas, por vezes, extrapolam os limites das suas funções, atuando em diversos segmentos.

“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de agir, mas um hábito. ” (Will Durant)
Os profissionais da área de segurança do trabalho têm um papel importante. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a cada 30 segundos, 306 pessoas sofrem acidentes no ambiente de trabalho ao redor do mundo.
Apesar do avanço na conscientização dos empregados e empregadores na gestão de segurança e da diminuição do número de incidentes, o Brasil ocupa o 4º lugar do ranking de acidentes no local de trabalho, com destaque para os setores da construção civil e transporte rodoviário. Sem considerar os inúmeros casos de incidentes do trabalho, não declarados oficialmente.
“Segurança no trabalho é a arte de preservar a vida. ” (Gênesis de Almeida)
Lá vem o técnico de segurança! Todos os trabalhadores, logo se escondem, colocam os EPIs, ajustam a posição do trabalho, reavaliam as posturas e comportamentos, trocam de ferramentas, seguem os procedimentos, como se considerassem que os profissionais de segurança estivessem ali para incriminar, demitir ou prejudicar o andamento das atividades. Quando na verdade são parceiros incansáveis, atentos para prevenir desvios e eliminar riscos potenciais, e manter a segurança dos trabalhadores.

Uma significativa parcela de trabalhadores da construção civil, indústrias, portos, aeroportos e, demais locais onde é requerida a presença destes profissionais tem a visão distorcida do verdadeiro papel dos profissionais de segurança (Engenheiros, Técnicos, Médicos, Enfermeiros, Higienistas…).
Estes profissionais dedicados têm na sua essência um genuíno apego e respeito à vida das pessoas com as quais convivem diariamente, são aliados do bem-estar, da segurança, comprometidos com a saúde das pessoas e preservação do meio ambiente, além da continua vigilância aos equipamentos, máquinas, ferramentas, materiais e ativos das organizações onde atuam.
O que todos eles buscam é manter um ambiente de trabalho livre de incidentes, a integridade física e mental dos trabalhadores para que possam realizar as suas tarefas de maneira segura, preservar o meio ambiente, atender prazos, manter a produção e lucratividade e, sobretudo assegurar aos trabalhadores, que ao final do trabalho, possam retornar íntegros e saudáveis para desfrutarem do aconchego familiar junto às pessoas que amam.
“Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota. ” Madre Teresa de Calcutá
Digo a vocês como profissional experiente há mais de 30 anos atuando na área de meio ambiente, segurança do trabalho e higiene ocupacional. Tenho visto poucos profissionais tão dedicados e comprometidos com a vida quanto os Técnicos e Engenheiros de Segurança que convivi nas oportunidades que se apresentaram em minha vida. Parece que não basta a obrigação de fazer, eles têm algo mais, o amor pelo que fazem acima de tudo.

“Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida. ” (Confúcio)
A estes guerreiros destemidos dedico esta crônica, sem a pretensão de esgotar o assunto, visto que a abrangência destas profissões excede em muito o que descrevo nestas poucas linhas, bem como, a simples exigência de um SESMT. Eles normalmente extrapolam os requisitos legais e assumem o papel de protetor, pai, amigo, professor, conselheiro… quando muitos os vêm como inimigos.

“Trabalhai, fazei alguma coisa: é o alicerce mais seguro. ” (Jean de La Fontaine)
Quem se esconde destes profissionais ainda não percebeu que está no fio da navalha, a falta de comprometimento com a segurança no trabalho ou fora dele, pode trazer sérias consequências, podendo custar-lhe a própria vida. É prudente e sensato reavaliar as atitudes e reconhecer as virtudes destes profissionais que dedicam e, muitas abdicam da própria vida para cuidar da sua. Aplicando “o cuidado ativo genuíno”, premissa básica da segurança: “Eu cuido de mim; cuido do outro e deixo que cuidem de mim. ”
Os profissionais de segurança reconhecem, avaliam e controlam e eliminam riscos, treinam, capacitam, realizam inspeções, auditorias, elaboram procedimentos, análises de riscos, normas, padrões, PPRA, PCMAT… atendem requisitos legais, NR’s, orientam, fiscalizam o uso de EPIs, EPC’s, ferramentas, equipamentos, processos, promovem palestras, campanhas, reuniões, mantêm atualizados os dados relativos à sua área de atuação, dentre outras atribuições e competências que fazem parte das suas rotinas.

É fácil perceber a importância do trabalho destes “Anjos da Guarda”, portanto, nada mais justo que homenageá-los nesta data.
Parabéns a todos os profissionais de Segurança do Trabalho. Em especial aos Técnicos e Engenheiros de Segurança. Nobres companheiros de trabalho. Forte abraço a todos!
Respeitem a vida; vivam com inteligência, trabalhem com segurança! Gerenciem seus riscos!
“A melhor maneira de nos prepararmos para o futuro é concentrar toda a imaginação e entusiasmo na execução perfeita do trabalho de hoje. ” (Dale Carnegie)
São Luís, 26 de novembro de 2019.
José Carlos Castro Sanches
É químico, professor, escritor, cronista e poeta maranhense.
Membro Efetivo da Academia Luminense de Letras – ALPL

Autor dos livros: Colheita Peregrina, Tenho Pressa, A Jangada Passou; No Fluir das Horas é tempo de ler e escrever, A Vida é um Sopro, Gotas de Esperança e outros nove livros inéditos.
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NOTA: Esta obra é original do autor José Carlos Castro Sanches e está licenciada com a licença JCS26.11.2019. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Esta medida fez-se necessária porque ocorreu plágio de algumas crônicas do autor, por outra pessoa que queria assumir a autoria da sua obra, sem a devida permissão – contrariando o direito à propriedade intelectual amparado pela lei nº 9.610/98 que confere ao autor Direitos patrimoniais e morais da sua obra.